Como a crise e o consumo de combustível se relacionam?
Análise de dados

26 de julho de 2015

Última atualização: 25 de janeiro de 2023

Como a crise e o consumo de combustível se relacionam?

Por onde a crise e o consumo começam a se relacionar?


Quais são as consequências da crise no consumo?


Vejam como a crise e o consumo se relacionam.


  1. Emprego




A perda de emprego afeta a estabilidade de famílias e indivíduos. Nosso status, autoestima, saúde e bem-estar podem ser impactados drasticamente pela perda de um emprego. Enquanto muitos que perdem seus empregos usam o tempo de crescimento e exploração, muitos sofrem com depressão, alcoolismo e negação.

Com taxas de desemprego extremamente altas durante uma recessão, indivíduos e famílias lutam para encontrar trabalho para pagar as contas a cada mês. A incapacidade de encontrar trabalho pode ser frustrante, aterrorizante e deprimente, e pode levar a mais problemas. Quando um pai está desempregado, as coisas podem parecer sombrias.


  1. Vida familiar




O estresse de não encontrar o trabalho e a perda de renda podem levar a distúrbios de relacionamentos interfamiliares que podem levar anos para consertar. Às vezes, as famílias devem pedir dinheiro emprestado a parentes ou amigos, o que pode resultar em situações tensas.

Algumas famílias devem mudar seus planos, vender suas casas, trocar de escola e cancelar férias. Em outras famílias, há mesmo um aumento infeliz nos casos de abuso infantil.


  1. Mudanças de estilo de vida




A receita reduzida leva à redução de atividades de entretenimento, refeições e atividades extracurriculares. As pessoas reduziram os extras durante uma recessão, muitas famílias devem fazer mudanças drásticas no estilo de vida antes da recessão. Isso significa menos viagens, experiências compartilhadas e oportunidades perdidas devido à falta de fundos.


  1. Investir




Os orçamentos familiares não podem acomodar investimentos não residenciais de curto e longo prazos durante uma recessão. As famílias podem colocar as contas de investimento em espera, na esperança de jogar catch-up em uma data posterior. As famílias também podem ser tentadas a investir dinheiro por causa da despesa reduzida de ações, mas sem qualquer receita prescindível, o investimento pode não ser viável.

Isso pode ter efeitos devastadores sobre contas de aposentadoria e contas de poupança. Também pode ser necessário aproveitar os investimentos e os fundos de aposentadoria em dinheiro.


  1. Oportunidades de negócios




Os empresários podem ter uma falta de fundos disponíveis para pedir empréstimos ou iniciar novas empresas durante uma recessão. A inovação, muitas vezes, vem do segmento de pequenas empresas, mas a falta de financiamento, juntamente com uma desaceleração nos gastos, pode tornar os proprietários de pequenas empresas nervosos e não quererem arriscar grandes riscos.

Para empreendedores desempregados que procuram iniciar um novo empreendimento, essa falta de financiamento pode dificultar suas chances de sucesso.


  1. Valor imobiliário




Muitas famílias dependem do valor de suas casas como parte de seu plano de aposentadoria. Durante uma recessão, no entanto, os valores imobiliários caem drasticamente e as execuções hipotecárias aumentam, forçando muitas famílias a sair de suas casas. O setor imobiliário não pode mais ser visto como um investimento seguro durante uma crise econômica.


  1. Educação




Muitas famílias não podem se dar ao luxo de enviar seus filhos para a faculdade durante uma recessão. Além disso, a experiência da faculdade muda para muitos estudantes que atendem, à medida que as universidades completam as aulas com muitos estudantes, ou reduzem as aulas, as principais e a equipe, tudo enquanto aumentam as propinas.


  1. Crédito e Dívida




Durante uma recessão, as famílias ainda devem pagar as contas domésticas e tentar sair da dívida. A falência, os julgamentos e os pagamentos em atraso podem prejudicar sua pontuação de crédito.

Seu histórico de crédito impacta as taxas de juros e taxas de juros, as taxas de seguro e até as oportunidades de emprego, já que algumas empresas analisam os históricos de crédito dos candidatos.


  1. Determinando a Necessidade




As famílias devem entender a diferença entre necessidades e desejos durante uma recessão. As famílias precisam de um lugar seguro para viver, roupas, alimentos e acesso a cuidados de saúde acessíveis. À medida que as prioridades mudam para muitas famílias durante uma crise econômica, eles podem se concentrar nas necessidades e aprender mais sobre suas habilidades de sobrevivência inatas.

E no Brasil, como a crise e o consumo se conectam?


A crise e o consumo: é pessoal, a inflação não está fácil. A maldição brasileira, morta em 1994 e controlada desde então parece que está escapando novamente. Todo mês, os assalariados deste país perdem um pouco do poder de compra do seu dinheiro. A conta de luz dobra, o pedágio sobe, o dólar bate 3,30 e a conta do supermercado não para de subir.


Além de tudo isto, ainda tem o preço dos combustíveis que subiram bastante, mesmo com um petróleo em 55 dólares o barril. Por isto, neste post eu gostaria de pegar um destes problemas – o combustível – e dar uma olhada mais de perto, pois neste fim de semana, deparei com vários postos de gasolina da cidade dos meus pais vendendo a gasolina a 2,999. Baita promoção se compararmos que até a semana passada vendiam a 3,299.


Postos fazendo promoção de gasolina e ainda oferecendo suco de laranja grátis enquanto eu abastecia meu carro? Coisa muito estranha num país, que vira e mexe, desmantela cartéis de postos de combustível em várias cidades. Será que a crise atingiu o consumo de combustível também? Se sim, a coisa está bem feia e sugiro cautela ao senhor Levy e a senhora presidentA. E como mapear como está o consumo de combustível? Site da ANP para baixar a venda de derivados de petróleo e álcool hidratado de 2000 a 2015.


A crise e o consumo

Figura 1: gráficos de tendência com a evolução do consumo de combustível álcool e gasolina.


A crise e o consumo


Figura 2: gráfico de controle, xbarra, da evolução da média mensal de vendas de gasolina e álcool.


Pela figura 1 é possível verificar que o consumo de gasolina caiu em 2015. Estamos com a mesma média mensal de 2013. Isto significa que estamos comprando menos combustível e que a promoção dos postos de combustível pode realmente ser um indício de contágio. Para termos esta resposta com um grau de convicção maior, vamos calcular a compra de gasolina por carro. Vamos dividir o volume anual de combustível vendido pela frota de carros do país naquele ano. Para conseguir estes dados é só dar um pulo no site do Denatran. Para este cálculo iremos somar as vendas de gasolina com as vendas de álcool.


A crise e o consumo


Figura 3: gráfico de controle da evolução da relação combustível/frota.



Crise e o consumo de combustível?


Pela figura 3 verifica-se que a taxa combustível/frota estabilizou de 2005 para cá. Porém, quando olhamos para 2015 começamos a enxergar uma tendência de este indicador escapar aos limites de controle. Este é um indício de que esta crise impactou o poder de consumo do cidadão a ponto dele começar a utilizar menos seu carro. E para se aprofundar nestes gráficos, faça um de nossos cursos. Se você tornar-se Green Belt ou Black Belt, será referência de sucesso em melhoria.


combustivel4

Figura 4: gráfico de tendência da evolução da frota nacional versus a venda de combustível.


Quando nos deparamos com o gráfico da figura 4, fica mais fácil observar que em 2003 aconteceu algo semelhante, pois a frota de veículos cresceu, mas o consumo caiu. 2003 também foi um ano de crise, mas pela figura 3 parece-me que em 2015 a crise está mais forte. Diante disto, só nos resta economizar e trabalhar duro. Deste modo sairemos desta crise mais enxuto e competitivos. Sei que é difícil, mas força pessoal.



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Virgilio F. M. dos Santos

Virgilio F. M. dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.