Um gráfico de tendência consiste em uma visualização de dados ou valores numéricos de forma geométrica utilizado a fim de facilitar a compreensão de informações e a obtenção de insights.
Eles auxiliam na identificação de padrões, tendências e na comparação de medidas, onde cada um dos dados possui uma coordenada no eixo x (horizontal) e no eixo y (vertical).
Entre os tipos mais utilizados temos o gráfico de colunas, gráfico de pizza, gráfico de gantt, gráfico de barra. Existem, portanto, uma variedade de tipos de gráficos. Especificamente neste artigo falaremos sobre os gráficos de tendência.
O Gráfico de Tendência é um gráfico de linhas que mostra como um determinado indicador se comporta ao longo do tempo. Assim, com ele pode-se identificar padrões no comportamento do indicador, como sazonalidade, tendência de aumento, queda ou ciclos. Ele é também chamado de “gráfico de séries temporais“, sendo uma das ferramentas abordadas no curso de Green Belt.
Esse gráfico é simplesmente um registro de uma medida ou característica ao longo do tempo. Além disso, deve sempre fazer parte do estudo da variação em um processo ou sistema, concentrando-se na complexidade dinâmica (complexidade ao longo do tempo) assim como na complexidade de detalhe de medidas específicas.
A própria simplicidade do gráfico é o que o torna tão poderoso (Deming, 1986). Logo, todas as pessoas ligadas ao processo podem usar e entender um gráfico de tendência, sendo este comumente usado em documentos de negócios e econômicos.
Geralmente, usamos esse tipo de gráfico em situações em que os dados sobre uma variável são coletados ao longo do tempo. Ele é obtido colocando no eixo vertical a variável sendo analisada, que pode ser uma média ou um valor individual e no eixo horizontal a variável relacionada com o tempo, como o mês, a semana, o dia ou o ciclo.
Tendo o conhecimento do poder dessa ferramenta acaba sendo um erro não incluir esse gráfico entre as ferramentas de gestão da qualidade do seu negócio.
Porém, a fim de comprovar a sua efetividade é necessário montá-lo da maneira correta. Assim, acompanhe o nosso guia passo a passo de como fazer um gráfico de tendência na prática.
Primeiramente, a principal funcionalidade deste gráfico é determinar como um indicador se comporta ao longo do tempo. Portanto, defina qual será o intervalo de tempo a ser analisado, podendo este ser diário, semanal, mensal, anual etc.
Em seguida , use esse intervalo para desenvolver uma escala vertical para o gráfico. O intervalo de dados deve incluir cerca de 60% a 80% da escala. Inclua valores significativos de referência, tais como uma meta, uma especificação ou mesmo o próprio zero na escala.
Para definir o processo, em primeiro lugar, é conveniente escolher os agentes de maior peso na tomada de decisão e de acompanhamento mais próximo.
Escolha esses agentes com cautela, pois de nada adianta realizar uma análise de vendas de natal no mês de março, por exemplo.
De início, pode parecer difícil dispor as informações no gráfico, porém com o tempo e consequente aumento da demanda você ganha prática e passará a utilizar vários gráficos de tendência ao mesmo tempo.
Incrementos de tempo, nada mais são do que subdivisões do tempo que podem ser minutos, horas, dias, ordem de produção, ordem de teste, etc. Eles lhe ajudarão a ter uma análise mais precisa para a obtenção de insight ou tomada de decisão.
A visualização de um gráfico de tendência ajuda na interpretação de uma medida em qualquer instante, ao colocar a variação do período anterior em uma perspectiva histórica. Assim, estudar um gráfico de tendência pode com frequência reduzir a interpretação exagerada ou a interferência com o processo. O gráfico de tendência também oferece uma primeira imagem de uma característica de um processo antes que um gráfico de controle seja desenvolvido.
Após concluir a construção do seu gráfico de tendência é hora de extrair a inteligência dos dados.
Embora causas especiais de variação sejam praticamente imprevisíveis, a ocorrência delas é facilmente identificável se técnicas apropriadas forem utilizadas. Em geral, temos algumas regras que nos ajudam buscar por essas causas:
Esses comportamentos podem indicar diversos aspectos do seu negócio, entre eles estão variações de estoques, matérias prima ou até mesmo erros de produção. Portanto, considere todos os setores que podem ter impactado as medidas indicadas no gráfico.
As vezes não é fácil identificar essas causas especiais no gráfico de tendência. Uma variação interessante dele é o Gráfico de Controle, que é uma variação em que colocamos uma linha média e limites para saber quando um ponto está muito afastado dos demais. Confira na vídeo aula o curso de gráfico de controle abaixo um estudo de caso.
O conceito de estratificação pode ser usado com um gráfico de tendência. Símbolos diferentes podem ser usados para representar diferentes variáveis no processo ou agrupamento de dados. O conceito de estratificação em um gráfico de tendência pode estende-se de modo a incluir o estudo de variáveis múltiplas no processo. Essa técnica foi chamada de “Multi-Vari” (Seder, 1950).
Ao se usar a técnica multi-vari, realizam-se medidas múltiplas no processo em um momento qualquer. Essas medidas podem ser medidas repetidas de uma amostra ou peça, medidas de locais diferentes, medidas de partes múltiplas ou amostras ou quaisquer combinações dessas medidas. Os pontos plotados em um gráfico multi-vari conectam-se para enfatizar as relações.
Utiliza-se o Gráfico de Tendência a fim de:
As vantagens do Gráfico de Tendência são:
A própria simplicidade do gráfico é o que o torna tão poderoso. Todas as pessoas ligadas ao processo podem usar e entender um gráfico de tendência.
Exemplo: Vinte e oito pedidos foram processados por uma empresa e o tempo de processamento de cada pedido foi medido. Os dados estão na tabela abaixo. Vamos fazer um gráfico de tendência para entender melhor o que está acontecendo.
ordem | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 |
tempo | 27 | 23 | 28 | 26 | 26 | 27 | 24 | 22 | 27 | 26 | 29 | 27 | 27 | 25 |
ordem | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | 27 | 28 |
tempo | 29 | 31 | 27 | 28 | 29 | 26 | 29 | 24 | 21 | 28 | 31 | 28 | 32 | 28 |
Aqui neste gráfico podemos ver de maneira muito mais clara o comportamento do indicador. Podemos ver que o tempo, que é a variável sob análise aqui, aparentemente apresenta uma tendência de aumento.
Isso significa que, conforme o tempo vai passando, demora-se mais para se realizar essa tarefa.
Também observa-se pontos onde o tempo é muito menor do que o normal. Devemos estudar esses pontos para reduzir o tempo total do processo.
Caso não existam causas especiais de variação atuando no sistema, o padrão do Gráfico de Tendência é de pontos dispersos sem padrão identificável, com a linha média e a quantidade de variação praticamente constante ao longo do tempo.
Qualquer padrão identificável é uma indicação de ocorrência de causa especial. Um padrão identificável é algo que ocorre com baixa probabilidade se o processo só tem causas comuns de variação.
A ocorrência de um sinal indica apenas que uma possível causa especial se fez presente, mas não diz qual é a causa. Além das medidas de desempenho, é preciso reunir outros dados sobre o processo como mudança de matéria prima, reparo de máquinas, troca de operadores, queda de energia e outras ocorrências que auxiliem na análise da causa especial para que seja possível trabalhar na sua remoção ou prevenção.
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