Diversos roteiros de melhoria já foram propostos ao longo dos anos, porém o roteiro DMAIC é a melhor opção para visualizar as etapas de um projeto de melhoria. Se suas etapas de: Definição, Análise, Melhoria e Controle forem bem estruturadas, há uma grande probabilidade que as mudanças resultem em melhorias.
É devido a isso que o Lean Seis Sigma propõe, e por isso sua relação com o roteiro é tão útil. Neste artigo, entenda como funciona o DMAIC:
Sua definição pauta em melhorar um processo ou produto, falamos em mudar a maneira pela qual as coisas são feitas. Todos sabem, por exemplo, que não há melhorias se não houver mudanças. Contudo, nem todas as mudanças resultarão em melhoria. Para realizarmos melhorias precisamos de método e ferramentas e, para nos guiar pelo método não há nada melhor que um roteiro. Afinal, é ele que irá para nos manter no rumo certo durante o processo de mudança.
O método DMAIC é um roteiro utilizado para guiar os Projetos Lean Six Sigma. A partir de passos bem definidos seu objetivo central é propor uma solução de problemas de forma estruturada e com foco na oportunidades de melhorias contínua.
A sigla DMAIC significa, em português: Definir, Medir, Analisar, Melhorar e Controlar. Ou em inglês: Define, Measure, Analyze, Improve e Control.
Figura 1: Passo a passo DMAIC
Cada etapa do roteiro DMAIC possui algumas ferramentas para auxiliar a conclusão do objetivo da etapa. Dessa forma, na aula 8 de nosso curso de Yellow Belt, apresentamos as ferramentas de cada etapa do roteiro DMAIC. Além de mostrar o nível especialização na metodologia Seis Sigma elas são usadas:
Sua aplicação tem impacto positivo nas organizações, como por exemplo:
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Antes de tudo, ao de começar um novo projeto, defina o que a equipe e organização espera dele, entenda qual seu objetivo. Ou seja, paute sua estratégia a partir das seguintes perguntas:
Se forem bem respondidas, estas perguntas irão aumentar as chances de se obter bons resultados. Em suma, uma fase de definição efetiva é aquela que faz com que seu projeto flua de forma tranquila e acerte o objetivo desejado.
Tenha em mente que, antes de avançar para a fase de medição, a equipe deve refinar o foco do projeto assegurando que esteja alinhado com os objetivos da liderança organizacional.
Então, lembre-se que é conversando e dividindo informações com os impactos e envolvidos pelo projeto que o conhecimento se constrói e auxilia no bom desenvolvimento do processo como um todo.
A fase M, de medição, é onde iremos mapear e mensurar como o processo está em processo. É preciso conhecer como o processo acontece e qual seu atual desempenho, assim, será possível encontrar quais são os resultados ideais e, após comparação, afirmar que a mudança proposta pode ser de fato considerada uma melhoria.
você precisa realizar um levantamento das causas potenciais de problema e então analisar a base de dados. Conforme a equipe coleta os dados, ela precisa se concentrar no prazo de entrega do processo, bem como na qualidade dos produtos ou serviços ofertados ao cliente. Paute sua fase de medição a partir de perguntas como por exemplo:
Portanto, antes de avançar para a fase de análise, defina indicadores que representem: o desempenho atual e a “linha de base” do processo. Assim, você é capaz de verificar se a execução do seu roteiro DMAIC está seguindo o caminho correto proposto pelo Lean Six Sigma.
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Com os dados levantados e o processo mapeado, podemos entrar na fase de análise. Nesta fase a equipe deve analisar os dados medidos na etapa de medição, para assegurar que o cenário compreendido de fato sofre perturbação pelas causas potenciais levantadas. Ou seja, precisamos comprovar que o processo está comprometendo os indicadores de resultados ideias esperados pela organização.
Portanto, norteie suas ações pelas seguintes questões:
O cerne dessa fase é verificar hipóteses antes de implementar soluções. Se trabalhada de forma correta, a equipe poderá conduzir o processo a partir de técnicas que a permitirá criticar os problemas atuais. E então, sugerir mudanças efetivas. Para isso, utilize ferramentas como, por exemplo: FMEA; Regressão Linear; E Diagrama de Dispersão.
Use a quarta fase, melhorar (improve) para testar as mudanças sugeridas em pequena escala. Caso os resultados obtidos sejam positivos, implemente as mudanças no processo a fim de alcançar a melhoria desejada.
A equipe deve focar nas causas raiz para então implementar um plano de ação que coloque em prática as melhorias. Vale dizer que a análise não para na etapa anterior. Conforme as melhorias forem colocadas em prática, seus resultados devem se manter em avaliação.
Esta etapa do DMAIC é a mais demorada, contudo, é fundamental que ao longo do período – que pode levar de 30 a 60 dias – a equipe teste as ações pré-estabelecidas, observando prós e contras e, se necessário, implementando mudanças ao plano de ação.
Use ferramentas como, por exemplo: 5W2H, 5S, Matriz de Priorização e Kaizen para auxiliá-lo nesta etapa.
Contudo, para fechar o roteiro temos a fase de controle. Após implementarmos as mudanças, precisamos controlá-las.
A fase de controle é essencial para assegurar que a melhoria conquistada se faça sustentável. Em outras palavras, é bastante comum que, ao atingir a melhoria, gestores se orientem muito mais pelo retorno financeiro e resultados obtidos. Deixando de lado a necessidade de práticas constantes que garantirão sua continuidade.
Portanto, crie um plano de controle que consista em formas práticas de garantir que o cenário ideal do processo continue constante. Essas práticas podem abranger, por exemplo: treinamentos, aferição de resultados, revisões de procedimentos, criação de plano de resposta, etc.
Para fortalecer essas práticas opte por ferramentas como: POP – Procedimento Operacional Padrão.
Esse é o roteiro que utilizamos na Certificação Green Belt e Black Belt. DMAIC é o Six Sigma em ação. Afinal, quer continuar conhecendo mais metodologias e ferramentas de excelência operacional? Então faça parte da Assinatura FM2S e acelere seu desenvolvimento profissional.
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Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.
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