como elaborar um currículo
Carreira

14 de dezembro de 2022

Última atualização: 20 de junho de 2025

Como elaborar seu currículo

O currículo é a primeira forma de contato com um recrutador ou empresa, portanto, ele precisa agir como a ferramenta que irá comunicar de maneira clara e objetiva quem é você e qual seu background educacional e profissional.

Mas como criar um currículo vencedor? É isso que vamos discutir nesse artigo. Confira a função, detalhes e dicas de montagem desse documento.

Como fazer um currículo?

Um currículo bem estruturado pode ser o ponto de virada entre ser chamado para uma entrevista ou ficar invisível no processo seletivo. Não se trata apenas de listar empregos anteriores, mas de apresentar uma trajetória coerente, atualizada e alinhada com o que o mercado procura.

Empresas gastam, em média, 6 segundos analisando um currículo antes de decidir se vão continuar a leitura. Ou seja, a forma como as informações estão organizadas pesa tanto quanto o conteúdo em si. Segundo uma pesquisa da The Ladders, currículos que apresentam títulos claros, palavras-chave alinhadas à vaga e resultados mensuráveis têm até 60% mais chances de gerar entrevistas.

Por isso, um currículo bem escrito aumenta significativamente suas chances de ser notado por recrutadores e algoritmos de triagem. Ele mostra não só o que você fez, mas como isso se conecta com o que a empresa precisa agora.

A seguir, vamos mostrar o que cada parte do currículo deve conter. Um passo a passo direto, pensado para quem quer apresentar seu histórico profissional de forma objetiva, sem deixar de lado o impacto.

Dados pessoais e contato

Essa seção deve ser objetiva, comece pelo nome completo, seguido de um e-mail que transmita profissionalismo, evite endereços informais ou com apelidos. Inclua também o número de telefone, preferencialmente com WhatsApp, para facilitar o retorno dos recrutadores.

A cidade onde você reside ajuda a empresa a entender sua disponibilidade geográfica, principalmente em vagas presenciais ou híbridas. Se estiver aberto a mudanças, isso pode ser indicado no campo do objetivo ou na mensagem de apresentação.

Hoje, um bom currículo não se limita a dados básicos. Incluir links atualizados para seu LinkedIn ou portfólio online pode reforçar sua candidatura, desde que esses canais estejam alinhados com o que você declara no currículo. 

Evite adicionar CPF, RG, número de documentos ou foto. Esses itens não influenciam a análise técnica do perfil e, na maioria dos casos, são irrelevantes nessa etapa do processo. Só inclua se a vaga pedir de forma explícita.

Resumo profissional impactante

O resumo profissional é o primeiro contato real com o seu perfil. Em poucas linhas, ele precisa transmitir segurança e alinhamento com a vaga. A dúvida mais comum entre os candidatos é: o que colocar no resumo do currículo? A resposta está na combinação de três elementos: área de atuação, tempo de experiência e entregas relevantes.

Evite frases genéricas como “profissional dedicado” ou “fácil de trabalhar em equipe”. Em vez disso, destaque conquistas que mostram seu impacto como participação em projetos, metas alcançadas ou resultados mensuráveis. Se atua com gestão de processos, por exemplo, vale mencionar isso com clareza.

Use termos que tenham relação com a função desejada e o setor, como “logística”, “atendimento ao cliente” ou “desenvolvimento de produto”. Isso facilita tanto a leitura humana quanto a triagem automática de currículos.

Um bom resumo posiciona o recrutador rapidamente sobre quem você é e o que pode entregar. Ele não deve ultrapassar quatro linhas, mas precisa dizer muito com pouco.

Objetivo profissional

O campo de objetivo profissional deve ser direto, escreva a função que deseja ocupar e, se possível, o setor de interesse. Nada de rodeios ou frases genéricas. Em vez de dizer que quer “atuar em uma empresa dinâmica”, escreva “Atuar como analista de logística no setor de transportes”.

Muita gente se pergunta o que colocar no objetivo do currículo? A resposta é simples: apenas o essencial. Evite incluir metas pessoais ou frases prontas como “crescer junto com a empresa” ou “contribuir com meus conhecimentos”. Isso não agrega e dificulta a triagem.

Formação acadêmica

Essa seção apresenta sua base educacional. Mantenha as informações organizadas e atualizadas, sempre com foco em relevância para a vaga:

  • Graduação: informe o nome do curso, a instituição de ensino e o ano de conclusão. Se estiver cursando, acrescente “em andamento”.
  • Pós-graduação: indique especializações, MBAs ou mestrados que complementem sua área de atuação.
  • Cursos técnicos: inclua apenas se forem compatíveis com a área desejada ou se representarem sua formação principal.

Caso você ainda não tenha ensino superior, incluir o ensino médio é totalmente adequado. Ele representa sua base educacional e deve constar no currículo com nome da instituição e ano de conclusão. Já para quem possui formação técnica ou universitária, o foco deve estar nesses níveis mais avançados.

A escolha do que incluir depende do seu momento profissional e do que agrega mais valor à vaga pretendida.

Experiência profissional

Essa é uma das seções mais observadas por recrutadores. Liste suas experiências em ordem cronológica inversa, do mais recente para o mais antigo. Para cada função, inclua o nome da empresa, o cargo ocupado, o período e um resumo claro das principais atividades desempenhadas.

No entanto, apenas listar tarefas não é suficiente. Sempre que possível, destaque resultados concretos: redução de custos, aumento de produtividade, metas alcançadas ou melhorias operacionais implementadas. Dados e percentuais tornam sua experiência mais convincente e facilitam a leitura objetiva.

Agora, se você ainda não teve uma experiência formal, é comum se perguntar como fazer um currículo sem experiência? ou até o que colocar no currículo sem experiência profissional? Nesse caso, substitua essa seção por algo que mostre sua proatividade e aprendizado:

  • Projetos acadêmicos relevantes;
  • Trabalho voluntário;
  • Estágios não remunerados;
  • Atividades extracurriculares com responsabilidades reais;
  • Participação em eventos técnicos, feiras ou competições.

O importante é demonstrar que, mesmo sem um vínculo formal, você teve vivências que desenvolvem competências valorizadas no mercado, como organização, responsabilidade e iniciativa.

Idiomas

A seção de idiomas deve ser clara e objetiva. Indique os idiomas que você domina e o nível de fluência: básico, intermediário, avançado ou fluente. Não exagere, essa é uma das informações mais fáceis de verificar numa entrevista ou teste de seleção.

Se tiver certificações reconhecidas, como TOEFL, IELTS e Cambridge, inclua a pontuação obtida e o ano da prova. Isso dá mais credibilidade ao nível declarado.

Para quem ainda está aprendendo, vale mencionar o idioma que está estudando, desde que já tenha alguma base. O importante é mostrar transparência sobre sua capacidade de comunicação em outro idioma e como isso se conecta ao tipo de vaga.

Habilidades técnicas e ferramentas

Essa seção combina seus conhecimentos práticos com competências que contribuem para a execução do trabalho. Ao se perguntar o que colocar em habilidades no currículo, pense em duas frentes: o que você sabe usar e como você se comporta no ambiente de trabalho.

Liste ferramentas, softwares e metodologias que têm relação direta com a vaga, como:

Em seguida, mencione até três habilidades comportamentais que reforcem seu perfil profissional, como:

  • Organização e atenção a prazos
  • Comunicação clara com equipes
  • Facilidade para aprender novos processos

O segredo é ser específico e coerente com sua experiência. Habilidades amplas demais, como “proativo” ou “flexível”, tendem a perder impacto se não forem sustentadas por exemplos em outras partes do currículo.

Projetos relevantes (se aplicável)

Essa seção ganha importância quando ainda não há muita experiência profissional formal, mas também pode complementar perfis mais consolidados. O objetivo é mostrar que você já aplicou conhecimentos em situações reais, mesmo fora do ambiente corporativo.

Inclua projetos pessoais, acadêmicos, de iniciação científica, voluntariado ou até trabalhos freelance. Explique de forma direta:

  • Qual era o contexto do projeto;
  • Qual foi seu papel ou responsabilidade;
  • Quais entregas ou aprendizados ocorreram;
  • Se possível, destaque algum resultado concreto (ex: participação em competição, apresentação em evento, uso prático por terceiros).

Evite descrever atividades genéricas ou muito distantes da área em que atua. O foco é mostrar capacidade de execução, envolvimento com soluções reais e domínio de ferramentas ou métodos.

Certificados e conquistas

Essa seção reúne formações complementares, prêmios, reconhecimentos e resultados que reforçam sua trajetória. Ela é especialmente útil para demonstrar esforço contínuo de qualificação e diferenciação frente a outros candidatos.

Inclua:

  • Certificados de cursos livres, online ou presenciais relevantes para a vaga;
  • Prêmios acadêmicos ou profissionais;
  • Participações com destaque em eventos, feiras ou competições;
  • Reconhecimentos internos por desempenho em estágios ou voluntariado.

Sempre informe o nome do curso ou conquista, a instituição responsável e o ano. Evite listar certificações irrelevantes ou desatualizadas apenas para preencher espaço.

Se estiver em busca de conteúdo para fortalecer essa seção, confira os cursos gratuitos da FM2S. Eles são uma boa forma de ampliar seu currículo com temas atuais e aplicáveis no mercado de trabalho.

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Erros mais comuns ao montar o currículo

Mesmo com uma boa experiência ou formação sólida, pequenos deslizes podem fazer com que um currículo seja ignorado logo nas primeiras etapas da seleção. Evitar esses erros aumenta suas chances de avançar no processo.

Ausência de palavras-chave importantes

Muitos candidatos esquecem que os currículos são filtrados, inicialmente, por sistemas automatizados. Isso significa que não usar as palavras-chave da vaga, como nome do cargo, ferramentas específicas ou habilidades técnicas, pode fazer com que o documento nem chegue aos olhos de um recrutador.

Leia atentamente a descrição da vaga e adapte seu currículo com termos compatíveis. Isso não é enfeitar, é traduzir sua experiência na linguagem que o mercado reconhece.

Informações vagas x métricas claras

Frases como “responsável por processos administrativos” são genéricas e pouco atrativas. Sempre que possível, troque por dados que indiquem impacto: “redução de 20% no tempo de resposta”, “gestão de equipe de 5 pessoas”, “aumento de produtividade em 15%”.

Métricas e resultados mostram valor real. A diferença entre ser mais um ou ser notado está em apresentar o que você entregou, não apenas o que você fazia.

Layout poluído ou difícil de ler

Currículos visualmente carregados, com excesso de cores, fontes variadas ou blocos mal organizados, dificultam a leitura e cansam o olhar. Também comprometem a leitura por sistemas de triagem automática.

Opte por um layout limpo, com seções bem definidas e uso moderado de negritos ou espaçamento. Facilidade de leitura é um sinal de profissionalismo e muitas vezes, o detalhe que faz o recrutador continuar lendo.

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Equipe FM2S

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