Educação financeira
Gestão Financeira

25 de março de 2023

Última atualização: 04 de dezembro de 2023

Educação financeira: quais são os 5 pilares

educação financeira é uma disciplina que nos permite compreender como funciona o dinheiro, tanto a nível do país como a nível individual ou familiar, e que fornece as ferramentas necessárias para realizar uma gestão adequada das nossas finanças pessoais e garantir uma boa qualidade de vida.

Por meio de uma boa gestão das finanças pessoais, entendemos como obter, administrar e investir nosso dinheiro.

Em outras palavras, a educação financeira nos dá a oportunidade de alcançar a estabilidade econômica. Ou seja, prevenir e evitar situações de estresse econômico, como o endividamento descontrolado. 

Por isso, é importante conhecer os conceitos básicos e como utilizá-los na prática. Economia e finanças pessoais não são ciências complexas, embora muitas pessoas de fora percebam o contrário. Eles são bastante intuitivos. 

Porém, quando se quer entrar no estudo de um assunto desconhecido, é fundamental querer “aprender a aprender”.

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O que se entende por educação financeira? 

Muitas vezes ouvimos falar sobre a importância da educação financeira, porém nem sempre está claro o que exatamente ela é e qual o seu real valor. 

Ainda assim, instituições nacionais e muitos organismos internacionais como a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), consideram essencial aumentar a literacia financeira da população.

De fato, entre os objetivos do governo, a educação financeira ocupa um papel de primeira importância, como demonstram as inúmeras iniciativas promovidas para disseminar esse tipo de conhecimento, desde o ano de 2007.

De acordo com a definição proposta pela OCDE, a educação financeira significa um “processo de melhoria da compreensão dos conceitos e instrumentos financeiros”. 

O principal objetivo é entender oportunidades e riscos em termos de gestão financeira e investimentos, para que poupadores, consumidores e investidores possam fazer escolhas informadas e conscientes para se protegerem dos riscos.

Em termos práticos, podemos indicar o termo como a consciência de administrar o próprio patrimônio, requisito essencial para a prosperidade e o alcance dos objetivos financeiros.

Na verdade, a educação financeira requer:

  • conhecer os instrumentos financeiros existentes;
  • estar informado sobre os produtos financeiros e as oportunidades apresentadas;
  • ter uma percepção adequada dos riscos financeiros;
  • ser capaz de tomar decisões corretas de poupança e investimento;
  • reconhecer fraudes e estar ciente de seus direitos na esfera financeira.

O papel dos pais na educação financeira dos filhos

Como pais, nosso papel é educar nossos filhos e levá-los a se tornarem adultos responsáveis, defendendo os valores morais que nos são caros. 

Nossa missão é prepará-los para enfrentar os diferentes aspectos da vida, bons ou ruins. Mas o trabalho não para por aí! 

Temos também o dever de lhes proporcionar uma compreensão do mundo econômico que os rodeia, para que saibam gerir o seu dinheiro e se tornem consumidores inteligentes e informados. 

Este é o intuito da educação financeira: proporcionar noções econômicas e financeiras aos mais novos, para poderem assumir diferentes formas consoante o nosso estilo de educação e os nossos próprios valores, mas também e sobretudo consoante a idade da criança. 

É possível ser feito por meio de jogos de tabuleiro, deixando-os responsáveis ​​por determinadas transações do dia a dia, destinando-lhes uma mesada que eles terão que aprender a administrar ou dando a eles uma quantia máxima de dinheiro para gastar durante um dia de compras.

Algumas coisas são implementadas imediatamente com seu filho para dar-lhe os reflexos certos, levá-lo a lidar com o dinheiro e a tomar consciência de seu valor e a sua importância para ter estabilidade por meio da educação financeira.

5 pilares da educação financeira 

Aplicações/investimento, poupança, controle de gastos, planejamento e economia. Esses são os cinco pilares dessa disciplina de estudos. 

1 - Controle de gastos 

Gerenciar despesas está relacionado à autoconsciência sobre os gastos. E não há maneira mais fácil de controlar as despesas do que escrevê-las.

Esses lançamentos podem ser feitos à mão, em um caderno ou em uma planilha de controle de gastos pronta. Lembre-se de que o controle é o alicerce de todas as decisões financeiras futuras que tomar.

2 - Economia 

Englobando o que acontece no país e no mundo, o segundo pilar da educação financeira está longe de ser apenas o que poupamos. Estar ciente dos juros e da inflação faz com que a diferença seja visível. 

3 - Planejamento

Se você quer aprender a economizar e acha que está gastando demais, precisa rastrear para onde estão indo suas finanças. Com o que está gastando muito dinheiro? Onde você pode "encontrar" economia? 

Para fazer isso, crie um caderno ou arquivo separado em seu computador e anote em que gasta dinheiro. Divida seus gastos em blocos temáticos, por exemplo: alimentação, contas, roupas, entretenimento, cosméticos, etc. Após cada compra, anote quanto gastou e com quê.

Tudo requer um planejamento para, só então, colocar em prática. Planejar ajudará que não gaste todo o seu salário de um mês sem necessidade. Atualmente, essa situação é muito comum: viver de salário em salário. 

4 - Aplicações e investimentos 

Aplicar e poupar dinheiro de uma maneira que seja benéfica para o seu bolso. Tal atitude contribui para que o seu dinheiro continue rendendo, sem correr o risco de sofrer com a desvalorização da moeda. 

5 - Por que devo economizar?

Poupar significa que tem que abrir mão de algo hoje para tê-lo disponível amanhã, esse é um método eficaz na educação financeira. E, geralmente, é tão difícil porque o futuro é incerto. 

Muitas pessoas preferem viver o aqui e agora em vez de poupar para o futuro, especialmente porque os juros da poupança são os mais baixos. 

Mas economizar vale a pena, apesar da baixa taxa de juros sobre a poupança, porque a maior parte é sempre composta por suas próprias economias. Os períodos de seca financeira são mais fáceis de sobreviver com uma pequena almofada financeira.

6 - Guarde dinheiro para emergências 

É importante ter economias suficientes para absorver contratempos financeiros inesperados. Tais reveses acabam por ocorrer, por exemplo, como resultado de golpes pessoais do destino, como doença, separação, perda de emprego ou incapacidade de trabalhar. 

Educação financeira previne despesas inesperadas, como reparos domésticos, consertos de carros ou falha de um eletrodoméstico essencial podem se tornar um problema se não tiver algum dinheiro disponível.

Essas economias de segurança servem para garantir a independência financeira. Sem ela, corremos o risco de nos endividamos em caso de imprevistos. 

É aconselhável construir reservas de segurança regularmente, até que essas reservas cheguem de 3 a 6 meses de salário. 

Isso deve ser suficiente para lidar com os imprevistos mais comuns. Essas economias precisam estar sempre disponíveis e depositadas em uma conta poupança de fácil acesso.

O que é a regra dos 50-30-20?

A regra do 50-30-20 é uma maneira de planejar suas finanças e orçamentos. Seu funcionamento é bastante simples:

50% da renda para despesas fixas e essenciais

Essa parte do seu salário/renda deve ser direcionada para pagar contas básicas, como aluguel, luz, água, gás, mensalidades escolares etc. Se as contas ultrapassarem os 50%, é interessante avaliar se é possível diminuir gastos de energia elétrica, transporte e por aí vai.

30% da renda guardada para desejos, gastos não necessários

Aqui são coisas relacionadas a lazer, coisas que você quer ter ou fazer, mas não são essenciais. Alguns exemplos são cinema, serviços de streaming, viagens. É muito importante ter momentos e/ou ferramentas para momentos de lazer, então não é recomendado abrir mão de todas essas coisas em um orçamentos apertado.

20% da renda guardada para pagar dívidas ou investir 

Por fim, você deve guardar dinheiro para coisas como sua aposentadoria, possíveis emergências ou dívidas em andamento. 

Importante lembrar que essa regra é uma sugestão, que deve ser adaptada à realidade de cada pessoa. O essencial é aprender a como equilibrar as necessidades atuais, desejos pessoais e segurança financeira futura.

Conclusões

Poupar é um hábito muito bom. É uma possibilidade não apenas viver com mais paz, mas também se permitir fazer mais. Claro, isso pode soar paradoxal. Afinal, economizar é negar coisas a nós mesmos para reduzir nossas despesas. 

Mas ao poupar e aprender sobre educação financeira, ganhamos fundos, que vão ficando cada vez maiores com o tempo. 

Esses fundos adicionais, ou seja, poupança, nos permitem não apenas não nos preocupar com despesas inesperadas, mas comprar coisas que não poderíamos pagar de imediato. 

Por isso, vale a pena desenvolver o hábito de poupar desde cedo para garantir a estabilidade financeira o mais rápido possível. Afinal de contas, ganhar dinheiro é fácil, o complicado é identificar os gastos e aprender a gerenciá-lo. 

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Equipe FM2S

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