Consultor de Venda: funções, habilidades e salário
Educação e Carreira

18 de dezembro de 2025

Consultor de Venda: funções, habilidades e salário

Você já deve ter cruzado com alguém que sabe conduzir uma conversa comercial sem pressionar, que entende o momento do cliente e propõe soluções com base no que realmente faz sentido para o negócio. Esse perfil descreve o consultor de vendas, um profissional que atua na interseção entre técnica, relacionamento e resultado.

Neste conteúdo, vamos mostrar o que faz um consultor de venda, como ele se diferencia de funções mais tradicionais, quais habilidades são valorizadas nesse campo e o que influencia sua remuneração. Se você está considerando seguir essa carreira ou deseja entender melhor esse papel dentro da estratégia comercial, siga na leitura.

O que faz um consultor de vendas?

O consultor de vendas é responsável por conduzir o cliente durante a jornada de compra, com foco em oferecer soluções adequadas à sua necessidade. O trabalho começa antes da proposta comercial e se estende além do fechamento. Na prática, ele atua de forma ativa na prospecção, qualificação de leads, diagnóstico da situação do cliente, apresentação de propostas e acompanhamento dos resultados após a venda.

Diferentemente de funções centradas apenas em metas de curto prazo, o consultor busca gerar valor. Isso significa identificar problemas reais e propor soluções viáveis, mesmo que, em alguns casos, isso implique em adiar ou redirecionar a venda.

O trabalho do consultor de venda é orientado por dados, escuta qualificada e domínio do produto ou serviço que representa. A confiança que ele constrói tende a abrir espaço para relações comerciais duradouras, baseadas em credibilidade e resultado.

Principais atividades do consultor de vendas

A atuação de um consultor de vendas exige organização, capacidade de análise e domínio de técnicas que vão além da oferta do produto. Vamos falar das principais atividades:

Identificação de necessidades do cliente

escuta ativa é a base dessa etapa. O consultor faz perguntas direcionadas, coleta dados e observa o comportamento do cliente para entender o que está por trás da demanda inicial.

Muitas vezes, o próprio cliente não expressa com clareza o problema. Cabe ao consultor interpretar sinais e extrair informações relevantes.

Apresentação de soluções e produtos

Depois de entender o cenário do cliente, o consultor apresenta a solução. Aqui, não se trata de listar características ou vantagens do produto. O foco está em mostrar como a solução atende às necessidades mapeadas anteriormente, conectando funcionalidade com resultado.

Essa apresentação é personalizada. O consultor adapta a abordagem conforme o perfil do cliente, o segmento em que ele atua e o nível de conhecimento técnico que ele tem. 

Isso evita desperdício de tempo com argumentos genéricos e aumenta o impacto da proposta.

Negociação e fechamento de vendas

Durante a negociação, o consultor de venda considera diferentes fatores que influenciam a decisão do cliente: condições de pagamento, prazos, suporte envolvido e escopo contratado. Ele ajusta cada um desses elementos com base no que foi identificado nas etapas anteriores, mantendo o foco no equilíbrio entre expectativa e viabilidade.

Objeções são tratadas com dados, referências e argumentos técnicos. Em vez de rebater, o consultor busca entender o motivo por trás da resistência. Isso permite redirecionar a proposta ou reforçar pontos que estavam subestimados.

O fechamento ocorre quando a solução faz sentido operacional e financeiro para o cliente. É o desfecho de um processo estruturado, em que cada etapa contribuiu para que a decisão seja tomada com segurança. A venda não é forçada; ela é consequência da consistência do percurso.

Acompanhamento pós-venda

O trabalho do consultor continua após o fechamento. Ele acompanha a aplicação da solução, verifica se os resultados esperados estão sendo atingidos e intervém quando há desvios ou dúvidas operacionais. Essa etapa reduz retrabalho, previne cancelamentos e reforça o alinhamento entre o que foi vendido e o que está sendo entregue.

O contato recorrente também permite mapear novas demandas, identificar pontos de melhoria e ajustar o atendimento com base na evolução do cliente. Esse tipo de acompanhamento sustenta relações comerciais de longo prazo, fortalece a percepção de suporte e reduz a dependência de ações promocionais para gerar novas vendas.

Além disso, um pós-venda estruturado facilita a recompra e aumenta a probabilidade de indicações qualificadas, criando um ciclo de crescimento que depende menos de prospecção fria.

Habilidades valorizadas em um consultor de venda

As competências técnicas e comportamentais impactam a forma como o consultor conduz negociações, interpreta cenários e sustenta relacionamentos com clientes. Em mercados mais competitivos, essas habilidades deixam de ser diferenciais e passam a ser requisitos.

Escuta ativa e interpretação de cenário: mais do que ouvir, o consultor precisa entender o contexto por trás do que o cliente diz. A escuta ativa permite captar sinais que indicam necessidades, restrições e prioridades. Isso orienta o diagnóstico e reduz o risco de apresentar soluções desalinhadas.

Raciocínio analítico e leitura de dados: a análise de indicadores, metas e comportamento de consumo ajuda o consultor a tomar decisões com base em evidências. Essa habilidade reduz a margem de erro nas propostas e amplia a capacidade de justificar recomendações com argumentos consistentes.

Negociação orientada por valor: Negociar exige preparo, domínio dos números e entendimento das variáveis que importam para o cliente. O consultor precisa saber até onde pode avançar e quando uma concessão compromete a sustentabilidade da relação comercial. É a partir desse equilíbrio que se constrói um acordo útil para ambas as partes.

Domínio do produto e do setor: Conhecer o que se vende é obrigatório. Mas entender como isso se encaixa na operação do cliente e quais alternativas o mercado oferece eleva a autoridade do consultor. Isso influencia diretamente a confiança no processo.

Capacidade de adaptação: cada cliente tem um ritmo, um nível de conhecimento e uma expectativa diferente. O consultor que ajusta sua linguagem, abordagem e condução conforme o perfil do interlocutor tende a gerar conexões mais duradouras e eficientes.

Soft skills que fortalecem a atuação consultiva

As competências comportamentais têm papel decisivo na rotina de quem trabalha com venda, especialmente em contextos que exigem acompanhamento prolongado, múltiplas interações e negociação com diferentes níveis hierárquicos. 

Essas habilidades sustentam a consistência do relacionamento comercial ao longo do tempo e reduzem desgastes causados por ruídos de comunicação ou expectativas desalinhadas.

Empatia, quando bem aplicada, permite ao consultor interpretar sinais que muitas vezes não estão explícitos. Ao compreender a lógica por trás das decisões do cliente, torna-se possível ajustar a condução da venda sem depender apenas de argumentação técnica.

Essa leitura de contexto facilita a construção de propostas mais aderentes à realidade da empresa atendida.

Resiliência, por sua vez, está ligada à capacidade de lidar com ciclos de venda prolongados, mudanças de escopo, atrasos em aprovações e respostas que exigem recomeçar etapas já percorridas. O consultor que mantém constância no acompanhamento e consegue retomar negociações sem perder consistência tende a obter resultados mais previsíveis.

Por fim, a comunicação precisa ser funcional e adaptável. A escolha das palavras, a ordem dos argumentos e a condução das conversas devem respeitar o perfil do interlocutor e o estágio da negociação. Essa habilidade influencia diretamente a percepção de preparo técnico e afeta a capacidade do consultor de sustentar a conversa em ambientes de decisão mais exigentes.

Quanto ganha um consultor de vendas?

A remuneração de um consultor de vendas depende do setor de atuação, da complexidade da solução vendida, da estrutura da empresa e do modelo de contrato. Em boa parte dos casos, o valor recebido é composto por salário fixo e uma parcela variável, vinculada a metas e indicadores de desempenho.

Essa combinação permite ganhos mais altos à medida que o consultor entrega resultados consistentes, especialmente em mercados mais técnicos ou com ciclos de venda mais longos.

Faixa salarial média

  • Consultores em início de carreira: entre R$ 2.000 e R$ 3.500 por mês.
  • Profissionais com experiência intermediária: entre R$ 4.000 e R$ 6.000, com maior participação em comissões.
  • Consultores atuando em setores estratégicos ou com contas complexas: podem ultrapassar R$ 8.000, dependendo do desempenho e das metas atingidas.

Fatores que influenciam o salário

  • Segmento de atuação: setores como tecnologia, saúde, indústria e serviços financeiros tendem a oferecer remunerações mais competitivas.
  • Modelo de venda: vendas B2B e consultivas, com ticket médio mais alto, possibilitam comissões maiores.
  • Formato de contratação: CLT, PJ ou representação comercial influenciam benefícios e carga tributária.
  • Tipo de carteira atendida: clientes recorrentes, contas estratégicas e soluções customizadas impactam diretamente os resultados do consultor.

Componentes adicionais de remuneração

  • Comissões escalonadas conforme metas atingidas.
  • Bônus trimestrais ou semestrais atrelados ao faturamento individual ou da equipe.
  • Premiações por performance, como viagens ou campanhas de incentivo.
  • Reconhecimento interno, que pode resultar em promoção para contas maiores ou cargos de liderança comercial.

A remuneração variável costuma representar uma parte relevante da receita do consultor, especialmente quando o modelo de trabalho permite atuação com maior autonomia e margem de negociação.

Diferença entre vendedor tradicional e consultor

Enquanto o vendedor tradicional busca apresentar o produto com foco na transação, o consultor de venda adota uma postura mais analítica. Ele escuta mais do que fala. Investiga, propõe e ajusta o que está sendo ofertado com base no que o cliente realmente precisa — mesmo que o próprio cliente ainda não tenha total clareza disso.

Essa diferença é percebida na abordagem. O vendedor busca convencer. O consultor argumenta com base em dados, contexto e objetivos, o que reduz objeções e torna o processo mais racional para ambas as partes. A venda é consequência, não o ponto de partida.

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Equipe FM2S

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