10 dicas para reconhecer um bom profissional
Carreira

21 de agosto de 2017

Última atualização: 29 de agosto de 2025

10 dicas para reconhecer um bom profissional

Um bom currículo costuma chamar atenção. Certificações, tempo de experiência, domínio de ferramentas... tudo isso importa. Mas você, que atua com gestão de pessoas, sabe que isso não garante o resultado esperado dentro da equipe.

A competência técnica é apenas parte da equação. Profissionais que entregam, mas não se comunicam bem, que têm dificuldade de colaborar ou que evitam responsabilidades quando algo dá errado, geram ruídos silenciosos e desgastam o ambiente. Por isso, o desafio do RH é ir além da formação e da experiência. É necessário identificar atitudes que sustentam o desempenho ao longo do tempo.

O papel do comportamento no ambiente de trabalho

O comportamento de um colaborador, no dia a dia, impacta mais do que muitos percebem. Ele molda a forma como as equipes se relacionam, influencia o clima e até altera a percepção de liderança sobre produtividade.

Quem tem postura cooperativa, escuta com atenção, assume erros e não depende de ordens para agir, ajuda a manter o time estável, mesmo sob pressão. Um bom profissional, antes de ser reconhecido pela gestão, já costuma ser valorizado pelos colegas.

Para o RH, isso significa observar mais do que se fala em uma entrevista. É nos pequenos gestos e nas interações rotineiras que estão os sinais mais claros de que aquele colaborador contribui para além da entrega técnica.

O que a empresa precisa antes de avaliar

Avaliar exige preparo e o primeiro passo é saber o que se espera. Muitas empresas querem profissionais proativos, colaborativos e analíticos, mas não traduzem essas qualidades em comportamentos observáveis.

Sem uma régua clara, a avaliação se torna subjetiva. Por isso, é papel do RH apoiar líderes na definição de critérios que façam sentido para cada função e para a cultura da organização. A coerência entre discurso e prática interna também conta: não adianta falar em autonomia se, na rotina, só há espaço para seguir ordens.

Se o que se valoriza está mal comunicado ou mal medido, a empresa corre o risco de investir em perfis que não sustentam sua estratégia. E isso cobra um preço silencioso — na performance, na retenção e até na reputação da área de gestão de pessoas.

10 sinais que ajudam a identificar um bom funcionário

1. Cumpre prazos sem supervisão constante

A entrega no prazo diz mais do que parece. Quando um colaborador cumpre o que foi combinado sem necessidade de cobranças frequentes, há indícios de autonomia e comprometimento. Essa postura reduz a sobrecarga da liderança e fortalece a confiança na equipe.

Em um ambiente onde cada atraso afeta outros setores, contar com profissionais que se organizam bem é um diferencial silencioso e estratégico.

2. Apresenta iniciativa para resolver problemas

Nem tudo vem com manual. E nas rotinas que mudam com frequência, quem espera ordens para cada decisão atrasa o andamento do time. Um bom profissional identifica problemas, propõe soluções e age dentro de seu limite de autonomia.

Essa capacidade de antecipar situações críticas, inclusive em tarefas que não são suas por definição, mostra um nível de maturidade que a gestão costuma reconhecer com rapidez.

3. Tem postura colaborativa com o time

A colaboração não se resume a ajudar colegas. Ela se revela na forma como a pessoa compartilha conhecimento, evita competição desnecessária e prioriza o resultado coletivo.

Profissionais com essa postura contribuem para o equilíbrio do ambiente. Eles sabem ceder quando necessário, escutam outras opiniões e atuam como pontos de apoio em períodos de maior carga de trabalho. É o tipo de perfil que ajuda o grupo a funcionar, mesmo quando o cenário é instável.

4. Demonstra capacidade de adaptação

Mudança de sistema, reestruturação de equipe, troca de liderança. A rotina não é linear — e isso exige flexibilidade. Bons profissionais lidam com essas transições de forma prática, sem resistência excessiva nem dramatização.

Adaptar-se, aqui, não é se acomodar. É ajustar a forma de trabalhar sem perder o foco nos resultados. Quem se adapta bem também costuma influenciar positivamente os colegas em momentos de transição.

5. Comunica com clareza e escuta com atenção

Saber se expressar com objetividade e compreender o que o outro está dizendo reduz ruídos. A comunicação é um pilar de qualquer equipe funcional, e quem domina esse aspecto facilita a vida dos demais.

Bons profissionais não esperam ser interpretados. Eles explicam, confirmam, perguntam. Ao mesmo tempo, escutam com atenção, não apenas para responder, mas para entender. E essa habilidade, mesmo em cargos técnicos, impacta diretamente a performance da equipe.

6. Busca feedbacks e corrige rotas

Receber retorno sem defensividade é uma habilidade escassa. E mais rara ainda é a prática de pedir feedback de forma proativa.

Quando um colaborador demonstra abertura para rever o que pode melhorar e coloca isso em prática, o ganho vai além do individual. O ambiente se torna mais maduro, com menos disputas e mais foco em evolução.

7. Mantém a consistência no desempenho

O que diferencia um bom profissional é a constância. Aquele que mantém um padrão equilibrado ao longo do tempo transmite previsibilidade e é algo valioso em qualquer operação.

Mesmo sob pressão, esses profissionais não oscilam com facilidade. E isso oferece segurança para quem lidera, reduzindo a necessidade de microgestão e replanejamento frequente.

8. Respeita processos, mas sugere melhorias

Seguir o que foi definido é importante. Mas fazer isso de forma cega não gera evolução. Bons profissionais conhecem os processos, aplicam com responsabilidade e, quando percebem falhas ou gargalos, propõem ajustes.

Esse comportamento mostra senso crítico e compromisso com o coletivo. Em vez de reclamar ou ignorar os problemas, eles buscam caminhos mais eficientes, respeitando a estrutura existente.

9. Assume responsabilidades, mesmo quando erra

O erro pode acontecer, mas a forma como se lida com ele revela o nível de maturidade. Um bom funcionário não terceiriza culpa nem esconde falhas. Ele assume, analisa o que aconteceu e trabalha para corrigir.

Essa atitude fortalece a confiança da liderança e reduz o desgaste interno, porque mostra que há uma postura de aprendizado e não de negação ou justificativas vazias.

10. Tem valores alinhados à cultura da empresa

Por fim, e talvez o mais difícil de mensurar: o alinhamento com os valores da organização. Quando há coerência entre o que a empresa pratica e o que o profissional acredita, os conflitos de base são evitados.

Esse alinhamento favorece a permanência no longo prazo. E mais do que isso: contribui para a construção de um ambiente com menos atrito e mais coesão, onde as decisões têm base compartilhada.

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Virgilio Marques Dos Santos

Virgilio Marques Dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

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