como fazer um feedback
Gestão de Equipes

07 de novembro de 2020

Última atualização: 22 de julho de 2025

Feedback: o que é, tipos e importância

Feedback é um dos temas mais discutidos e, ao mesmo tempo, mais mal aplicados no ambiente de trabalho. Embora muitos líderes reconheçam sua importância, poucos se sentem confortáveis ao dar ou receber esse tipo de retorno. O resultado? Conversas evitadas, expectativas desalinhadas e oportunidades de melhoria desperdiçadas.

Este conteúdo foi criado para ajudar você a entender o que torna o feedback uma ferramenta de desenvolvimento tão importante. Vamos abordar desde o conceito básico até os erros mais comuns, os diferentes tipos de feedback e como estruturar cada devolutiva de forma construtiva.

Se você quer melhorar seu desempenho como líder, fortalecer a comunicação com sua equipe ou simplesmente tornar suas conversas profissionais mais produtivas, este guia é para você.

O que é feedback?

Qual é o conceito de feedback? Em resumo, o conceito do feedback está mais ligado a um retorno construtivo que uma pessoa faz após avaliar o desempenho ou atitudes de outra pessoa e como ela poderia melhorar.

É aquela orientação que, quando oferecida de maneira correta, ajuda na atuação das atividades de um profissional. Portanto, ele se resume em uma comunicação construtiva. 

Por que o feedback ainda é um tabu?

Apesar de ser uma das ferramentas para o desenvolvimento profissional, o feedback ainda é evitado por muitos líderes e equipes. Conversas que deveriam ser rotineiras acabam sendo adiadas ou mal conduzidas. Entender as causas por trás desse desconforto é o primeiro passo para mudar essa realidade.

Medo de conflito e reação emocional

Dar feedback é visto por muitos gestores como um campo minado. O receio de causar desconforto ou provocar uma reação defensiva impede conversas que poderiam ser construtivas. Isso é ainda mais comum quando se acredita que o colaborador não vai “aguentar ouvir”. Mas o problema raramente está na crítica em si — e sim na forma como ela é comunicada. Um feedback claro, oportuno e respeitoso reduz a tensão e aumenta a chance de mudança real.

Ausência de preparo e cultura organizacional

Boa parte dos líderes nunca foi treinada para dar feedback. Acabam improvisando, evitando o tema ou usando modelos ultrapassados e ineficazes. Além disso, muitas organizações não têm uma cultura de troca constante, o que transforma o feedback em algo raro e, por isso mesmo, desconfortável. Quando o ambiente valoriza conversas francas e frequentes, o retorno deixa de ser um tabu e passa a ser ferramenta de crescimento.

Erros comuns ao dar feedback

Mesmo com boas intenções, muitos líderes cometem falhas que comprometem o impacto do feedback. A forma como a mensagem é transmitida pode reforçar a resistência, aumentar o ruído ou até desmotivar quem a recebe. Evitar certos erros recorrentes ajuda a tornar o retorno mais útil e respeitoso.

Focar na pessoa em vez do comportamento

Um dos desvios mais frequentes é personalizar a crítica. Frases como “você é desorganizado” atacam a identidade da pessoa, o que gera defensividade imediata. O foco deve estar no que foi feito e no impacto disso no trabalho. Descrever a conduta observada, sem rótulos, é o primeiro passo para uma conversa construtiva.

Falta de objetividade

Feedback vago, genérico ou repleto de rodeios gera confusão. Quando a pessoa não entende exatamente o que deve mudar ou manter, o retorno perde o valor. É fundamental ser direto, com base em fatos observáveis e linguagem simples. A objetividade evita interpretações erradas e facilita a ação prática.

Feedback sem contexto ou consistência

Outra armadilha é dar feedback fora de hora, baseado em impressões isoladas ou sem conexão com metas e responsabilidades. Além disso, quando o retorno é dado de forma esporádica, o colaborador nunca sabe o que esperar. A consistência e o alinhamento com o contexto do trabalho aumentam a credibilidade da mensagem.

Quais são os tipos de feedback e quando usar cada um

No livro A Arte de Dar Feedback (Harvard Business Review, 2019), os autores destacam que um dos maiores equívocos na gestão de pessoas é tratar todo feedback como uma única prática. Na verdade, há abordagens distintas, e saber quando e como aplicá-las define o impacto que a mensagem terá.

1. Feedback positivo

Usado para reconhecer comportamentos alinhados aos objetivos do time. Quando feito de forma específica, aumenta o engajamento e reforça o que está funcionando. Segundo Christina Bielaszka-DuVernay, uma das autoras da coletânea, personalizar o reconhecimento, considerando o perfil do profissional, torna o retorno mais significativo e duradouro.

2. Feedback corretivo

Voltado para ajustes de rota, não deve ser evasivo nem baseado em percepções pessoais. Jean-François Manzoni, que contribui com dois capítulos no livro, enfatiza a importância de abordar o problema com franqueza, mas sem gerar reatividade. O foco deve estar no comportamento observável e nos efeitos que ele causa.

3. Feedback de desenvolvimento

Aparece em momentos estratégicos, como avaliações de desempenho ou mudanças de função. Ele ajuda o profissional a ampliar sua visão sobre suas competências e identificar pontos de evolução. Amy Gallo, outra autora do livro, destaca que esse tipo de retorno exige preparo e um acompanhamento posterior para ser efetivo.

4. Feedback de reconhecimento

Vai além do “bom trabalho”. Deve ser estruturado, contextualizado e alinhado aos valores da organização. Quando bem aplicado, reforça a identidade profissional e amplia a sensação de pertencimento no time.

Como estruturar um bom feedback

Um feedback mal estruturado perde força, causa ruído e, muitas vezes, fecha portas. No livro da Harvard Business Review, os autores reforçam que uma conversa eficaz depende de três fatores: foco, intenção e linguagem. 

Comece com fatos, não julgamentos

A base de qualquer retorno útil é a observação. Comece pelo que foi feito, sem interpretações ou adjetivos. Por exemplo, em vez de dizer “você é irresponsável com prazos”, diga “o relatório combinado para terça foi entregue na quinta, sem aviso prévio”. Fatos reduzem a resistência e tornam a conversa mais produtiva, como destaca Ed Batista no capítulo “Como dar um feedback eficaz”.

Descreva o impacto e proponha alternativas

Depois de apresentar o que foi observado, é essencial mostrar como isso afeta o time, o cliente ou os resultados. Esse passo conecta a ação individual ao coletivo e amplia a consciência sobre consequências e responsabilidades. Em seguida, indique um caminho possível: não se trata de impor, mas de abrir uma rota concreta para melhoria.

Adapte o tom ao perfil do interlocutor

Um dos maiores erros em feedbacks é usar o mesmo estilo com todos. Como lembra Amy Gallo, a forma de comunicar precisa considerar o momento, o histórico e a sensibilidade da pessoa que recebe. Há quem responda melhor a mensagens diretas, enquanto outros assimilam melhor quando o retorno é mais gradual. A personalização não significa suavizar, mas ajustar o canal para que a mensagem chegue.

Quando e como dar feedback

O impacto do feedback depende do momento em que ele é dado. Quando a conversa acontece tarde demais ou é deixada para ocasiões formais, perde força e utilidade. O retorno deve fazer parte da rotina, integrado ao fluxo do trabalho e não tratado como evento isolado.

Não espere a avaliação anual

Deixar o feedback para o momento da avaliação formal é um erro comum, mas você já parou para pensar no custo disso? Quantas oportunidades de correção e crescimento são perdidas ao longo do ano? Quando o retorno só aparece no fim do ciclo, ele soa distante, genérico e, muitas vezes, irrelevante para o que a pessoa viveu de fato.

Será que aquele comportamento que gerou impacto negativo em abril ainda faz sentido ser discutido só em dezembro? Será que quem recebe esse tipo de devolutiva consegue fazer a conexão entre o que ouviu e o que viveu?

O ideal é tratar o feedback como parte do dia a dia. Abordar um ponto específico logo após ele ocorrer, com respeito e foco no aprendizado, torna o retorno mais útil e fácil de ser assimilado. Conduzir pequenas conversas frequentes evita acúmulos, reduz tensões e mostra que a liderança está atenta e presente.

Use o momento certo: nem no calor, nem na omissão

Dar feedback no impulso, quando ainda há irritação ou desgaste emocional, tende a gerar defensividade. Por outro lado, ignorar situações que precisam de correção transmite passividade. O melhor momento é aquele em que a situação ainda está próxima, mas já há espaço para escuta e diálogo. Isso permite uma conversa mais madura e com foco em solução.

Coloque em prática: aprenda a dar feedback com método

Dar um bom feedback não depende de intuição, mas de técnica. Quanto mais preparada estiver a liderança, mais claro será o caminho para o desenvolvimento do time.

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Equipe FM2S

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