Frederick Taylor e Gestão Científica: Taylorismo
Melhoria de Processos

18/05/2019

Última atualização: 22/05/2023

Frederick Taylor e Gestão Científica: Taylorismo

Ao longo da história, diferentes sistemas de produção surgiram para atender às demandas de uma sociedade em constante mudança. No entanto, poucos tiveram um impacto tão significativo como o Taylorismo. Com sua abordagem focada na eficiência e na otimização dos processos de produção, o Taylorismo transformou para sempre a paisagem industrial.

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O que é o sistema Taylorismo?

O Taylorismo, também conhecido como Administração Científica, é um sistema de gestão industrial desenvolvido por Frederick Winslow Taylor no final do século XIX. Taylor, um engenheiro mecânico americano, propôs esse método com o objetivo de aumentar a eficiência da produção através da otimização do trabalho.

A filosofia central do Taylorismo se baseia em quatro princípios:

  • Estudo Científico;
  • Seleção e Treinamento de Trabalhadores;
  • Cooperação entre Gestão e Trabalhadores;
  • Divisão de Trabalho.

Ao focar na eficiência e na produtividade, o Taylorismo teve um grande impacto na indústria, especialmente durante a Revolução Industrial. No entanto, também recebeu críticas por tratar os trabalhadores como máquinas e ignorar aspectos humanos e sociais do trabalho.

É importante notar que, apesar de suas limitações, o Taylorismo teve um papel significativo na formação das práticas de gestão industrial modernas. A ideia de otimização e eficiência continua sendo relevante nas indústrias e empresas atuais.

Quais são as principais características do Taylorismo?

O Taylorismo ou Administração Científica apresenta diversas características que o tornam distinto como um sistema de gestão. Aqui estão as principais:

Estudo Científico do Trabalho

Taylor defendia a necessidade de estudar cientificamente cada elemento do trabalho para identificar a "melhor maneira" de executar cada tarefa. Isso envolvia a análise detalhada de cada movimento e a medição do tempo necessário para realizá-lo.

Seleção Científica dos Trabalhadores

Em vez de deixar os trabalhadores fazerem as tarefas como eles acreditavam ser o melhor, Taylor propôs que os trabalhadores deveriam ser selecionados e treinados para realizar suas tarefas de acordo com os métodos científicos determinados.

Cooperação entre Gestores e Trabalhadores

O Taylorismo enfatiza a necessidade de uma cooperação estreita e contínua entre os gestores e os trabalhadores. Os gestores são responsáveis por preparar e planejar o trabalho, enquanto os trabalhadores devem executar o trabalho de acordo com o planejado.

Divisão de Trabalho

Taylor propôs que o trabalho deveria ser dividido em tarefas menores e mais simples. Cada trabalhador se tornaria altamente especializado em uma única tarefa, em vez de ter uma compreensão geral do processo de produção completo. Isso tornava o trabalho mais eficiente e permitia que os trabalhadores produzissem mais em menos tempo.

Ênfase na Eficiência e Produtividade

A principal preocupação do Taylorismo é a eficiência. O objetivo era minimizar o desperdício de tempo e esforço para maximizar a produtividade.

Controle de Tempo

Uma das principais inovações de Taylor foi o conceito de controle de tempo. Ele acreditava que cada tarefa poderia ser reduzida a um tempo ótimo. Para isso, Taylor cronometrava as tarefas dos trabalhadores para estabelecer padrões de tempo.

Pagamento por Performance

Taylor também introduziu o conceito de "pagamento por peça" ou pagamento por performance. Os trabalhadores eram pagos com base no número de itens que produziam, incentivando-os a trabalhar de forma mais eficiente.

Embora o Taylorismo tenha sido criticado por tratar os trabalhadores como "partes de uma máquina", negligenciando aspectos humanos e sociais, não se pode negar seu impacto na indústria e sua influência contínua nos sistemas modernos de gestão.

Quais são os 4 princípios da teoria de Taylor?

Frederick Winslow Taylor, fundador do Taylorismo ou da Administração Científica, propôs quatro princípios fundamentais para aumentar a eficiência na produção industrial:

  1. Desenvolvimento de uma ciência para cada elemento do trabalho do homem: Este princípio envolve o estudo científico de cada componente da tarefa. Em vez de depender de métodos antigos, Taylor propôs que cada tarefa deveria ser estudada para determinar a maneira mais eficiente de executá-la. Isso incluía a análise de movimentos e tempos para eliminar ou reduzir movimentos desnecessários;
  2. Seleção e treinamento científico dos trabalhadores: Taylor acreditava que os trabalhadores deveriam ser selecionados com base em suas habilidades e capacidades, e depois treinados para executar suas tarefas da maneira mais eficiente possível. Esse princípio contrasta com a ideia anterior de que os trabalhadores deveriam ser capazes de treinar a si mesmos e escolher suas próprias tarefas;
  3. Cooperação entre gestão e trabalhadores para garantir que o trabalho seja realizado de acordo com os princípios da ciência do trabalho: O terceiro princípio sugere que deve haver uma colaboração estreita entre gestores e trabalhadores. Os gestores devem garantir que o trabalho seja executado conforme os métodos estabelecidos, enquanto os trabalhadores devem estar dispostos a seguir as instruções e orientações dos gestores;
  4. Divisão de trabalho e responsabilidade entre gestão e trabalhadores: O último princípio estabelece que a gestão deve assumir todas as responsabilidades pelo planejamento do trabalho, enquanto os trabalhadores devem se concentrar na execução do trabalho conforme planejado.

Estes quatro princípios estabelecem a base da Administração Científica de Taylor, com foco principal na eficiência e produtividade.

Qual era o principal objetivo do Taylorismo?

O principal objetivo do Taylorismo, também conhecido como Administração Científica, era aumentar a eficiência da produção industrial através da otimização do trabalho. O engenheiro mecânico americano Frederick Winslow Taylor, que desenvolveu este sistema, procurou eliminar o desperdício de tempo e esforço nas fábricas, maximizando a produtividade e reduzindo os custos.

Para atingir esse objetivo, Taylor propôs a divisão do trabalho em tarefas menores e mais simples, com trabalhadores se tornando altamente especializados em tarefas individuais. Além disso, ele defendeu a ideia de que cada tarefa deveria ser estudada cientificamente para determinar a maneira mais eficiente de realizá-la.

Em resumo, o objetivo principal do Taylorismo era criar um sistema de produção mais eficiente e rentável, onde o trabalho poderia ser realizado de maneira mais rápida e com menos desperdício.

Perspectiva histórica

Um dos primeiros desses teóricos foi Frederick Winslow Taylor. Ele iniciou o movimento de Gestão Científica, e ele e seus associados foram os primeiros a estudar cientificamente o processo de trabalho. Eles estudaram como o trabalho era realizado e analisaram como isso afetava a produtividade do trabalhador. A filosofia de Taylor focada na crença de que fazer as pessoas trabalharem o mais que podiam não era tão eficiente quanto otimizar a maneira como o trabalho era feito.

Em 1909, Taylor publicou "Os Princípios da Administração Científica". Neste, ele propôs que, otimizando e simplificando os trabalhos, a produtividade aumentaria. Ele também avançou a ideia de que trabalhadores e gerentes precisavam cooperar uns com os outros. Isso era muito diferente do modo como o trabalho era feito nos negócios de antemão. Um gerente de fábrica na época tinha muito pouco contato com os trabalhadores e os deixava sozinhos para produzir o produto necessário. Não havia padronização, e a motivação principal de um trabalhador frequentemente era o emprego contínuo, de modo que não havia incentivo para trabalhar da maneira mais rápida ou eficiente possível.

Taylor acreditava que todos os trabalhadores eram motivados por dinheiro, então ele promoveu a ideia de "um dia de pagamento justo por um dia de trabalho justo". Em outras palavras, se um trabalhador não conseguiu o suficiente em um dia, ele não merecia ser pago tanto quanto outro trabalhador altamente produtivo.

Com formação em engenharia mecânica, Taylor estava muito interessado em eficiência. Ao avançar sua carreira em um fabricante de aço dos EUA, ele projetou experimentos no local de trabalho para determinar os níveis ideais de desempenho. Em um deles, ele experimentou projetos de pá até ter um projeto que permitisse que os trabalhadores trabalhassem por várias horas seguidas. Com pedreiros, ele experimentou os vários movimentos necessários e desenvolveu uma maneira eficiente de assentar tijolos. E ele aplicou o método científico para estudar a maneira ideal de realizar qualquer tipo de tarefa no local de trabalho. Como tal, ele descobriu que, calculando o tempo necessário para os vários elementos de uma tarefa, ele poderia desenvolver a "melhor" maneira de completar essa tarefa.

Esses estudos de "tempos e movimentos" também levaram Taylor a concluir que certas pessoas poderiam trabalhar com mais eficiência do que outras. Essas eram as pessoas que os gerentes deveriam procurar contratar sempre que possível. Portanto, selecionar as pessoas certas para o trabalho era outra parte importante da eficiência no local de trabalho. Tomando o que aprendeu com esses experimentos no local de trabalho, Taylor desenvolveu os quatro princípios de administração científica já apresentados.

Críticas ao taylorismo

A Teoria da Administração Científica de Taylor promove a ideia de que existe "um caminho certo" para fazer alguma coisa. Como tal, está em desacordo com as abordagens atuais, como a MBO (Gestão Por Objetivos), Melhoria Contínua, BPR (Reengenharia) e outras ferramentas como elas. Estes promovem a responsabilidade individual e procuram impulsionar a tomada de decisões em todos os níveis da organização.

A ideia aqui é que os trabalhadores recebam tanta autonomia quanto possível, de modo que possam usar as abordagens mais apropriadas para a situação em questão. (Reflita aqui em sua própria experiência - você é mais feliz e mais motivado quando está seguindo procedimentos rigorosamente controlados ou quando está trabalhando com seu próprio julgamento?) Além disso, os funcionários da linha de frente precisam mostrar esse tipo de flexibilidade em um ambiente em rápida mudança. Organizações rígidas e orientadas por regras realmente lutam para se adaptar nessas situações.

O trabalho em equipe é outra área em que o taylorismo puro está em oposição à prática atual. Essencialmente, o taylorismo divide as tarefas em pequenos passos e concentra-se em como cada pessoa pode realizar sua série específica de etapas. As metodologias modernas preferem examinar os sistemas de trabalho de forma mais holística, a fim de avaliar a eficiência e maximizar a produtividade. A extrema especialização promovida pelo taylorismo é contrária aos ideais modernos de como fornecer um ambiente de trabalho motivador e satisfatório.

Onde o taylorismo separa o trabalho manual do mental, as práticas modernas de aprimoramento da produtividade buscam incorporar as ideias, a experiência e o conhecimento do trabalhador às melhores práticas. A gestão científica, na sua forma pura, concentra-se demasiadamente na mecânica e não valoriza o lado das pessoas do trabalho, pelo que a motivação e a satisfação no local de trabalho são elementos-chave numa organização eficiente e produtiva.

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Virgilio Marques Dos Santos

Virgilio Marques Dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.