Empregos, Geração Y, Fórmula 1 e Copa Uno
Carreira

28 de novembro de 2016

Última atualização: 25 de janeiro de 2023

Empregos, Geração Y, Fórmula 1 e Copa Uno

Qual a origem do termo empregos?


A seguir, relatei uma definição interessante que vi sobre a origem da palavra e dos radicais de empregos:



As palavras que indicam o trabalho na maioria das línguas europeias originam-se de imagens de compulsão, atormentação, aflição e perseguição. A palavra francesa travail (e espanhol trabajo), como o equivalente em inglês, é derivada do latino trepalário - tortura, infligir sofrimento ou agonia. A palavra peine, que significa pena ou punição, também é usada para significar trabalho árduo, algo realizado com grande esforço. O alemão Arbeit sugere esforço, dificuldades e sofrimento; É cognado com o rabota eslavo (do qual o inglês deriva "robô"), uma palavra que significa corvee, trabalho forçado ou servo. Em linguas românticas, as palavras do latino Labourare passaram a significar arar ou cultivar a terra, embora em italiano, lavoro também significa trabalho em geral. O significado latino era algo realizado com dificuldade e dificuldade.

Empregos: quais são os empregos que você já teve na vida?


Será que é possível imaginarmos alguém por meio dos seus empregos, ou não há muita relação? Será que há pessoas que são boas para qualquer tipo de emprego, ou cada um nasceu para fazer UMA coisa muito bem? No artigo de hoje, gostaria de falar um pouco sobre esta ânsia e angústia chamada de empregos.


Como foi um membro da geração Y, pois nasci em 1984, cansei de ouvir as mesmas histórias de nossa turma. Somos uma geração cujos pais e mestre mimaram e, achamos que somos os melhores da história. Além disso, sempre nos é dito que queremos chegar ao topo em alguns anos, caso contrário, desistimos e procuramos outro caminho. Esqueci de algo? Há, perdão. Da frase que estamos chegando aos 35 tristes e frustrados. Por que? Porque a lacuna entre expectativa e realidade, chama-se frustração. Como a expectativa que temos sobre nós mesmos é gigante e, a realidade é dura, somos uma geração de frustrados.


Agora, pergunto: vocês realmente concordam com isto? Ou é uma daquelas explicações simplistas demais para ser verdade? Pode ser sincero? Será que a geração Y é tão frustrada assim? Será que por sermos mimados, pensamos que temos um potencial muito além de nossa capacidade real? Ao meu ver, não. Para mim, somos uma geração como outra qualquer, com frustrações, anseios, conquistas e empregos como outra qualquer. A única diferença, ao meu ver, é a liberdade que gozamos. Nossa geração teve, pela internet, muito mais acesso.



Como são os Empregos da Geração Y?


A geração anterior, se animava com o FAX. Já a nossa, teve acesso ao seu primeiro computador com 10, 15 anos. Quem não lembra da farra que era mexer no paint-brush e fazer convites de casamento na impressora matricial? Com este acesso todo, começamos a nos educar desde cedo pelos meios eletrônicos, seja lendo blogs ou, mais recentemente, acessando à cursos EAD. A informação que faltava aos nossos pais, de repente, estava a nossa disposição. E ao abrir os horizontes, nossa expectativa foi lá no alto.


Agora, voltando ao tema empregos, o excesso de expectativa realmente nos fez um pouco mais frustrados. Acabamos por não entender que cada carreira tem suas peculiaridades que exigem um conhecimento um pouco diferente. É comum, pelo menos em meu círculo de amizades, ter acesso a histórias de executivos que aos 30, saíram de suas posições e quebraram a cara ao empreender.  Diante disso, sempre me perguntava o porquê.


Depois de muita pesquisa e conversas, penso que consegui desvendar em partes, o mistério. Para explica-lo, recorri à uma analogia. Imagine que a faculdade, a pós-graduação e a carreira corporativa, seja análoga a carreira de um piloto. Você começa nas categorias de base, como o kart e vai subindo até alcançar a F1. Agora, imagine que um piloto, depois de um tempo de glórias decida sair e montar sua equipe. Será que um bom piloto será um ótimo dono de equipe? Ou as competências necessárias para um bom piloto não são as mesmas do que para um bom chefe de equipe?



A Analogia


Certamente não. Ademais, um ex-piloto de F1 geralmente não começa como chefe de equipe na F1, pois para isto, precisará de recursos que talvez ele não disponha. Diante deste fato, ele provavelmente começará numa categoria menor, como a extinta fórmula Uno. E, qual é a estrutura da Fórmula Uno se comparada com a F1? Muito menor. E, um piloto treinado na F1 acostumado com equipe completa, patrocínio, chefe de equipe, telemetria, engenheiro, nutricionista, personal, enfim, um sem números de pessoas, se vê num ambiente totalmente diferente.


No novo ambiente, o piloto agora chefe de equipe, precisará trocar o pneu, regular o carro, captar patrocínio e ainda, treinar seus colaboradores. Para um piloto acostumado a entrar no carro e acelerar, fazer tudo isto sem o apoio que antes possuía, pode ser uma sensação de desconforto muito grande. Desta forma, por esta analogia, comecei a entender um pouco dos problemas que alguns amigos enfrentavam ao mudar de empregos. De repente, ele não era mais responsável pelo seu resultado, mas pelo resultado da equipe inteira. De quem capta o patrocínio até quem regula o motor. Não é a mesma coisa.


Agora, quem era acostumado com a responsabilidade de andar forte, desde de que lhe fosse fornecido um bom carro, terá sua responsabilidade aumentada para o sistema equipe. Nesta mudança de empregos, altera-se também o também a natureza do trabalho. Por isto, que falamos muito na organização como um sistema em nossas certificações Green Belt e Black Belt. Além disto, temos o treinamento de Business Model Canvas que ajuda você, a estruturar seu negócio.



Fim


Para finalizar, aos meus amigos da geração Y, X, Z, n, que querem aproveitar o desemprego para começar a empreender, que o façam. Mas tomem cuidado e provisionem reservas para este novo aprendizado. Como disse, um piloto de F1 ao tornar-se chefe de equipe da fórmula Uno, poderá ser derrotado por um ex-mecânico que agora é chefe de equipe. Quando muda o ambiente, mudam-se as regras e o tempo para você alcançar o topo pode ser maior e exigir mais esforço do que você tem em mente. Mas, para mim, vale a pena.



De onde surgiram os empregos das 8 às 17:00?


O diagnóstico de Karl Marx é que seu trabalho é alienante. É o meio para o fim de ganhar um salário. E na divisão do trabalho, você se sente alienado porque não possui os meios de produção, nem o produto de sua atividade, nem a organização do processo produtivo. Em essência, você gasta sua vida fazendo algo para outra pessoa.


Neste sistema capitalista, todas as relações são reduzidas às relações de preço, e as relações humanas são uma consideração da segunda ordem. Com tudo isso em mente, e considerando que apenas um certo grupo de pessoas possui os meios de produção, as sociedades capitalistas são baseadas na exploração dos trabalhadores (você) pelos capitalistas (seu chefe ... ou o chefe do seu chefe). Para ser mais preciso, a exploração reside no conceito de "mais-valia".


Você precisa de dinheiro, então você obtém um emprego. Você pode ganhar o dinheiro que precisa trabalhando 5 horas por dia, e este é o "trabalho necessário". No entanto, seu chefe quer que você trabalhe 9 horas por dia. Você não pode realmente dizer não, porque se você não tem um emprego, não pode sobreviver. Aqui está o truque: ele / ela só pagará por cinco horas de trabalho, em vez dos nove que você está trabalhando. Isto significa que o seu chefe só lhe pagará um "salário de subsistência" que você criou em 5 horas de trabalho e que você trabalhe mais 4 horas gratuitamente.


Nesse caso, seu chefe está fazendo um excedente, ou lucro, de você. Mas antes que você fique louco e abandone seu trabalho amanhã, gritando com seu chefe como você quis fazer durante anos, pense sobre o seguinte. Talvez seu chefe não queira fazer seu trabalho 4 horas extras. Talvez ele queira que você seja feliz e pague o que você merece. Mas ele / ela não pode, por causa do lado obscuro da competição: se ele / ela não extrair um excedente, a empresa vai afundar, e outro capitalista / chefe assumirá o cargo porque ele / ela não estava com medo para extrair um excedente de seus funcionários.



De quem é a culpa por esses tipos de empregos?


Não é culpa dos capitalistas individuais. É culpa do capital. Os indivíduos são apenas um produto da classe social a que pertencem: a classe capitalista ou a classe trabalhadora. Eventualmente, a sociedade será polarizada nessas duas classes, e uma revolução da classe trabalhadora resultará da exploração. Mas não é grande coisa.


Apesar de ter compartilhado o mesmo nome, Karl Polanyi não era Karl Marx. Pelo menos ele não queria ser. O capitalismo, que ele chamou de "sociedade de mercado", não é natural e as instituições econômicas precisam ser socialmente "incorporadas". Isso significa que eles têm que servir para fins sociais, e não o contrário.


Em certo sentido, seu trabalho não deve ser sua principal preocupação, mas deve servir como uma emancipação ou permitir que você pense em coisas maiores e melhores. Este é apenas um dos conceitos que ele apresenta no seu trabalho mais famoso - e mal escrito -, "A Grande Transformação".



Qual é a lógica histórica dos empregos?


Além da economia integrada, ele usa dois outros conceitos principais: commodities fictícias e o duplo movimento. Na sua opinião, a economia deveria servir aos imperativos sociais, à terra, ao trabalho e ao dinheiro, embora sejam tratados como mercadorias não deveriam ser. No esquema histórico das coisas, a economia de mercado liberal exigia a mercantilização da terra, do trabalho e do dinheiro. As mercadorias verdadeiras são produzidas e vendidas para venda no mercado. Mas você, seu quintal e suas contas de dólar verde não são naturalmente mercadorias. Na mercantilização, sua irmã, a vinha do seu pai e suas rúpias, o mercado mina as


Então, por um lado, temos um homem barbudo que nunca teve um trabalho real (Marx) explicando por que você deveria começar uma revolução e, por outro lado, temos um homem menos barbado (Polanyi) explicando que, embora as coisas provavelmente devam mudar, não são porque as forças da sociedade se contradizem

Virgilio F. M. dos Santos

Virgilio F. M. dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.