Empregabilidade com Green Belt: Como conquistar sua vaga?
Carreira

02 de outubro de 2015

Última atualização: 25 de janeiro de 2023

Empregabilidade com Green Belt: Como conquistar sua vaga?

O que é empregabilidade?


A princípio, empregabilidade é realmente muito simples e está baseado nas seguintes questões: suas qualidades pessoais e profissionais devem ser interessantes para o mercado de trabalho; seus diferenciais devem ser considerados como uma comparação com outros profissionais que possuem uma trajetória que se assemelham a sua.


Ou seja, se você é consciente do poder que as pessoas que possivelmente lhe contratem e sabe exatamente o motivo pelo qual estes se importam com o que você pode aportar para a organização.



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Como conseguir um bom emprego sendo Green Belt?


Pedro era um jovem engenheiro, recém-formado que começou a procurar emprego bem no começo de 2015. Quando comparamos a taxa de desemprego de 2015 com a de 2013, Pedro deu azar. Porém, adotou uma estratégia interessante para buscar seu local no mercado de trabalho. Pedro se preparou. E como ele fez isto? Vamos a história.






A preparação de Pedro começou com a definição do seu sonho. Pedro queria ser gerente aos 30 e diretor aos 40 de uma empresa de médio ou grande porte. Para isto, ele começou fazendo um trabalho de pesquisa sobre quais competências, habilidades e atitudes, as principais empresas deste porte esperavam de seus líderes.


Após muita busca, Pedro encontrou as quatro competências mágicas do Deming: visão sistêmica, lidar com dados, teoria do conhecimento (saber aprender e gerar conhecimento) e o lado humano da mudança. No começo, Pedro não sabia que se tratavam do Saber Profundo de Deming. Ele só descobriu isto ao perguntar para um ex-professor de Qualidade.







Como melhorar a Empregabilidade?


Após conversarem sobre as 4 competências chave, Pedro perguntou como ele poderia aprender tais competências. Então, o professor lhe recomendou a realização de um treinamento Green Belt, pois o Saber Profundo era à base da Melhoria de Processo.


Pedro, que era um cara curioso e questionador não acreditou muito naquele papo. Na internet, o que mais vemos são sites contando histórias para vender coisas. Falando que o Zé fez o curso dele e virou CEO do Mundo. Em outro, o cara vende que Pirâmide é o jeito certo para ficar rico.


Quem não ouviu falar do marketing multi nível e do guru do trilhão (Paul Zane Pilzer) que não tem nem um bilhão? Fez bem nosso amigo Pedro de buscar mais detalhes sobre o papo de que o Green Belt realmente iria ajuda-lo.






A primeira coisa que ele fez foi correr ao Google. Lá, procurou pelo termo “vaga de empregos green belts”. Bastou uma visita ao www.indeed.com.br para ele constatar que não parecia ser mentira o conselho de seu professor. Neste site, encontrou 34 ofertas de empregos que exigiam a certificação Green Belt ou Black Belt. Eram vagas de analistas de melhoria de processos, supervisor, consultor, coordenador e gerente. Vagas alinhadas com seu objetivo de carreira.







Como Buscar o emprego dos seus sonhos?


Além do Indeed, Pedrão entrou no Linkedin e achou 20 vagas. Depois, entrou no Trovit Brasil e encontro mais 24. No Careerjet foram mais 55. Parece que o seu professor não queria vender terreninho no céu para ele. Mas e o futuro? Vagas para analistas, especialista, superiores e coordenador é fácil, mas e gerentes?


Será que é diferencial mesmo? Pedro entrou então em um site de vagas. Lá, encontrou 7 vagas de gerentes que exigiam o Green Belt. Outras, não exigiam, mas o colocavam como diferencial.


Entrou também no site da Jooble, onde encontrou diversas outras vagas de gerentes que tinham o Green Belt como pré-requisito. Depois de muito pesquisar, Pedro entendeu que o investimento no treinamento iria ser facilmente recuperável, pois o ajudaria a construir a carreira que tinha como meta.


Porém, ao conseguir seu emprego como Analista de Melhoria, Pedro viu que o curso havia lhe dado apenas às competências. Para progredir, precisava desenvolver suas habilidades.






Portanto, não há caminho fácil. São horas de “bunda na cadeira estudando e analisando”  e horas gastando sola de sapato no Gemba. Muitos PDSAs serão rodados e muitos projetos serão feitos, até que o Pedrão ocupe, aos 30, uma cadeira de gerente de melhoria de processos.


Pedrão vai que dá rapaz. Vai por mim, você pode e você quer. Chegar lá é questão de tempo, esforço e resultado. Pedrão não é o nome verdadeiro. Mas a história é real. Encontrar talentos em nossas equipes e treinamentos é algo extremamente prazeroso.



Quer mais dicas para turbinar sua empregabilidade?


Responsabilidade  melhora a empregabilidade?


Os funcionários podem ser inteligentes, simpáticos e talentosos, mas, se você não pode confiar neles para fazer o que eles dizem que farão, você e todos os outros perderão constantemente tempo e energia no seu trabalho. Os grandes funcionários encontram seu próprio caminho para o sucesso sem serem micro geridos. Isso pode ser testado no início do processo de entrevista.


Simplesmente crie tarefas no processo de aplicação que exigem detalhes e organização. Se os candidatos não puderem ser minuciosos e diligentes por sua própria causa, eles nunca aumentarão e serão responsáveis pela sua.



Flexibilidade melhora a empregabilidade?


Quando a posição requer interação do consumidor em qualquer nível, a compreensão da flexibilidade de um potencial candidato é crucial para proporcionar uma experiência estelar do cliente. Se um candidato a emprego não estiver confortável com o desconhecido, ele ou ela não será um bom ajuste.


Para testar a flexibilidade, eu estabeleço um cenário que tem um conjunto de regras, mas introduz uma variável que significa que uma das regras deve ser quebrada. Estou interessado em descobrir duas coisas: 1) se o candidato quebrar uma regra, e 2) se, ao quebrar essa regra, eles ainda acabam com um resultado favorável



Criatividade melhora a empregabilidade?


Na primeira vez que contratei um pesquisador, eu tinha um grande grupo de candidatos, pelo menos quatro dos quais pareciam ótimos. Eu escolhi aquele que tinha começado um negócio, enquanto na faculdade vendia computadores baratos que ele havia construído de peças descartadas.


Eu sabia que seu espírito empreendedor e criatividade seriam valiosos para mim, e eu estava certo. Você pode detectar isso em um teste? Talvez - procurando alguém que faça conexões inesperadas ou faça perguntas inesperadas. Ou simplesmente peça uma descrição do seu projeto favorito.



Comunicação melhora a empregabilidade?


Os recursos monetários e humanos estão em risco quando as comunicações faltam. É importante saber que suas novas contratações estão dispostas e capazes de comunicar efetivamente informações importantes, ideais e desafios. Peça aos candidatos que descrevam o ambiente de trabalho ou cultura onde eles experimentaram a comunicação no seu melhor.


O que eles gostaram? O que não funcionou para eles? Sua descrição corresponde ao seu estilo de comunicação ideal? Preste atenção às habilidades não-verbais também. Eles usam habilidades de escuta ativas? O que suas expressões faciais transmitem? Por fim, o seu candidato é confortável com o contato visual? O mau contato visual é muitas vezes um sinal de um comunicador pobre.



Paixão melhora a empregabilidade?


Eu pessoalmente acredito que um funcionário precisa de paixão - uma verdadeira excitação de fazer parte de uma organização. Infelizmente, a verdadeira paixão é escasso; Muitas pessoas estão trabalhando para um salário, não porque amem o que fazem. A boa notícia é que a paixão é bastante fácil de avaliar quando você está contratando alguém.


Observe cuidadosamente durante a entrevista como eles estão excitados (ou não) quando descrevem o tipo de trabalho que mais os interessa e por que eles querem o trabalho. As pessoas que são apaixonadas serão genuinamente entusiasmadas com a posição e com o que eles trarão à mesa.

Virgilio F. M. dos Santos

Virgilio F. M. dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.