PPAP: o que é, níveis e aplicação na indústria
Gestão da Qualidade

05/06/2017

Última atualização: 13/06/2025

PPAP: o que é e como elaborar esse importante documento?

O Processo de Aprovação de Peça de Produção (PPAP) é uma ferramenta usada para validar que um fornecedor pode produzir peças de forma repetível e conforme os requisitos do cliente. Essencial para setores como o automotivo e o aeroespacial, o PPAP documenta cada etapa do desenvolvimento, da engenharia ao controle de processo, garantindo qualidade e rastreabilidade.

Este guia apresenta o que é o PPAP, quando ele é exigido, seus níveis de submissão e quais elementos o compõem, detalhando tanto as exigências da indústria automotiva quanto as especificidades do setor aeroespacial. Ao final, você compreenderá por que o PPAP é um dos pilares da qualidade na cadeia de fornecimento e como estruturá-lo de forma técnica e alinhada às normas atuais.

O que é PPAP?

O Processo de Aprovação de Peça de Produção (PPAP) é um processo padronizado nas indústrias automotiva e aeroespacial que ajuda fabricantes e fornecedores a se comunicarem e aprovarem projetos e processos de produção antes, durante e depois da fabricação. 

Criado com a esperança de promover uma compreensão mais clara dos requisitos dos fabricantes e fornecedores, o PPAP ajuda a assegurar que os processos de fabricação de peças possam reproduzir consistentemente as peças durante as corridas de produção rotineiras. Para aqueles na indústria automotiva, o processo PPAP é atualmente regido pelo manual PPAP publicado pelo Grupo de Ação da Indústria Automotiva (AIAG).

O que está incluso em um PPAP?

O manual PPAP é o último recurso para aqueles que trabalham no gerenciamento de qualidade de fornecedores automotivos. Ele contém a lista de verificação PPAP que inclui todos os requisitos, chamados elementos, para um pacote PPAP completo, as quais identificam diferentes níveis de PPAP (de 1 a 5).

Para a indústria automotiva, existem 18 elementos possíveis a serem concluídos durante o desenvolvimento, planejamento e design do processo de produção, enquanto a indústria aeroespacial conta com um conjunto semelhante de elementos. A saber, cada nível de PPAP determina os requisitos específicos para cada elemento e indica quais elementos devem ser enviados ao cliente. É importante notar, no entanto, que independentemente do nível de PPAP o fornecedor deve preencher todos os elementos aplicáveis.

Quais são os elementos PPAP necessários?

Indústria automotiva

  1. Desenho de registros: contém o projeto final da peça, com todas as revisões, especificações e assinaturas necessárias.
  2. Documentos de mudança de engenharia: registram quaisquer alterações solicitadas no produto ou processo após a liberação inicial do desenho.
  3. Aprovação da engenharia do cliente: comprova que o cliente revisou e aprovou eventuais mudanças de engenharia ou amostras iniciais.
  4. Design FMEA: análise de modos de falha do projeto. Antecipam potenciais falhas no produto antes da produção.
  5. Diagrama de fluxo de processo: representa graficamente as etapas de fabricação e inspeção da peça, do recebimento à expedição.
  6. Processo FMEA: identifica riscos e falhas potenciais nas etapas do processo produtivo, propondo ações preventivas.
  7. Plano de controle: define os pontos de controle da produção, com critérios de inspeção, frequência e responsáveis.
  8. MSA (Análise do Sistema de Medição): avalia a precisão e confiabilidade dos instrumentos e métodos de medição utilizados.
  9. Relatório de resultados dimensionais: apresenta as medições de amostras produzidas, comparadas com as tolerâncias do desenho.
  10. Relatório de desempenho dos materiais: comprova que os materiais usados atendem às especificações técnicas.
  11. Estudo de capacidade do processo (CP, CPK): analisa se o processo é capaz de produzir dentro das tolerâncias de forma consistente.
  12. Certificados de laboratório: garantem que os testes de materiais e desempenho foram realizados por laboratórios qualificados.
  13. ARR (Amostra de Registro de Aparência): documento visual que assegura que a aparência do produto segue os padrões exigidos.
  14. Exemplo de produto (Sample Product): uma peça representativa usada para avaliação pelo cliente.
  15. Amostra mestre: referência física aprovada, utilizada para comparação durante a produção.
  16. Dispositivos de verificação (Checking Aids): instrumentos usados para validar dimensões e características da peça.
  17. Registros de conformidade com requisitos especiais: demonstram que exigências críticas do cliente foram atendidas.
  18. PSW (Part Submission Warrant): resumo que confirma que todos os itens do PPAP foram atendidos e aprovados pelo fornecedor.

Indústria aeroespacial

  1. PO de Produção e Cumprimento da Demanda: documento que confirma a existência de ordens de produção válidas e a capacidade de atender ao volume solicitado pelo cliente.
  2. Desenhos de Produção: incluem todas as especificações técnicas, tolerâncias, revisões e assinaturas necessárias para a produção da peça.
  3. Mudanças documentadas: registros formais de alterações no projeto ou processo, aprovados conforme os procedimentos do cliente.
  4. Documentos de aprovação da engenharia do cliente: comprovam que a engenharia do cliente revisou e aceitou as alterações ou amostras submetidas.
  5. DFMEA (Design Failure Mode and Effects Analysis): análise de falhas potenciais no projeto, com foco em evitar riscos funcionais e estruturais em voo.
  6. Diagramas de fluxo de processo: mapeiam todas as etapas da fabricação e inspeção, com foco em rastreabilidade e validação contínua.
  7. PFMEA (Process Failure Mode and Effects Analysis): identifica falhas possíveis no processo produtivo e define ações para mitigá-las.
  8. Relatório dimensional: mostra a conformidade das dimensões do produto com as tolerâncias especificadas nos desenhos.
  9. Teste de verificação de produção: avaliação funcional de peças produzidas em condições reais para garantir desempenho conforme o especificado.
  10. Aprovação de processo e teste não destrutivo (END): garante que os métodos de fabricação e inspeção sem destruição estão dentro dos padrões aceitos (ex.: ultrassom, radiografia).
  11. MSA (Measurement System Analysis): assegura que os sistemas de medição são confiáveis e capazes de detectar desvios críticos.
  12. Planejamento de Engenharia / Aprovação de Origem: detalha o plano técnico para desenvolvimento e validação da peça, incluindo a aprovação inicial de fornecedores ou sites de produção.
  13. Estudo de Processo Inicial e de Preparação: avalia a estabilidade do processo nas primeiras produções e sua capacidade de repetibilidade.
  14. Documentação de Certificação de Material: garante que os materiais utilizados têm certificação de origem e seguem normas específicas (ASTM, SAE, etc.).
  15. Plano de controle: documento que define os controles de processo, frequências e métodos de verificação durante a produção.
  16. Relatório de Aprovação de Aparência (Appearance Approval Report): assegura que a aparência do produto (cor, textura, acabamento) está conforme o padrão exigido.
  17. Aprovação de matéria-prima: validação formal dos materiais básicos utilizados, garantindo rastreabilidade e conformidade.
  18. Aprovação de preservação e rotulagem do pacote: confirma que os métodos de embalagem, rotulagem e preservação atendem às exigências do cliente e evitam danos ou contaminações.

Aliás, vale destacar que, enquanto o setor automotivo segue um modelo padronizado de PPAP, isso não ocorre da mesma forma na indústria aeroespacial. Empresas como a Rolls-Royce, por exemplo, já estruturaram seu próprio processo, com 21 elementos específicos. Outras companhias do setor também estão desenvolvendo suas próprias diretrizes e requisitos para aprovação de peças.

Embora muitos desses elementos sejam semelhantes aos utilizados pela UTC (United Technologies Corporation), há diferenças relevantes, adaptadas às exigências específicas de cada fabricante. Com a transição da norma AS9100 da revisão C para a D, é esperado que surjam requisitos mínimos comuns para o PPAP aeroespacial, trazendo maior uniformidade aos processos de qualificação exigidos dos fornecedores.

Por que é necessária a negociação do PPAP?

Um PPAP é semelhante a um plano ou estratégia de trabalho, ou seja, é a negociação direta entre o cliente e o fornecedor. Como nem todo PPAP é o mesmo, a negociação deve ocorrer antes que o requisito seja aceito e o processo seja posto em movimento.

Assim garante-se que ambas as partes tenham as mesmas expectativas. Em muitos casos, o fornecedor terá um relatório estabelecido, como um plano de controle, FMEA ou MSA que ajudará a orientar o cliente por meio do processo do fornecedor. Se bem aceitos pelo cliente, muitas vezes estes documentos são duplicados e usados pelo fornecedor novamente.

Quando é necessário um PPAP?

É necessário um PPAP para qualquer novo envio de peças, bem como para a aprovação de qualquer alteração em uma peça ou processo existente. O cliente pode solicitar um PPAP a qualquer momento durante a vida do produto, por isso o fornecedor deve manter um sistema de qualidade que desenvolva e documente todos os requisitos de uma submissão PPAP, a qualquer momento.

Como executar o PPAP?

O processo de preenchimento de uma submissão PPAP é bastante complexo: detalhado, consiste em uma coleção de elementos-chave que devem ser concluídos para verificar se o processo de produção resultará em um produto de qualidade. Mas nem todos os elementos são sempre necessários para uma submissão PPAP, já que os requisitos específicos do PPAP geralmente são negociados durante o processo de cotação.

Quais os níveis de apresentação do PPAP?

Os requisitos de submissão do PPAP são normalmente divididos em cinco classificações ou níveis, da seguinte forma:

  • Nível 1 - Pedido de Submissão de Peça (PSW) submetido ao cliente;
  • Nível 2 - PSW com amostras de produtos e dados de suporte limitados;
  • Nível 3 - PSW com amostras de produtos e dados de suporte completos;;
  • Nível 4 - PSW e outros requisitos conforme definido pelo cliente
  • Nível 5 - PSW com amostras de produtos e dados de suporte completos disponíveis para revisão no local de fabricação do fornecedor.

Quais os elementos de um PPAP?

Abaixo segue a lista dos 18 elementos, acompanhados de uma breve descrição:

1. Documentação de design

A documentação do projeto deve incluir cópia para cliente e os desenhos do fornecedor, assim como uma cópia do pedido. Em alguns casos, o fornecedor é obrigado a fornecer também a documentação de composição material. E o pedido de compra, enquanto isso, é usado para confirmar que a peça correta está sendo solicitada e que está no nível de revisão correto.

O engenheiro de design é responsável por verificar se os dois desenhos correspondem e se todas as características críticas ou principais foram identificadas. Nesse sentido a informação da composição do material é necessária para fornecer provas de que o material utilizado nas peças atende aos requisitos específicos do cliente.

2. Documentação de mudança de engenharia

Se o PPAP for exigido devido a solicitação de alteração de uma peça ou produto, a documentação solicitando e aprovando tal alteração deve ser incluída no pacote PPAP. Essa documentação geralmente consiste em uma cópia do Aviso de Mudança de Engenharia (ECN), que deve ser aprovado pelo departamento de engenharia de clientes.

3. Aprovação de Engenharia de Clientes

Quando requeridas para integrar o PPAP, o fornecedor deve fornecer provas de aprovação pelo departamento de engenharia de clientes.

Ainda, se necessário, as amostras pré-PPAP são encomendadas pelo cliente para testes no local. Tais amostras, para que o teste possa ser feito, devem conter intenção de produção e serem enviadas com uma renúncia. Quando o teste estiver completo, os engenheiros de teste fornecerão um formulário de aprovação para inclusão na submissão do PPAP.

Nota: normalmente é necessária uma cópia de um "Desvio Temporário" para enviar peças ao cliente antes da aprovação do PPAP.

4. Modo de falha de design e análise de efeitos

Modo de Falha do Projeto e a Análise de Efeitos (DFMEA) é uma atividade multifuncional que examina o risco de projeto, explorando os possíveis modos de falha e seus efeitos sobre o produto ou o cliente e sua probabilidade de ocorrer. Esses modos de falha podem incluir:

  • Mau funcionamento do produto;
  • Redução de desempenho ou vida útil do produto;
  • Questões de Segurança e Regulamentação.

DFMEA é um documento vivo que deve ser revisado e atualizado ao longo do ciclo de vida do produto.

5. Diagrama de fluxo de processo

O Diagrama do Fluxo do Processo descreve, de forma gráfica, todo o processo para a montagem do componente final. O fluxo de processo inclui material, montagem, teste, retrabalho e envio de entrada.

6. Modo de Falha de Processo e Análise de Efeitos

O Modo de Falha do Processo e a Análise de Efeitos (PFMEA) revisam todas as etapas do processo de produção para identificar qualquer risco potencial de qualidade do processo e, em seguida, documenta os controles aplicados. O PFMEA também é um documento vivo e deve ser atualizado mesmo após o produto estar em produção normal.

7. Plano de controle

Plano de Controle, também um resultado do PFMEA, enumera todas as características especiais do produto e os métodos de inspeção necessários para entregá-lo de forma a alcançar continuamente os requisitos de qualidade do cliente.

8. Estudos de Análise do Sistema de Medição

Os estudos de Análise do Sistema de Medição (MSA) incluem os estudos de Repetibilidade e Reprodutibilidade de Gage (GR&R) em equipamentos de medição utilizados em verificações de montagem ou controle de qualidade. Os registros de calibração para todos os medidores e equipamentos de medição devem ser incluídos.

9. Resultados dimensionais

O layout dimensional das peças da amostra é necessário para validar o produto que atende às especificações da impressão. As amostras devem ser selecionadas aleatoriamente de uma produção significativa, usualmente pelo menos 30 peças. Cada dimensão no desenho é medida no conjunto final, para se certificar de que está dentro das especificações. Os resultados são registrados em uma planilha e incluídos na submissão PPAP.

10. Registros de Material / Testes de desempenho

Este elemento deve conter uma cópia do Plano e Relatório de Verificação do Projeto (DVP & R). O DVP & R é um resumo de cada teste de validação realizado, no qual se deve listar cada teste realizado e, em seguida, descrever como foi realizado e seus resultados.

Esta seção também pode incluir cópias de todos os documentos de certificação para todos os materiais (aço, plásticos, etc.) listados nas impressões. A certificação de material deve mostrar conformidade com a chamada específica na impressão.

11. Estudos de processo inicial

Estudos de processo inicial serão feitos em todos os processos de produção e incluirão gráficos de Controle de Processo Estatístico (SPC) sobre as características críticas do produto. Esses estudos demonstram a variação normal e que os processos críticos são estáveis, além de correr perto do valor nominal pretendido.

12. Documentação de laboratório qualificado

A documentação de laboratório qualificada consiste nas certificações da indústria para qualquer laboratório envolvido na conclusão dos testes de validação. Tal documentação é válida tanto para um laboratório de teste interno, quanto para instalações de teste externas, contratadas para validação ou testes de certificação de materiais.

13. Relatório de Aprovação de Aparência

A Inspeção de Aprovação de Aparência (AAI) aplica-se especificamente aos componentes que afetam a aparência. Dessa forma, verifica se o cliente examinou o produto final e se este atende a todas as especificações de aparência necessárias para o projeto. Os requisitos de aparência podem incluir informações sobre cor, texturas, etc.

14. Peças de produção de amostras

As peças de produção de amostra são enviadas ao cliente para aprovação e normalmente são armazenadas no site do cliente ou fornecedor depois de completo o desenvolvimento do produto. Geralmente encontra-se inclusa ao PPAP uma imagem das peças de produção, juntamente à documentação relativa ao local em que as peças estão sendo armazenadas.

15. Amostra Mestre

Uma amostra mestre é uma amostra final do produto que é inspecionada e assinada pelo cliente. Sua função é treinar operadores e servir como referência para comparação com peças de produção padrão caso surjam dúvidas sobre qualidade de peça.

16. Elementos de Verificação

Esta é uma lista detalhada de auxílios de verificação utilizados pela produção. Deve incluir todas as ferramentas usadas para inspecionar, testar ou medir peças durante o processo de montagem. A lista deve descrever a ferramenta e ter o cronograma de calibração da ferramenta. Os aparelhos de verificação podem incluir acessórios de verificação, contornos, variáveis e indicadores de atributos, modelos ou modelos.

O MSA pode ser necessário para todas as ajudas de verificação com base nos requisitos do cliente.

17. Requisitos específicos do cliente

Este elemento do pacote de submissão é onde os requisitos especiais do cliente estão contidos. Já para materiais a granel, os requisitos específicos do cliente devem ser registrados na "Lista de verificação de requisitos de materiais em massa".

18. Pedido de Submissão de Peça

O formulário de pedido de entrega de peça (PSW) é um resumo de toda a apresentação do PPAP. É necessário um PSW para cada número da peça, a menos que o cliente requeira o contrário. O PSW inclui:

  • O motivo de submissão (alteração de design, revalidação anual, etc.);
  • O nível dos documentos submetidos ao cliente;
  • Declaração de conformidade parcial aos requisitos do cliente;
  • Uma seção que forneça quaisquer explicações ou comentários exigidos;
  • Firma da pessoa autorizada pelo fornecedor juntamente com informações de contato;
  • Uma área para o cliente indicar a disposição do PPAP.

Como pudemos observar, o processo PPAP é detalhado e demorado, por isso o pacote PPAP inclui documentação de várias ferramentas multifuncionais múltiplas, além de documentar a capacidade do fornecedor de atender a todos os requisitos do cliente. O PPAP fornece aos clientes informações adequadas para validar que todas as áreas dos processos de projeto e produção foram cuidadosamente revisadas para garantir que apenas produtos de alta qualidade possam ser enviados para o cliente final.

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Virgilio Marques Dos Santos

Virgilio Marques Dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

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