como-fazer-seu-mvp
Inovação

29 de junho de 2020

Última atualização: 24 de abril de 2025

O que é e como fazer o seu MVP (Produto Mínimo Viável)?

Você já deve ter ouvido a expressão “lei do mínimo esforço”. Basicamente essa expressão denota os mínimos esforços para que uma tarefa seja executada, tirando todo o caráter de excelência e perfeição que pode ser alcançado. Na criação e desenvolvimento de produtos não é muito diferente.

Sendo assim, a expressão MVP - Minimum Viable Product, ou em português, Produto Minimamente Viável, vem para definir uma versão simplificada de um produto final. Foi assim que tantas grandes empresas como a Apple, por exemplo, vieram à tona. Aos apreciadores do empreendedorismo, estar por dentro do conceito de MVP, suas funções e como realizá-lo é imprescindível e é o que você vai conferir neste artigo.

O que significa Produto Mínimo Viável (MVP)?

O Produto Mínimo Viável (MVP) é a versão mais simples de um produto que pode ser disponibilizada para os primeiros usuários. Ele contém apenas as funcionalidades essenciais para entregar valor, com o objetivo de validar hipóteses sobre o negócio e o comportamento do público-alvo.

A ideia central do MVP é testar rapidamente uma proposta de valor com o menor esforço possível. Isso permite aprender com os usuários reais, reduzindo os riscos de investir tempo e recursos em algo que pode não funcionar no mercado.

Esse conceito surgiu no contexto do Lean Startup, metodologia que defende ciclos curtos de desenvolvimento, validação contínua e adaptação baseada em dados.

Ao lançar um MVP, a empresa evita suposições e passa a trabalhar com dados reais. Isso acelera a tomada de decisão e aumenta as chances de construir um produto que realmente atenda às necessidades do público.

Em resumo, o propósito de um MVP é:

  • Validar ideias de negócio rapidamente
  • Reduzir desperdício de tempo e recursos
  • Coletar feedback real de usuários
  • Guiar o desenvolvimento com base em dados e aprendizados

 Origem e evolução do MVP

O termo Produto Mínimo Viável (MVP) foi introduzido por Frank Robinson, mas ganhou visibilidade global com Eric Ries, autor do livro Lean Startup. Ries incorporou o conceito como pilar central de sua metodologia voltada para inovação ágil e validação contínua de ideias.

A proposta nasceu da necessidade de reduzir o tempo e o custo entre a concepção de um produto e sua aceitação pelo mercado. Em vez de investir meses (ou anos) no desenvolvimento completo, o MVP permite lançar uma versão simplificada, aprender com os primeiros usuários e só então evoluir com base em dados concretos.

A abordagem se fortaleceu com a ascensão de startups no Vale do Silício. Empresas como Dropbox, Airbnb e Spotify adotaram o MVP para testar suas ideias de forma ágil, validando funcionalidades, identificando padrões de comportamento e ajustando estratégias antes de escalar.

No contexto do Lean Startup, o MVP cumpre um papel tático: testar hipóteses com agilidade e baixo risco. Ele é o ponto de partida de um ciclo contínuo de aprendizado, baseado em três etapas: construir, medir e aprender.

Com o tempo, o conceito foi adotado também por grandes empresas e passou a ser parte da cultura de inovação em ambientes corporativos. Hoje, o MVP não é mais restrito ao desenvolvimento de software – é aplicado em serviços, produtos físicos, modelos de negócio e até campanhas de marketing.

Por que fazer um MVP?

Criar um Produto Mínimo Viável é uma forma estratégica de iniciar o desenvolvimento de uma solução com foco em resultado e aprendizado. Em vez de lançar um produto completo logo de início, a empresa valida, com o menor esforço possível, se a ideia realmente atende a uma necessidade do público.

A principal vantagem está na redução de riscos. Antes de investir grandes recursos, é possível entender se o mercado tem interesse real na proposta. Isso evita desperdício de tempo, dinheiro e esforço em algo que pode não funcionar.

Outro ponto relevante é a velocidade de entrada no mercado. Com um MVP, é possível testar e lançar rapidamente uma versão funcional, ganhando feedback direto dos usuários. A partir dessas informações, ajustes e melhorias são feitos com mais precisão.

Fazer um MVP também promove a tomada de decisão com base em dados reais. As hipóteses são validadas (ou descartadas) com base no comportamento dos usuários, e não em achismos. Isso torna o desenvolvimento mais eficiente e direcionado.

O que sua empresa ganha ao começar pelo básico?

Ao iniciar com um MVP, sua empresa se beneficia de:

  • Economia de recursos: não há necessidade de desenvolver todas as funcionalidades de uma só vez.
  • Feedback mais rápido do mercado: os usuários mostram o que realmente importa para eles.
  • Iteração contínua: melhorias são guiadas por dados, não por suposições.
  • Maior foco no problema real: a equipe foca em entregar valor, não apenas funcionalidades.

Começar pelo básico significa validar a essência da proposta antes de escalar. É uma abordagem que favorece agilidade, aprendizado e redução de incertezas.

Como definir seu Produto Viável Mínimo? [Passo a Passo]

Como saber quando você tem um Produto Mínimo Viável pronto para ser lançado? O processo envolve planejamento estratégico e validação real com o público. A seguir, veja etapas práticas para construir um MVP eficiente e orientado por dados.

Passo 1: Identifique um público-alvo 

O primeiro passo é encontrar pessoas com uma dor clara ou interesse genuíno no que você está propondo resolver. Para isso, uma estratégia eficaz é criar uma Landing Page, página voltada para conversão.

Essa página deve apresentar de forma objetiva a proposta do produto e incluir um formulário simples, solicitando dados como e-mail ou telefone. A conversão de visitantes em Leads indica interesse inicial – e isso é um forte sinal de que vale a pena validar sua ideia com esse grupo.

O objetivo é testar o apelo da proposta. Se muitos usuários se mostram dispostos a deixar seus contatos, significa que o problema que você pretende resolver desperta atenção. Esses Leads serão a base para validar o seu MVP com dados reais.

Passo 2: Defina medidas de critério

Depois de captar Leads, é hora de transformar o interesse gerado em dados para teste. Isso significa levantar hipóteses e definir quais métricas indicarão se o Produto Mínimo Viável está no caminho certo.

Nessa etapa, sua equipe deve estabelecer:

  • Quais resultados são esperados com o MVP (ex: taxa de conversão, número de usuários ativos, feedback positivo);
  • Quais critérios vão guiar a validação (ex: tempo médio de uso, retorno qualitativo dos primeiros usuários);
  • Qual perfil de cliente demonstra maior interesse no produto.

Para isso, algumas ferramentas ajudam a estruturar, medir e analisar hipóteses com mais eficiência:

  • Google Forms ou Typeform: para aplicar questionários rápidos aos Leads e entender o que esperam do produto;
  • Hotjar ou Microsoft Clarity: para mapear o comportamento dos usuários em uma landing page ou protótipo;
  • Google Analytics: para acompanhar métricas de acesso e conversão;
  • Notion, Trello ou Airtable: para organizar hipóteses e registrar aprendizados ao longo do processo;
  • Miro ou FigJam: para mapear a jornada do usuário e definir pontos críticos a validar.

Sem critérios claros e ferramentas de apoio, o MVP perde seu propósito: testar com agilidade. Ao estruturar o processo de validação, sua equipe evita decisões baseadas em achismo e direciona o desenvolvimento com dados reais.

Passo 3: Verifique o alinhamento com os objetivos do negócio

Antes de desenvolver o MVP, é fundamental garantir que ele esteja conectado com os objetivos estratégicos da empresa. Isso evita a criação de soluções que não se sustentam ou não geram impacto real.

Pergunte-se:

  • O produto tem potencial para gerar receita nos próximos meses?
  • A equipe possui recursos disponíveis (tempo, orçamento, tecnologia)?
  • O MVP atende a uma demanda alinhada com os planos de crescimento?

Também avalie se o MVP pode abrir portas para novos mercados ou públicos. Por exemplo, ele será útil para atrair usuários fora do seu segmento atual? Se sim, e se isso estiver entre os objetivos do negócio, a iniciativa se torna ainda mais viável.

Alinhar o MVP com metas reais aumenta as chances de retorno e evita esforços desconectados da estratégia central.

Passo 4: Identifique problemas e funcionalidades essenciais

Com o alinhamento estratégico já definido, o próximo passo é pensar quais problemas específicos o seu Produto Mínimo Viável deve resolver. Foque em pontos da jornada do usuário que precisam de atenção imediata, não na visão completa do produto final.

Uma boa prática é escrever essas soluções como histórias de usuário, destacando o valor que cada funcionalidade entrega. Isso ajuda a manter o foco no que realmente importa.

Como você só vai desenvolver uma parte do produto nesse momento, a seleção das funcionalidades deve ser criteriosa. Alguns fatores que ajudam a priorizar:

  • Pesquisa de mercado: quais funcionalidades têm maior apelo para o público?
  • Análise da concorrência: o que já existe e o que ainda é uma lacuna?
  • Facilidade de iteração: quais partes são mais fáceis de ajustar com base no feedback?
  • Custo de implementação: o que é viável com os recursos disponíveis?

Menos é mais. O MVP deve ser enxuto, mas funcional. Ele precisa resolver um problema real de forma objetiva, com entrega clara de valor.

Passo 5: Converta as funcionalidades em um plano de ação

Após definir as funcionalidades mínimas, é hora de transformar essa visão em um plano de desenvolvimento executável. Isso significa mapear tarefas, estimar prazos e distribuir responsabilidades entre a equipe.

Aqui, o foco deve estar no “V” de viável. O MVP precisa entregar uma solução completa dentro de um escopo limitado, permitindo que o cliente experimente a proposta de forma funcional e satisfatória. Ou seja, nada de recursos soltos ou interfaces quebradas.

Um Produto Mínimo Viável não é um protótipo incompleto. Ele precisa ter início, meio e fim, mesmo que simples.

Para estruturar esse plano, ferramentas como Jira, Trello, Notion ou ClickUp ajudam a organizar as histórias de usuário, definir sprints e acompanhar o progresso do desenvolvimento com clareza.

Quer aprender a organizar tarefas e priorizar entregas com mais agilidade? Conheça o curso gratuito de Método Kanban da FM2S e veja como estruturar fluxos de trabalho eficientes, visuais e alinhados à entrega de valor. O conteúdo é direto, prático e ideal para quem está construindo um MVP ou gerenciando times de produto.

curso-gratuito-metodo-kanban

Erros mais comuns ao criar um MVP

Embora o conceito possa parecer simples, alguns empreendedores ainda não entendem a ideia de um MVP. Na busca do produto perfeito, algumas empresas perdem o foco no valor principal e tentam incluir todos os recursos. Um MVP fica sobrecarregado com recursos, uma empresa perde seu dinheiro e falha em obter sucesso.

Outro erro é exagerar na filtragem dos recursos do produto e cortar as funções principais do produto. É importante entender que "um conjunto básico de recursos" não significa que você pode liberar um produto bruto. Você deve fornecer a seus usuários um produto viável e funcional que permita que os clientes concluam toda a jornada e alcancem seus objetivos.

Depois, você pode adicionar gradualmente mais recursos a ele. A regra de ouro aqui é que cada recurso extra ou cada nova versão do seu MVP ofereça uma solução melhor para seus clientes.

Exemplos de MVP's

Facebook

É difícil imaginar que o Facebook já foi um site com o único objetivo de conectar estudantes da Universidade de Harvard. Thefacebook (MVP do Facebook!), como era então chamado, era uma plataforma simples que conectava alunos das mesmas classes, permitindo que eles postassem mensagens em quadros compartilhados.

Uber

Quando o Uber foi lançado em 2009, ele funcionava apenas em iPhones ou via SMS, e estava disponível apenas em San Francisco. O MVP da Uber foi suficiente para provar que a ideia de um serviço de compartilhamento de viagens barato tinha um mercado. O aprendizado e os dados validados do primeiro aplicativo ajudaram a Uber a expandir os negócios rapidamente para onde eles estão hoje.

Leia mais:

Equipe FM2S

Equipe FM2S

A FM2S Educação acelera a carreira profissional de seus alunos

Preencha seu dados para realizar sua pré-Inscrição e receber mais informações!

Eu concordo com os termos de uso e política de privacidade da FM2S

Leve a FM2S para sua empresa!

Eu concordo com os termos de uso e política de privacidade da FM2S

Preencha seu dados para baixar o arquivo.

Eu concordo com os termos de uso e política de privacidade da FM2S