médicos discutindo a gestão
Saúde

18 de maio de 2023

Gestão Hospitalar: atuação, salário e perfil

A gestão hospitalar é a área administrativa das redes/unidades de saúde. Entretanto, diferentemente de outras áreas, aqui existe uma preocupação intrínseca com o bem-estar humano, respeito a vida e uma necessidade de avaliação e controle contínuos. Justamente por isso, o gestor é um profissional de extrema importância. Podendo administrar uma ou mais unidades e equipes. 

Principalmente durante a pandemia do Covid-19, esse campo de atuação ficou ainda mais evidente. Já que várias “brechas” e problemas foram notados em grande escala. 

Nesse post, você vai entender melhor como esse gerenciamento funciona, cursos para atuar na área e muitos outros aspectos vocacionais importantes para o seu futuro profissional. 

Como funciona a gestão hospitalar? 

A gestão hospitalar é a área de administração de redes ou unidades de saúde. Dessa forma, o profissional que atua no ramo fica responsável por avaliar, planejar e realizar o controle de pessoas, equipes e estabelecimentos. 

Muitas vezes, principalmente em unidades menores, um médico ou enfermeiro fica responsável por isso. Entretanto, isso acaba comprometendo o funcionamento geral e o trabalho daquele indivíduo, que fica sobrecarregado ou fora do seu campo. Neste cenário, alguns desses profissionais acabam migrando de carreira. Ou seja, começam na área de saúde e acabam atuando apenas como gestores. 

Essa migração ocorre com frequência e traz diversas vantagens para as unidades de saúde. Afinal, por já trabalharem na área, conhecem melhor o funcionamento geral, erros e acertos, rotina, principais problemas e conflitos, etc. Seja como for, o gestor hospitalar vai atuar na administração geral da unidade de saúde, criando um planejamento, organizando e fazendo o controle geral da instituição. Isso tudo considerando as características especificas. 

Afinal, um hospital difere de uma clínica particular, por exemplo. 

Mercado de trabalho 

Uma das principais vantagens da gestão hospitalar é o amplo mercado de trabalho.

Ao contrário do que muitos imaginam, esse gestor pode trabalhar em hospitais e clínicas, bem como em casas de repouso, unidades de pronto atendimento, pronto-socorro, laboratórios de análises clínicas, farmácias, SPAs, empresas de seguro e muitas outras. 

Ou seja, não há uma limitação a locais que realizam atividades específicas. Como medicações ou cirurgias. 

Como resultado, o gestor consegue migrar facilmente entre esses cenários distintos, melhorando o funcionamento interno, bem como otimizando equipes e serviços internos oferecidos a terceiros (pacientes ou clientes). 

Principais atuações na gestão hospitalar 

O gestor hospitalar atua na tríade: planejamento, organização e controle. Isso significa uma administração mais completa da unidade ou rede, visando a qualidade dos serviços/atendimentos, preservação da vida, respeito e mais. 

Diante disso, existem algumas atuações bastante comuns. Sendo, inclusive, as principais demandas solicitadas logo de início. Confira: 

  • Garantir a execução de normas técnicas; 
  • Controle geral de infecções da unidade; 
  • Fazer o controle de quadro de funcionários
  • Solicitar novas contratações necessárias; 
  • Fazer o controle de resíduos a serem descartados; 
  • Garantir o controle do estoque, seja de produtos/equipamentos ou medicamentos; 
  • Solicitar a compra de suprimentos internos; 
  • Definir formas específicas para que a instituição funcione adequadamente;
  • Supervisionar contratos e convênios; 
  • Fazer a gestão dos documentos internos; 
  • Delimitar recursos e evitar qualquer desperdício; 
  • Definir indicadores e analisar continuamente o desempenho;
  • Mediar conflitos e problemas administrativos, etc. 

Qual salário de um gestor hospitalar? 

O salário de um gestor hospitalar varia conforme o tipo de negócio ou organização, bem como as atividades envolvidas ali. Já que existem clínicas e hospitais que dividem a atuação em setores, mas há aqueles que procuram alguém para gerir várias unidades ou mesmo uma rede. 

Nas grandes empresas, por exemplo, os trainees ganham a média de R$ 6 mil e o master a média de R$ 16 mil. 

Já nas pequenas empresas, os salários iniciais ficam em torno de R$ 2.500, podendo chegar a R$ 7 mil. 

Como há essa variação, você pode buscar diferentes locais de trabalho e conferir quais são as especificações. Desde campo de atuação, salário, tamanho da organização, etc. 

Qual a melhor faculdade para Gestão Hospitalar 

Sendo uma área importante e que engloba uma série de funções, o gestor pode se formar na área da saúde ou na administração de empresas. Isso também pode envolver uma combinação de campos. 

Em síntese, o indispensável é possuir o registro CRA (Conselho Regional de Administração) no estado onde vai atuar. Diante disso, uma opção interessante são os cursos da FM2S. 

No Lean Healthcare, por exemplo, o foco está em delimitar a metodologia de funcionamento, ferramentas de processos na área da saúde, melhorias na prática e principais desperdícios desse campo. 

Na plataforma, você encontra uma série de notícias importantes sobre o tema, outros cursos e mais. Então, vale a pena conferir

Simultaneamente, avalie opções de cursos completos, que ofereçam conhecimentos chave para essa administração. Principalmente se não atua na área da saúde ou não possui conhecimentos anteriores. 

Gestor de saúde – Características mais importantes para atuar na área

O gestor de saúde deve atuar como um líder naquele ambiente, resolvendo uma série de questões, imprevistos, avaliando situações gerais e mais. 

Dessa forma, separamos aqui algumas das principais características ou habilidades essenciais para ser um bom gestor e crescer na carreira. 

Liderança 

Liderar é ser o regente de uma equipe. Para isso, você precisa ser um exemplo, uma inspiração para os demais. Logo, se atuar de forma duvidosa, os demais não o verão como alguém a ser seguido. 

O líder é aquele que possui uma série de habilidades que auxiliam os demais, seja a pensar em alguma resposta ou na hora de resolver conflitos. Justamente por isso, é esse indivíduo que é procurado quando alguma coisa acontece. 

Assim, o líder deve transmitir segurança, ser coerente nas decisões, claro e coeso, dar feedbacks de qualidade, entender e definir as atuações conforme o talento da equipe, oferecer o reconhecimento e ser aquele que toma decisões justas. 

Enfim, o líder é capaz de inspirar e encorajar, dar orientação e saber transmitir e preservar os valores e a visão da empresa, alinhando tudo a missão, moral, respeito e satisfação. 

Vale destacar que nesse ambiente há um globo repleto de pessoas: equipes, pacientes, gerências, fornecedores e mais. 

Inteligência Emocional 

A inteligência emocional é a capacidade de entender, reconhecer e lidar com as emoções de si e de terceiros. Quando direcionado a outro, você entende e sabe como lidar com essas questões, principalmente para resolver e evitar conflitos. 

Em síntese, ao lidar com seres humanos em um ambiente de fragilidade, é indispensável ter essa sensibilidade. Afinal, o gestor (mesmo que indiretamente) atua com pessoas vulneráveis, em um misto de sentimentos. 

No meio corporativo, essa habilidade faz com que você não se frustre e responda de forma agressiva ou ofensiva, traz maior empatia e alia tudo isso com os objetivos da empresa. 

Isso é relevante para não ficar preso em dilemas, seja apenas no setor da empresa ou apenas dos pacientes. A inteligência emocional permite uma aliança funcional. 

Capacidade estratégica 

Uma gestão hospitalar eficiente é pautada em estratégias funcionais. 

Neste aspecto, o gestor deve ser capaz de realizar um planejamento de como as coisas vão funcionar. Inclusive considerando as variáveis, recursos, qualidade de serviço, profissionais e orçamento. 

Isso significa definir as estratégias a serem incorporadas na empresa, metas, objetivos a serem alcançados, erros a serem evitados e imprevistos. Além disso, a capacidade estratégica engloba a flexibilidade. 

Já que permite ajustes a partir dos novos cenários. Já que mudanças são inevitáveis e situações inesperadas podem acontecer a qualquer instante. 

Enfim, existem diversas outras características importantes, como dar e receber feedbacks, ter uma escuta ativa e uma comunicação clara, aprender a analisar dados, bem como uma capacidade analítica.

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Equipe FM2S

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