Como fazer um projeto? Aprenda com 8 dicas simples
Gestão de Projetos

10 de julho de 2020

Última atualização: 13 de junho de 2025

Como fazer um projeto? Aprenda com 8 dicas simples

Projeto é qualquer esforço temporário com início, meio e fim, criado para gerar um resultado específico. Pode ser o desenvolvimento de um novo produto, a implantação de um sistema ou a criação de um evento. Diferente de processos contínuos, o projeto tem prazo definido e objetivos claros.

Neste conteúdo, você verá como fazer um projeto de forma estruturada, com etapas claras desde o planejamento até o encerramento. O foco está na praticidade e organização, com dicas para aplicar no dia a dia, seja em projetos pessoais ou corporativos.

O que é um projeto e o que é gestão de projetos? 

Um projeto é uma atividade com início, meio e fim, criada para alcançar um objetivo específico. Pode envolver o lançamento de um produto, a implementação de um sistema ou a execução de uma campanha. O que o diferencia de um processo contínuo é sua duração limitada e a entrega definida ao final.

A gestão de projetos organiza esse processo. Envolve o planejamento das atividades, o controle de prazoscustos, a comunicação entre os envolvidos e o monitoramento dos riscos. O objetivo é garantir que tudo seja entregue dentro do prazo e conforme o esperado, com o melhor uso dos recursos.

A boa gestão reduz falhas, melhora a previsibilidade e permite ajustes ao longo da execução. É uma prática aplicada em diversos setores, desde tecnologia até engenharia, marketing e serviços. Estruturar um projeto corretamente é o primeiro passo para evitar retrabalho e aumentar a eficiência.

Fase 1 – Planejamento inicial

1. Definição de escopo e objetivos

Antes de iniciar qualquer ação, é necessário deixar claro qual o objetivo do projeto e o que será entregue ao final. O escopo define os limites do trabalho: o que está incluído e o que está fora. Quando bem definido, ele evita retrabalho e mal-entendidos ao longo do caminho.

Para isso, responda:

  • O que será entregue?
  • Qual o resultado esperado?
  • Quais são as restrições de prazo, orçamento ou recursos?

 

Um escopo bem documentado serve como base para todo o planejamento e execução. Ele também facilita o controle de mudanças.

2. Mapeamento de stakeholders e alinhamento

Stakeholders são todas as pessoas ou grupos que têm interesse no projeto. Isso inclui quem aprova, financia, executa ou será impactado pelos resultados. Identificar e entender essas partes é essencial para evitar conflitos e garantir apoio.

Liste os stakeholders e defina:

  • O papel de cada um no projeto;
  • Nível de influência e interesse;
  • Expectativas e necessidades.

 

Com essas informações, alinhe os objetivos e estabeleça uma comunicação adequada. Quando o envolvimento é bem gerido desde o início, o projeto tende a ter mais fluidez e menos resistência.

Fase 2 – Detalhamento e estruturação

3. Documentação do escopo

Após definir o escopo de forma inicial, é hora de documentá-lo. Esse registro serve como base para as próximas etapas e deve ser claro e acessível a todos os envolvidos. Inclua as entregas previstas, os critérios de aceitação e os limites do projeto.

A documentação evita interpretações diferentes e facilita a tomada de decisão quando surgem mudanças. Também serve como referência para validar se o que foi entregue corresponde ao que foi planejado.

4. Estrutura Analítica do Projeto (EAP/WBS)

EAP, ou Work Breakdown Structure (WBS), organiza o projeto em partes menores. Cada entrega é dividida em pacotes de trabalho que facilitam o acompanhamento. Essa divisão melhora o controle de prazos, recursos e responsabilidades.

Uma boa EAP segue a regra dos 100%: todos os itens somados devem representar 100% do escopo do projeto. Isso evita que atividades fiquem de fora. O ideal é que cada pacote de trabalho tenha duração entre 8 e 80 horas para facilitar o gerenciamento.

5. Cronograma com Gantt e reservas

Com base na EAP, monte o cronograma. Utilize ferramentas como o gráfico de Gantt para visualizar as atividades no tempo. Ele mostra a ordem, a duração e as dependências entre as tarefas.

Inclua reservas de tempo para lidar com imprevistos. Essa margem ajuda a manter o projeto dentro do prazo mesmo em caso de atrasos. O cronograma deve ser atualizado conforme o projeto avança, servindo como um guia visual de acompanhamento.

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Fase 3 – Implementação e controle

6. Alocação de recursos e matriz de responsabilidades

Com o cronograma definido, distribua os recursos disponíveis. Isso inclui pessoas, materiais, equipamentos e orçamento. Para evitar sobrecargas e conflitos, use uma matriz de responsabilidades (como a RACI) para esclarecer quem executa, aprova, apoia ou precisa ser informado em cada atividade.

A clareza na alocação evita atrasos e melhora a produtividade. Também permite identificar gargalos ou falta de capacidade antes que prejudiquem o projeto.

7. Comunicação e ferramenta colaborativa

comunicação precisa ser constante e direcionada. Estabeleça quais canais serão usados, com que frequência e para qual finalidade. Isso vale para reuniões, status reports, alertas de risco ou atualizações operacionais.

Utilize ferramentas colaborativas como Microsoft Teams, Asana ou Trello para centralizar as informações. Elas facilitam o acompanhamento e reduzem a dependência de e-mails e planilhas dispersas.

8. Análise de riscos e plano de contingência

Riscos fazem parte de qualquer projeto. Por isso, identifique os principais riscos desde o início e crie um plano de resposta. Classifique-os por probabilidade e impacto, e defina ações preventivas e corretivas.

O plano de contingência deve prever como reagir a atrasosfalta de recursos ou mudanças externas. Quando esse trabalho é feito antecipadamente, o projeto ganha estabilidade mesmo diante de imprevistos.

9. Monitoramento (riscos, cronograma, qualidade)

Durante a execução, acompanhe os indicadores definidos. Compare o progresso real com o planejado, revise o cronograma, atualize os riscos e verifique a qualidade das entregas.

Esse controle permite agir rápido diante de desvios e manter o foco nos objetivos. Sem acompanhamento regular, os problemas se acumulam e o projeto perde direção.

Fase 4 – Encerramento

10. Documentação final e lições aprendidas

Ao concluir todas as entregas, formalize o encerramento do projeto. Registre os resultados alcançados, os desvios ocorridos e os ajustes realizados. Essa documentação serve como base para auditorias, avaliações e projetos futuros.

Reúna a equipe e identifique os principais aprendizados. Anote o que funcionou bem, os erros cometidos e como evitá-los. Esses registros devem ser acessíveis e integrados ao repositório da empresa, fortalecendo a melhoria contínua.

11. Reunião de encerramento e análise de desempenho

Marque uma reunião com os envolvidos para apresentar os resultados. Mostre o comparativo entre o planejado e o realizado, incluindo prazos, custos, escopo e qualidade. Avalie o desempenho da equipe e colete feedback sobre o processo.

Esse encerramento organizado dá um fim formal ao projeto, reconhece o esforço da equipe e cria um ambiente de aprendizado. Também reforça o compromisso com a entrega e com a evolução da gestão.

8 dicas para estruturar um projeto com mais eficiência

1. Defina um escopo objetivo e realista
Evite termos vagos. Deixe claro o que será entregue e o que está fora do projeto.

2. Documente tudo desde o início
Registrar decisões, prazos e critérios de aceitação reduz retrabalho e facilita revisões.

3. Divida o trabalho em partes gerenciáveis
Use a EAP para organizar as tarefas em blocos pequenos, com metas claras.

4. Monte um cronograma viável
Inclua folgas estratégicas. Isso ajuda a lidar com imprevistos sem comprometer a entrega.

5. Distribua responsabilidades com clareza
Utilize uma matriz RACI ou similar. Todos devem saber seu papel e o que é esperado.

6. Gerencie a comunicação de forma ativa

Escolha canais adequados, defina frequências e mantenha todos informados.

7. Monitore o projeto regularmente
Compare o progresso com o planejado e ajuste rapidamente se houver desvios.

8. Encerramento também é gestão
Documente aprendizados, avalie o desempenho e formalize a entrega final.

Finalizar bem é parte do sucesso

Encerrar um projeto vai além de concluir tarefas. É nessa etapa que os aprendizados são consolidados e o valor gerado se torna visível. Documentar resultados, analisar o desempenho e reconhecer os envolvidos fortalece a cultura de entrega e prepara o terreno para os próximos desafios.

Seguir um modelo estruturado, com fases bem definidas e práticas claras, ajuda a transformar ideias em entregas concretas. Projetos bem gerenciados não apenas atingem seus objetivos, eles melhoram a forma como as equipes trabalham e entregam resultados no longo prazo.

Para aplicar essas práticas no dia a dia com mais segurança, vale aprofundar o conhecimento em gestão de projetos. Com ferramentas adequadas e planejamento consistente, a entrega final deixa de ser uma incerteza e passa a ser uma construção sólida.

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Equipe FM2S

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