CEO é uma sigla em inglês para Chief Executive Officer, que traduzindo significa Diretor Executivo em Português. Esta é a pessoa com maior autoridade na hierarquia operacional de uma organização. É responsável pela visão e estratégias de uma empresa. Atender às necessidades dos funcionários, clientes, investidores, comunidades e da lei, são suas metas constantes. Além disso, apesar de alguns dos trabalhos de um CEO poderem ser delegados, é quase sempre ele ou ela quem deve assumir a responsabilidade, principalmente sobre as estratégias e visão da empresa. Confira nesse artigo tudo o que precisa saber sobre o dia a dia de um profissional nessa posição.
O significado de CEO (Chief Executive Officer) é Diretor Executivo, o mais alto cargo em uma empresa e também não necessariamente é o dono da empresa. Seu dia a dia consiste em assumir responsabilidades e atuar na tomada de decisões importantes para as estratégias da empresa.
Essa pessoa deve trabalhar de forma a harmonizar a carga de ser a responsável pela gestão macro de recursos e operações da organizhttps://www.fm2s.com.br/quais-sao-as-quatro-logicas-da-estrategia-corporativa/ação e a atuação como ponto focal de conexão entre a imagem da empresa, sua comunicação, o operacional e conselho administrativo.
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Essa necessidade de possuir um altíssimo nível de competência é o que faz o cargo de CEO ser algo muito mais comum a empresas grandes e multinacionais, que médios e pequenos negócios, onde a posição de Diretor Geral é mais utilizada.
Um CEO pode ser nomeado a partir de um conselho de acionistas de uma empresa, bem como ser indicado a partir de sua experiência e reconhecimento de mercado, porém é importante ressaltar que nem sempre um CEO é o dono da empresa.
Em questão de rendimentos, um CEO que atua em uma empresa de capital aberto no Brasil, por exemplo, – segundo levantamento do Ibovespa quanto a análise do ano de 2019 (Ibovespa, Set/2020) – pode ganhar em média 75 vezes mais que os demais funcionários.
Se você deseja se tornar um CEO precisa de uma quantidade considerável de expertise, foco, disciplina e experiências diversas para os negócios. Em termos de qualidades pessoais, os CEOs precisam ser ótimos comunicadores, capazes de dar orientação e aceitar opiniões de especialistas, afinal ninguém faz nada sozinho. Eles devem ter vigor no trabalho, serem calmos para lidar com pressão e sempre objetivos, com ideias criativas para garantirem vantagens sobre seus concorrentes. Elencamos abaixo uma série de características que podem lhe ajudar a se tornar um CEO.
Um diretor executivo é sempre tido como um grande líder, alguém que é tomador de riscos, possui visão analítica e, por ser extrovertido na maioria das vezes, é também visto como uma pessoa auto-promocional. Steve Jobs foi um grande exemplo da posição, sua eloquência e noção sobre os produtos Apple, por exemplo, tornavam suas apresentações verdadeiras palestras sobre visão e futuro.
A verdade é que CEOs são profissionais que, nos dias de hoje, tem sobre si uma carga de expectativa para que esteja flexível a mudanças ágeis e se adapte de qualquer forma à tecnologias.
Separamos então algumas características que vão um pouco além dessas percepções e senso comum, e estão ligadas a competência intelectual e prática desses profissionais. Confira:
Grandes CEOs não podem temer às mudanças e devem sempre estar dispostos a assumir riscos, afinal esta é uma característica bastante marcante aos que querem ser pioneiros no mercado. Assim, os líderes estão frequentemente olhando para o futuro, estabelecendo metas ambiciosas além da gestão e busca por novas oportunidades
Resultados positivos sempre andam em conjunto com liderança e motivação. Repare nas melhores empresas, nas pessoas que estão em ascensão na carreira, nos grandes líderes. Uma boa liderança é aquela que inspira, que se preocupa com as pessoas e quer ver sua equipe sempre bem. As equipes que se inspiram no líder o fazem, na verdade, porque o admiram fazendo com que esta seja a melhor maneira de engajar e motivar seus colaboradores.
Um dos maiores desafios que muitos gerentes e líderes de negócios enfrentam é a comunicação. Quando você procura maneiras de liderar uma equipe, é vital que você desenvolva habilidades de comunicação mais eficazes para inspirar sua força de trabalho. A comunicação pode ser uma parte importante da melhoria do ambiente, das pessoas no trabalho e da produtividade para uma empresa. Preparar as pessoas para o diálogo, planejar a comunicação, acompanhar o andamento e reconhecer os resultados podem ser um grande salto na motivação de seus funcionários.
Resiliência é a propriedade que indica se uma pessoa sabe ou não trabalhar sob pressão. Está além da educação, treinamento e até mesmo da própria experiência. É o maior fator de maior peso para se chegar ao sucesso. Quanto mais resiliente alguém é, mais bem preparado a pessoa está para lidar com as intempéries da vida. Logo podemos concluir que quanto mais resiliente uma pessoa for mais apta ela está a se tornar um CEO. Uma diferença fundamental entre um bom e um excelente CEO é essa capacidade de rápida recuperação e avanço;
Um diretor executivo deve possuir um pensamento organizado que o guiará na estruturação de o que é tangível dentro da realidade da empresa, e o que deve ser priorizado. Esse tipo de organização faz com que esses profissionais saibam elencar tarefas, e os possibilita maior permanência no cargo como alguém de referência;
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Deve-se manter aberto a novos aprendizados, estar sempre observando tendências de mercado e proporcionar a si mesmo um senso de curiosidade constante. Isso viabiliza o crescimento profissional e impacta diretamente nas propostas de valor da organização;
O otimismo realista é fundamental para que o profissional consiga se manter motivado e motivar a equipe. Esse pensamento faz com que “manter os pés no chão” seja um mote para que o foco seja atingível a todo momento. Isso faz com que a adaptação ande em conjunto, pois é necessário possuir um “jogo de cintura e a capacidade de ler pessoas para adaptar e aprimorar o estilo de gestão;
Conhecer o seu negócio e ter iniciativa para capitalizar oportunidades faz com que a paixão pela coisa aflore. Isso é essencial para o diretor executivo nortear sua conduta diária e conseguir planejar, com afinco, o futuro da organização.
Uma vez que o CEO consegue planejar e desenvolver um curso assertivo para o negócio, ele muda sua atenção para participar de assuntos do cotidiano e mais voltados para a gestão das pessoas, suas tarefas e desenvolvimento.
O CEO possui deveres muito bem definidos como:
Sua contribuição no negócio o torna responsável tanto pelo bem quanto pelo mal estar da organização.
Em organizações de maior estrutura, o CEO consegue ramificar as responsabilidades mais prioritárias a outros diretores, como:
A comunicação é o terreno de atuação desse profissional. Seu dia a dia consiste em criar planos de marketing estratégicos, para fortalecer a imagem da organização, e assim, encontrar novas iniciativas que atinjam o público-alvo com sucesso. Ou seja, sua organização faz com que a marca tenha destaque no mercado, cada vez mais competitivo;
Sua tarefa principal é supervisionar as funções administrativas e operacionais do dia-a-dia de uma empresa. O diretor de operações é considerado o segundo na cadeia de comando e, geralmente, lida com os assuntos internos da empresa, enquanto o CEO funciona como a face pública da empresa;
O diretor financeiro é o líder que monitora e controla as ações financeiras de uma empresa. O fluxo de caixa e o planejamento financeiro, bem como a analise dos pontos fortes e fracos financeiros da empresa, são suas ferramentas para que consiga propor ações preventivas e corretivas, que beneficiem a saúde econômica da organização;
É responsável pela tecnologia da informação (TI) de uma empresa. Atua diariamente na ponte entre a direção da empresa e a equipe de funcionários que atua na área de TI, portanto, necessita de bons conhecimentos de estratégia, liderança e gestão.
Contudo, cada vez que o CEO ramifica suas responsabilidades para esses diferentes cargos ele precisa ter a certeza de que os “reports” das áreas continuem chegando até ele, e que sua noção sobre cada um desses setores não se esvaia.
Em nosso curso de Business Model Canvas, falamos muito sobre o papel do CEO em desenvolver um bom modelo de negócio. Já nas certificações Green Belt e Black Belt, o papel do CEO é a visão sistêmica e o patrocínio dos projetos.
A informação de que no futuro tudo será baseado em linguagens de programação e códigos é bastante difundida entre todo o tipo de profissional. Para os CEOs, é importante saber que não necessariamente o melhor diretor executivo será alguém proveniente do TI, ou um especialista nato. Mas, pelo menos, será necessário demonstrar uma compreensão sólida dos assuntos e aplicações de cada tecnologia utilizada em sua organização.
Portanto, é necessário entender que a tecnologia já não é mais uma bengala para os negócios, não cumpre mais uma função de suporte. Hoje, a indústria a vê num papel de diferenciador, ponto focal de eficiência e garantia.
Esforços em tecnologia são muito mais facilmente percebidos pelos consumidores, por isso é tão relevante que um CEO atente-se a esse fator e saiba se comprometer positivamente para o aprimoramento e escalonamento dele em seu negócio.
Seguindo a linha da prática citada acima, a busca por novidades é algo essencial a um CEO e, de certa forma, envolve muito a tecnologia. Uma das características mais esperadas de líderes, atualmente, é a capacidade de inquietar-se frente ao comum. A vontade de criar processos e produtos novos é o ativo mais requisitado desses profissionais.
Mas veja, à medida que as coisas avançam e a indústria evolui não basta apenas criar e criar – até porque isso exigiria uma vastidão de recursos humanos e de capital, além de tempo -, é preciso também saber se moldar aos impactos da evolução constante.
Experimente olhar para fora do seu negócio. Bons CEOs são aqueles que conseguem pensar fora da caixa e sabem que oportunidades podem ser aproveitadas através da redefinição de seus próprios conceitos e estratégias.
Acreditamos que já ficou claro, mas precisamos reforçar que a imagem que esse cargo passa gera uma influênca sobre as demais pessoas presentes em uma organização. Sejam eles colaboradores efetivos, temporários, fornecedores, terceiros ou clientes em visita. É necessário ao CEO possuir uma capacidade de compreensão aos demais indivíduos em um nível ainda mais harmônico que o normal.
Esses profissionais, costumeiramente, detém um conhecimento muito vasto, mas lhes falta um tato quando o assunto é pessoas. Portanto, saiba como cada atividade é desempenhada, entenda os processos e assim conseguirá se aproximar da expectativa e experiência que cada colaborador tem no dia a dia. Isso é algo essencial para estabelecer uma conexão horizontal na organização.
Alinhar-se aos colaboradores é um ponto chave para qualquer diretor. No caso de um CEO não deve ser diferente – mesmo sabendo que em algumas instituições é bem raro esse contato -. Uma vez alinhado às expectativas e necessidades dos colaboradores o Diretor Executivo consegue impactar de maneira positiva sobre eles. De forma que todos se sintam envolvidos no bom andamento do negócio. Inspirar é motivar cada pessoa, ainda que não seja possível encontrá-la todos os dias cara a cara, é algo quase abstrato.
Colaboradores inspirados se sentem mais inseridos na cultura da organização e aumentam produtividade e engajamento.
Conflitos acontecem em qualquer cenário e local, é algo inevitável ao convívio social. Quando ocorrido no local de trabalho é necessário que seja tratado com prioridade, pois a instabilidade entre colaboradores pode perturbar o bom funcionamento da organização.
Para um CEO, nesse caso, é necessário certo tato ao lidar com a situação. Não julgue as coisas muito rápido, busque não tirar conclusões precipitadas, saiba ouvir ao mesmo passo que estabelece conexão com a situação.
Por isso, busque abordar cada conflito de maneira racional e com a mente aberta. Foque na comunicação, certifique-se de construir um senso de companheirismo entre a equipe, de certa forma isso o auxiliará com futuros cenários em que sua atenção não poderá ser requisitada.
Feedbacks são de alto benefício para a manutenção da conexão entre a equipe. Através de uma política de feedback o CEO consegue entender as expectativas e dúvidas dos colaboradores, bem como receber críticas e sugestões.
Essa prática faz, por exemplo, com que o colaborador se sinta como um ativo importante para a empresa, o que impacta no seu desempenho e reduz a rotatividade.
O Diretor Executivo deve conseguir expor aos colaboradores as ferramentas para que eles consigam identificar os pontos fortes e fracos, para que assim suas avaliações sobre cada ponto sejam mais assertivos.
Defina orçamentos internos que visem o financiamento e apoio a estratégia dos projetos. Orçamentos seguidos a risca reduzem o custo e evitam que haja perda de dinheiro. Além disso, considere todos os principais gastos da empresa e gerencia o capital. Se a empresa não pode usar cada real levantado de investidores para produzir pelo menos um real de valor do acionista, por exemplo, é ele quem decide quando devolver o dinheiro para os investidores. E apesar de alguns CEOs não se consideram pessoas financeiras, no fim das contas são suas decisões que determinam o destino financeiro da empresa.
Em um cargo que possui altas cargas de expectativa, os líderes que possuem melhor estabilidade emocional prosperam. Isso diz muito também sobre como a inteligência deles é utilizada, pois faz parte da evolução contínua do cargo saber controlar e administrar uma empresa com tato e de forma que sua liderança passe um valor aos demais colaboradores.
A medida que a tecnologia avança, e os processos internos evoluem de maneira mais horizontal, os CEOs que compreendem e investem nas pessoas, são os mais capazes de gerar relacionamentos duradouros e benéficos.
Esse trabalho é feito por meio das pessoas – e as pessoas são muito afetadas pela cultura. Afinal, um lugar ruim para trabalhar pode afastar os profissionais de alto desempenho. Afinal, eles têm uma lista de lugares para trabalhar. E por outro lado um ótimo lugar para trabalhar pode atrair e reter os melhores.
A cultura é construída de dezenas de maneiras e é o CEO que define o tom. Afinal, cada ação – ou inação – envia mensagens culturais. Assim como a roupa emite sinais sobre como o local de trabalho é formal. Ou ainda com quem ele fala ou deixa de falar. Essa coisas dão sinais sobre o que é e não é importante. Assim como ele trata os erros (feedback ou falha?) e envia sinais sobre a tomada de risco. Por fim, quem ele repreende, o que ela tolera e o que recompensa, formam a cultura.
Se a visão da empresa é para onde ela está indo, são os valores que contam como a empresa chega lá. Os valores descrevem um comportamento aceitável, por isso o CEO transmite valores por meio de ações e reações. As pessoas concebem os valores interpessoais – confiança, honestidade, abertura – a partir das ações do CEO.
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Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.
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