CEO: o que é, sua importância e papel na empresa
Carreira

01 de maio de 2017

Última atualização: 16 de julho de 2025

CEO: o que é, sua importância e papel na empresa

O termo CEO (Chief Executive Officer) é amplamente conhecido, mas o que exatamente significa ser um CEO e quais são as responsabilidades e desafios desse papel? 

É responsável pela estratégia e visão dentro da empresa. Atender às necessidades dos funcionários, clientes, investidores, comunidades e da lei, são suas metas constantes.

Além disso, apesar de alguns dos trabalhos de um CEO poderem ser delegados, é quase sempre ele ou ela quem deve assumir a responsabilidade, principalmente sobre as estratégias e visão da empresa.

Entenda neste artigo, o que é CEO, indo além do título e descobrindo o que faz um CEO eficaz, como eles impactam as organizações e a sociedade, e o que é necessário para alcançar esse papel.

O que é um CEO em uma empresa?

CEO (Chief Executive Officer) é o Diretor Executivo de uma organização. Ele ocupa o cargo mais alto na hierarquia operacional, sendo o principal responsável por definir estratégias, liderar a gestão de alto nível e representar a empresa diante do mercado e do conselho administrativo.

Sua atuação envolve decisões críticas relacionadas a recursos, operações e imagem institucional. Mesmo não sendo, necessariamente, o dono da empresa, o CEO concentra a responsabilidade de manter a coerência entre as áreas e garantir que os objetivos de longo prazo sejam cumpridos.

Em empresas de capital aberto, esse profissional geralmente é indicado por um conselho. Já em negócios menores, a função costuma ser exercida por um Diretor Geral. De acordo com pesquisa de setembro de 2024, CEOs de empresas listadas no Ibovespa recebem, em média, R$ 15,36 milhões por ano (cerca de R$ 1,28 milhão por mês). A disparidade salarial é grande: o vínculo entre o ganho do CEO e a média dos funcionários vai de 185 vezes até 1.100 vezes, conforme observado em empresas como JBS, Rede D’Or e Localiza.

Como se tornar um CEO?

Um CEO pode ser indicado de diferentes formas, a depender da estrutura da empresa. Em grandes organizações, a nomeação geralmente ocorre por meio de um conselho de administração, que avalia o perfil mais adequado para conduzir a estratégia da companhia. Já em empresas menores ou familiares, é comum que o cargo seja ocupado por sócios, fundadores ou executivos internos com histórico sólido.

Nem sempre o CEO é o dono da empresa. Em muitos casos, trata-se de um executivo contratado pelo conselho para executar uma visão estratégica previamente definida.

Para chegar a essa posição, é necessário um conjunto consistente de experiência em liderança, conhecimento de negócios, capacidade de gestão e visão estratégica. Muitos CEOs trilham uma jornada de crescimento interno, assumindo cargos como gerência, diretoria e C-level (como CFO, COO ou CMO), antes de atingir o topo da hierarquia.

Além da trajetória profissional, o perfil do CEO envolve competências bem definidas:

  • Comunicação assertiva: para alinhar áreas, engajar equipes e se posicionar frente a investidores e ao mercado.
  • Capacidade de escuta: saber receber contribuições técnicas de especialistas é tão importante quanto dar direcionamentos.
  • Tomada de decisão sob pressão: o cargo exige equilíbrio emocional, foco em resultados e agilidade para reagir a cenários incertos.
  • Pensamento estratégico e inovador: um bom CEO deve identificar oportunidades, antecipar riscos e gerar vantagem competitiva com consistência.

Hierarquia de cargos dentro de uma empresa

Em uma organização, os cargos seguem uma estrutura hierárquica que define responsabilidades, tomada de decisão e nível de liderança. Entender essa ordem ajuda a visualizar o caminho até o topo da gestão.

Veja como costuma ser a hierarquia, do nível mais operacional ao estratégico:

  1. Operacional: são os profissionais que executam as tarefas do dia a dia, como assistentes, auxiliares e operadores.
  2. Técnico e analista: envolvem funções especializadas com foco em análise, suporte e execução técnica, como analistas financeiros, de RH ou de TI.
  3. Supervisão e coordenação: responsáveis por pequenas equipes ou áreas, garantindo que as metas operacionais sejam cumpridas.
  4. Gerência: planeja, organiza e acompanha a execução das atividades em um departamento ou projeto. Atua com metas táticas.
  5. Diretoria (C-Level): executivos como CFO (Diretor Financeiro), COO (Diretor de Operações), CMO (Diretor de Marketing), entre outros. São responsáveis por áreas-chave da empresa.
  6. CEO (Chief Executive Officer): ocupa o cargo mais alto na hierarquia executiva. Define a direção estratégica, responde ao conselho administrativo e representa a empresa no mercado.

Em empresas com estrutura corporativa mais robusta, acima do CEO estão o Presidente do Conselho e os acionistas, responsáveis por decisões institucionais e de longo prazo.

Qual é a diferença entre o CEO e o dono da empresa?

Se o CEO está no topo da liderança, ele também é o dono da empresa? Nem sempre. Essa é uma dúvida comum  e entender essa diferença ajuda a enxergar melhor como as empresas são estruturadas.

CEO é o executivo responsável pela gestão da empresa. É ele quem conduz a operação, define estratégias, lidera pessoas e responde pelos resultados. Mas isso não significa que ele seja o proprietário. Em muitas organizações, principalmente nas de capital aberto, o CEO é um profissional contratado pelo conselho de administração.

Já o dono da empresa é quem possui participação no capital do negócio. Pode ser o fundador, um grupo de investidores ou os acionistas. Esses proprietários têm poder de decisão em temas estratégicos, mas nem sempre participam do dia a dia da gestão. Em empresas maiores, é comum que deleguem essa responsabilidade ao CEO e à equipe executiva.

Essa distinção é importante:

  • dono controla o capital e os rumos institucionais.
  • CEO executa a estratégia e responde pela performance.

Entender essa relação ajuda a visualizar por que tantas empresas mantêm a gestão nas mãos de profissionais com perfil técnico e estratégico, mesmo quando os donos continuam presentes no negócio.

Exemplos de CEOs 

Falar sobre o papel do CEO é uma coisa. Ver como alguns atuam na realidade deixa tudo mais concreto. A seguir, conheça três líderes que ocupam, ou ocuparam, essa função e marcaram suas empresas com estilos distintos de gestão.

1. Satya Nadella (Microsoft)

Desde que assumiu como CEO em 2014, Nadella mudou a cultura da Microsoft, antes centrada em produtos e disputas internas, para uma abordagem colaborativa e voltada ao cliente. Ele reposicionou a empresa com foco em nuvem, inteligência artificial e parcerias estratégicas, ampliando o valor de mercado e a relevância global da marca.

2. Larry Page (Google/Alphabet)

Cofundador do Google, Larry Page ocupou o cargo de CEO em duas fases distintas: no início da empresa e depois na reestruturação para a Alphabet, holding que comanda o ecossistema Google. Sua atuação foi marcada por visão de longo prazo, incentivo à inovação e estruturação de times autônomos para explorar novas tecnologias, como carros autônomos, IA e saúde.

3. Tim Cook (Apple)

Sucessor de Steve Jobs, Tim Cook assumiu o comando da Apple em 2011. Seu estilo de gestão é mais técnico e orientado à eficiência operacional. Sob sua liderança, a empresa diversificou sua receita, expandiu serviços digitais e bateu recordes de valorização. Mesmo sem o perfil visionário de Jobs, consolidou a marca como uma das mais lucrativas do mundo.

Quais habilidades um CEO precisa ter? Veja o que os grandes nomes revelam

Ao observar a forma como Satya Nadella, Larry Page e Tim Cook conduzem suas empresas, fica evidente que o sucesso no cargo de CEO não depende apenas de conhecimento técnico ou histórico profissional. A função exige competências bem definidas, desenvolvidas e alinhadas ao contexto da organização.

Esses três líderes representam estilos diferentes, mas compartilham pontos em comum na forma de pensar, tomar decisões e liderar equipes. A seguir, veja as habilidades que se destacam em suas trajetórias:

1. Visão estratégica de longo prazo

Larry Page sempre buscou projetos com impacto duradouro, mesmo quando pareciam distantes da operação principal do Google. CEOs com essa habilidade conseguem antecipar movimentos do mercado e direcionar a empresa com foco no futuro.

2. Capacidade de adaptar e transformar culturas

Satya Nadella reposicionou a Microsoft ao transformar uma cultura rígida em um ambiente de colaboração e aprendizado. Um bom CEO sabe que a performance da empresa passa pela forma como as pessoas trabalham  e atua diretamente nesse ajuste.

3. Foco em execução e eficiência operacional

Tim Cook é conhecido por sua disciplina em processos e gestão de cadeia de suprimentos. A habilidade de transformar estratégia em resultados práticos é essencial, especialmente em empresas com operações globais.

4. Tomada de decisão sob pressão

Seja em lançamentos, crises ou mudanças internas, CEOs precisam decidir com base em dados, mas também com agilidade. Isso exige preparo emocional e domínio do negócio.

5. Comunicação clara e liderança por influência

Todos os três nomes se destacam por comunicar bem suas decisões, seja para o mercado, colaboradores ou conselhos. A habilidade de influenciar sem depender apenas da autoridade formal é um diferencial relevante no cargo.

Essas habilidades não surgem de forma isolada. São construídas com experiência, consistência e autoconhecimento ao longo da trajetória profissional. E, mais importante: não há um único modelo de CEO, mas todos os que geram impacto compartilham um padrão de pensamento estratégico e capacidade de execução.

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Virgilio Marques Dos Santos

Virgilio Marques Dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

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