Guia prático: primeiro emprego para engenheiros
Carreira

27 de dezembro de 2018

Última atualização: 18 de junho de 2025

Guia prático: primeiro emprego para engenheiros

Conquistar o primeiro emprego tornou-se tarefa competitiva, mas não impossível. O desemprego segue em queda e a remuneração de entrada subiu, sinal de que recém-formados estão na mira das empresas. Porém, milhares de vagas permanecem abertas por falta de perfis alinhados às necessidades atuais.

Neste guia você descobrirá onde estão as oportunidades, como formatar um currículo que se destaque, de que forma ampliar sua rede e quais perguntas usar para brilhar na entrevista. Portanto, acompanhe cada seção e transforme informação em vantagem real.

Panorama do mercado de engenharia em 2025

O mercado de engenharia atravessa um ciclo positivo. O desemprego fechou 2024 em 6,6 %, o nível mais baixo já medido pelo IBGE; além disso, foi registrado ganho real de 2 % no salário de admissão, sinal de que recém-formados estão sendo disputados. 

Os pacotes de entrada também subiram. Hoje são oferecidos R$ 13.794 para engenharia da computação, R$ 13.055 para engenharia de minas e R$ 11.181 para engenharia química, enquanto engenharia mecânica começa em R$ 10.838. Esses valores colocam a carreira no topo do ranking de remuneração no primeiro emprego para engenheiros.

A demanda, porém, ultrapassa a oferta. Serão exigidos 14 milhões de profissionais qualificados na indústria até 2027, dos quais 2,2 milhões em formação inicial; ao mesmo tempo, projeta-se déficit de 530 mil especialistas em tecnologia. Enquanto isso, vagas ligadas a automação e análise de dados continuam abertas por meses.

Onde concentram-se as oportunidades em 2025?

  • Energias renováveis (solar e eólica):  transição energética acelera contratações;
  • Construção civil: obras públicas e programa Minha Casa, Minha Vida reforçam a demanda;
  • Manufatura e logística:  61 % das necessidades futuras de formação em SP estão nessas áreas;
  • Tecnologia da informação: segurança cibernética, IA e nuvem mantêm ritmo forte.

Portanto, alinhar estágios, cursos e projetos a esses segmentos aumenta a chance de contratação ainda este ano. A seguir, veja algumas dicas para conseguir o primeiro emprego.

Construindo seu currículo antes de candidatar-se

Conquistar o primeiro emprego para engenheiros começa por um currículo bem-focado. Ele deve comprovar resultados, não apenas listar disciplinas. Além disso, vale adaptar cada versão à vaga desejada, pois recrutadores avaliam em menos de 10 segundos se continuam a leitura.

O que incluir no currículo?

  • Informações de contato — nome, telefone, e-mail profissional e link do LinkedIn;
  • Objetivo profissional — uma frase direta ligando sua formação à área da vaga;
  • Projetos relevantes — descreva brevemente escopo, tecnologia e métrica (ex.: “reduziu perda de material em 8 %”);
  • Habilidades técnicas — softwares, normas, linguagens; organize por nível;
  • Cursos e certificações atuais — Six Sigma, AutoCAD, AWS, entre outros, pois comprovam aprendizado contínuo. 

Erros comuns a evitar

  • Enviar currículo com mais de uma página sem experiência robusta; o excesso é descartado rápido.
  • Usar e-mail informal ou fontes decorativas; esses detalhes são vistos como falta de profissionalismo.
  • Repetir clichês (“trabalho em equipe”, “comunicação excelente”) em vez de resultados mensuráveis.
  • Aplicar a vagas sem ajustar palavras-chave; currículos genéricos são filtrados antes mesmo de chegar ao RH

Onde hospedar seu currículo?

O LinkedIn concentra o maior público de profissionais do mundo, 1,1 bilhão de membros, e, por isso, torna-se a vitrine ideal para quem busca o primeiro emprego para engenheiros. A rede oferece algoritmo de busca próprio, filtros por área e sinaliza perfis ativos aos recrutadores.

Quase 97 % dos times de RH utilizam a plataforma no processo de seleção, o que amplia de forma imediata sua exposição. Esse alcance se traduz em eficiência: perfis completos têm 71 % mais chances de receber convite para entrevista, segundo estudos internos. 

A seção Jobs mantém cerca de 14 milhões de vagas abertas simultaneamente e permite candidatura rápida com a função Easy Apply; o site armazena até quatro versões de currículo, facilitando ajustes conforme a vaga.

Networking estratégico

Participar de eventos e manter presença digital consistente acelera a conquista do primeiro emprego para engenheiros. Quando você aparece nos mesmos canais que recrutadores frequentam, seu nome passa a circular naturalmente.

Até 85 % das vagas são preenchidas por indicações ou contatos, apenas uma fração aparece em sites de emprego. Por isso, investir tempo em relacionamentos aumenta muito a chance de conquistar o primeiro emprego para engenheiros. Quase 9 a cada 10 recrutadores utilizam o LinkedIn para localizar candidatos, e a plataforma mantém mais de 20 milhões de anúncios ativos.

Networking presencial

Participar de encontros técnicos cria confiança rápida, pois o contato olho no olho transmite credibilidade. Congressos de engenharia, feiras setoriais, hackathons universitários e reuniões de conselhos profissionais (CREA, IEEE) são organizados o ano inteiro e divulgados em portais como Sympla, Eventbrite e LinkedIn Events. Após cada conversa, envie convite no LinkedIn dentro de 24 horas citando o tema discutido — essa ação simples mantém o diálogo vivo.

Sugestões de ambientes

  • Feiras e exposições (construção, energia, manufatura avançada);
  • Congressos acadêmicos e semanas de engenharia;
  • Hackathons e maratonas de inovação patrocinadas por empresas;
  • Palestras de órgãos de classe ou núcleos de ex-alunos.

Ao final de cada evento, cartões de visita são trocados e perfis digitais confirmam o vínculo. Essa combinação fortalece a reputação mesmo depois que o evento termina.

Preparação para entrevistas

Conseguir o primeiro emprego para engenheiros depende de preparo focado. Só 20 % dos candidatos chegam à etapa de entrevista, portanto cada convite vale ouro. Além disso, 65 % dos empregadores já usam IA para filtrar currículos; logo, quem chega à conversa superou algoritmos e precisa provar valor em minutos.

Metade dos recrutadores decide se o candidato serve nos primeiros cinco minutos, porém 85 % dos profissionais pesquisam a reputação da empresa antes mesmo de se inscrever. Assim, entender o negócio e ter respostas claras coloca você à frente.

Pesquisando a empresa

Análise três fontes:

  1. Site institucional: leia missão, visão, valores, produtos e relatórios ESG; dados financeiros são citados em entrevistas de trainee.
  2. Notícias e redes: busque projetos recentes no Google News e poste pergunta no LinkedIn; isso gera engajamento pré-entrevista.
  3. Concorrentes: compare números-chave; ao comentar, você demonstra visão de mercado.

Respondendo perguntas técnicas

Revisite fundamentos de estatística, materiais ou programação, pois 49 % dos avaliadores eliminam candidatos nos primeiros cinco minutos se as bases falham.

  • Aplique o método STAR (Situação, Tarefa, Ação, Resultado) para explicar projetos; exemplos com números, como “reduzi perdas em 12 %”, são lembrados.

Perguntas de comportamento técnico surgem, contudo uma parte da entrevista é reservada para checar raciocínio lógico.

Plano de desenvolvimento contínuo

O conhecimento técnico perde valor se não for renovado. A cada semestre, normas mudam, softwares ganham funções e novas métricas surgem. Por isso, quem deseja primeiro emprego precisa reservar tempo semanal para aprender, mesmo depois de contratado. Além disso, certificados atualizados sinalizam ao recrutador que você domina boas práticas atuais.

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Virgilio Marques Dos Santos

Virgilio Marques Dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

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