Já usou o ciclo PDCA para algo? Sabe como trabalhar com ele ou para o que serve? Se você esta buscando resolver problemas cujo a causa não e conhecida. Leia esse artigo sobre ciclo PDCA, sobretudo entenda sobre ele e aplique-o para encontrar soluções para problemas de sua empresa.
Antes de tudo, vamos fazer um merchan sobre nosso curso de Green Belt, que te ajudará a se tornar um agente de melhoria contínua. Baixe nossa material abaixo de Green Belt e entenda como essa metodologia pode ajudar na sua carreira.
O Green Belt é a certificação mais conhecida do Lean Six Sigma. Nela, são abordados conceitos fundamentais para otimização de processos e resultados nas empresas. Um dos conceitos abordados dentro desta certificação é o ciclo PDCA e PDSA. Veja o vídeo de uma aula do nosso curso de Green Belt sobre esta ciclo.
Calma, se você não sabe nada sobre Green Belt, não tem necessidade de começar por ele. Existem outros cursos mais básicos da metodologia Lean Seis Sigma, a qual o Green Bel esta alocada. Como exemplo do White Belt gratuito da FM2S. Além disso, nós possuímos um material excelente para você iniciar sua jornada no Seis Sigma e alavancar sua carreira.
O Ciclo PDCA é um método para solução de problemas cuja causa não é conhecida ou não está clara. Geralmente, são problemas que não foram resolvidos, apesar de várias tentativas de solução, ou são aqueles desafios que todos sabem que a empresa enfrenta, mas que ninguém resolveu eliminá-lo.
O ciclo PDCA faz parte das ferramentas da qualidade e tem foco na Gestão da Qualidade Total (Total Quality Management – TQM). Assim, o ciclo PDCA é de a aplicação é bastante ampla, usado para prever falhas, planejar e aprimorar processos em um ciclo iterativo. Pode ser utilizado por diferentes tipos de empreendimentos, atuando em diversas áreas com foco na melhoria contínua.
Pensando naqueles, como você, que decidiram lidar com esse tipo de situação, escrevemos este post. Por isso, esperamos que goste!
Esse método divide-se, como a sigla indica, nas seguintes etapas:
Se preferir, podemos resumir a fase do Plan do Ciclo PDCA como a definição das metas e a escolha dos métodos para alcançá-las. Por exemplo, a fase Do (Ação), por sua vez, pode ser entendida como o momento de treinar os responsáveis e executar o trabalho. Entretanto, o Check (Verificação), é a análise da execução do trabalho e se seus efeitos foram positivos. Por fim, no Act (Ação), é hora de atuar no processo em função dos resultados obtidos.
Mostre a todos que você domina e aplica a ferramenta de maior sucesso para melhoria! A seguir, entenda detalhadamente a definição de cada etapa do PDCA:
Analise cada etapa do método do Ciclo PDCA, fazendo as perguntas:
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A origem do ciclo PDCA é dada ao especialista em estatística Sr. Walter A. Shewart, na década de 1920. Ele introduziu o conceito de PLAN, DO e SEE. O falecido guru da Total Quality Management (TQM) e o renomado estatístico Edward W. Deming modificaram o ciclo SHEWART como: PLAN, DO, STUDY e ACT.
Deming usou o conceito de plan-do-study-act (PDSA). Assim, ele descobriu que o foco no Check é mais sobre a implementação de uma mudança, o que alia-se à metodologia Kaizen.
O foco de Deming estava em prever os resultados de um esforço de melhoria, estudar os resultados reais e compará-los para possivelmente revisar a teoria. Ele ressaltou que a necessidade de desenvolver novos conhecimentos, a partir da aprendizagem, é sempre guiada por uma teoria.
Você pode conferir em nosso material de apoio o e-book Ciclo PDCA/PDSA, além de nossa Planilha PDCA Excel.
As empresas podem usar a ferramenta Ciclo PDCA em diversas situações. Até porque as técnicas de Gerenciamento de Qualidade Total oferecem muitos benefícios para os processos de fabricação. Do mesmo modo que departamentos, como contabilidade ou recursos humanos, podem usar as ferramentas para executar os processos no departamento com eficiência.
Por exemplo, o departamento de folha de pagamento de uma organização pode implementar um novo método para processar folhas de horas dos funcionários e assim acelerar o processo. Por isso, a técnica Ciclo PDCA permite que toda a empresa experimente o processo com um pequeno número de planilhas de tempo para analisar o novo método antes de implementá-lo em toda a linha.
O uso da técnica Ciclo PDCA permite que uma empresa teste uma mudança de processo em pequena escala antes de gastar em um método que pode não funcionar ou que requeira ajuste. A empresa pode continuar a rodar normalmente enquanto analisa o efeito de uma mudança no processo.
Por exemplo, um novo método pode exigir ferramentas ou maquinaria adicionais para inseri-lo no local de produção. Antes de tudo, a organização pode testar o processo para garantir resultados como aumento de produtividade ou melhoria da qualidade.
A etapa de “verificação” da ferramenta de gerenciamento de qualidade garante que a empresa analise o efeito de uma mudança antes de seguir adiante a todo vapor. Isto é, quando os dados mostram que um processo ou um novo método não tem o efeito planejado, a etapa “agir” fornece uma oportunidade para ajustar o novo método de forma a corrigir algum problema.
Uma vez que uma nova técnica ou método de processo é verificado e analisado com sucesso, a empresa pode expandi-los com a garantia de que ele proporcionará os benefícios esperados. Por exemplo, quando um novo método de produção reduz o material residual e melhora a qualidade do produto. Dessa maneira, você pode incorporar toda a linha para expandir as eficiências na organização.
Na raiz de uma implementação do Ciclo PDCA bem-sucedida, você encontrará um sistema de coleta e análise de dados robusto e flexível. Dessa forma, além de medir e registrar cada parâmetro relevante das unidades envolvidas no ciclo de produção atual e que os dados sejam armazenados de maneira padronizada. Assim, eles são se tornarão obsoletos quando você introduzir algumas alterações no sistema de medição mais tarde.
Afinal, quando você passar por algumas iterações do Ciclo PDCA, verá que toda a organização é capaz de tomar decisões muito melhores e mais informadas no estágio de planejamento. Desse modo, isso reduzirá a quantidade de trabalho necessária nos estágios Do e Check e, claro, tudo isso tornará a parte final do ciclo significativamente mais fácil também.
A maneira como você está analisando esses dados também terá um papel importante, pois métodos incorretos de análise podem poluir todo o Ciclo PDCA. Por exemplo, um aumento momentâneo na exposição do mercado pode ser o resultado de uma mudança bem-sucedida na estratégia de marketing e branding da empresa, mas também pode ser um fator aleatório não relacionado aos seus esforços recentes. Por fim, se a sua organização tiver métodos analíticos apropriados, isso poupará muito trabalho nas fases Check e Act.
Além disso tudo, também é importante que a organização como um todo trabalhe com o objetivo de aplicar corretamente o Ciclo PDCA. Afinal trata-se de um processo que depende da contribuição de todos. Assim, quanto maior a sua capacidade de envolver seus funcionários, melhores resultados você terá. Isso se aplica particularmente ao estágio de planejamento, pois quanto mais informação você tiver de todos, mais adequadas serão as decisões da organização como um todo.
Isso também significa que todos devem estar mentalmente preparados para a possibilidade de que um Ciclo PDCA não funcione perfeitamente e que a organização terá que repetir um ou mais de seus estágios – ou até mesmo todo o ciclo. Além disso, o PDCA é um ótimo sistema quando aplicado corretamente, mas requer um período de análise (ou muita experiência preexistente) para tomar decisões acertadas com ele.
Esses ciclos fracassados ocasionais devem ser tratados como experiências principais de aprendizado e eles provavelmente podem contribuir muito para o seu conjunto de dados, portanto, não os veja como uma completa perda de tempo.
Mas, como você provavelmente pode imaginar, nem todos na organização verão dessa maneira e você precisará convencer os outros de que o trabalho deles não foi desperdiçado nesses casos. Dependendo do campo em que a sua empresa atua, às vezes isso pode ser uma tarefa desafiadora se mais trabalho entrar em um único ciclo.
Não adianta lermos sobre o assunto e não aplicarmos, por isso defina um problema, por mais simples que seja e aproveite para aplicá-lo. Faça isso e conte para nós como foi o seu case. Se fizer isso, contará com nosso apoio caso necessite, pois estará nos ajudando a executar a nossa missão: aumentar a produtividade do país por meio da educação.
Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.
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