Com o avanço do trabalho remoto e a digitalização dos processos, garantir a segurança dos dados corporativos se tornou uma prioridade.
Vazamentos de informações, acessos indevidos e ataques cibernéticos estão cada vez mais frequentes e podem gerar prejuízos financeiros, danos à reputação e perda de confiança por parte de clientes e parceiros.
Empresas que não adotam práticas sólidas de proteção digital correm o risco de comprometer a integridade dos seus sistemas.
A boa notícia é que é possível mitigar esses riscos com ações bem estruturadas, combinando tecnologia atualizada, políticas claras e uma equipe consciente.
Neste conteúdo, você vai conhecer os principais riscos digitais enfrentados pelas equipes e as práticas mais eficazes para proteger dados e dispositivos corporativos, além de indicadores para monitoramento contínuo e ferramentas recomendadas para cada cenário.
O que é segurança de dados?
Segurança de dados é o conjunto de práticas voltadas à proteção de informações armazenadas em computadores, servidores, redes, dispositivos móveis e também em formatos físicos, como documentos impressos.
Ela envolve tanto medidas técnicas como o uso de antivírus, firewalls e sistemas de criptografia, quanto ações organizacionais e rotinas individuais. Isso inclui desde políticas corporativas bem definidas até cuidados diários no manuseio das informações.
O objetivo é evitar o acesso não autorizado, a perda e o vazamento de dados sensíveis, garantindo a integridade e a confidencialidade das informações.
Quais são os riscos digitais enfrentados pelas equipes?
A adoção do trabalho remoto e o uso de ferramentas digitais aumentaram a produtividade. Mas também abriram espaço para novas vulnerabilidades.
Acesso remoto sem segurança é um dos principais pontos de atenção. Sem VPN, autenticação ou controle de rede, o risco de invasão aumenta.
Outro fator crítico é o uso de dispositivos pessoais não gerenciados. Quando a equipe acessa dados corporativos em equipamentos próprios, há perda de controle sobre atualizações, antivírus e criptografia.
Ataques de phishing e ransomware continuam sendo comuns. Bastam poucos cliques em links falsos para comprometer toda a rede da empresa.
O vazamento de dados sensíveis também preocupa. Informações expostas, como dados de clientes ou contratos, podem gerar multas e danos à reputação.
Por fim, o uso inadequado de ferramentas de comunicação leva à exposição de dados fora dos canais oficiais.
As empresas que não controlam esses pontos colocam em risco a proteção de dados corporativos, comprometendo não só a segurança, mas a confiança do cliente e o desempenho da equipe.
7 práticas eficazes para proteger dados e dispositivos da equipe
Manter os dados protegidos exige processos bem definidos, tecnologia atualizada e uma cultura voltada à segurança da informação.
1. Política de segurança da informação clara
A organização deve estabelecer regras objetivas sobre o uso, armazenamento e compartilhamento de informações.
Essa política orienta o comportamento da equipe e reduz falhas causadas por desconhecimento ou práticas inseguras.
Para ser eficaz, a política precisa:
- Ser documentada de forma acessível;
- Divulgada regularmente a todos os colaboradores;
- Atualizada com base em novos riscos, tecnologias ou mudanças legais;
- Adaptada por área, considerando o nível de acesso necessário para cada função.
2. Autenticação multifator e controle de acesso
Contar apenas com senhas não é mais suficiente para proteger o ambiente digital.
A autenticação multifator (MFA) adiciona uma camada extra de segurança, exigindo duas ou mais formas de verificação antes de liberar o acesso.
Além disso, o controle de acessos precisa ser bem definido. Isso significa:
- Restringir privilégios apenas ao necessário para cada função;
- Revisar acessos periodicamente;
- Bloquear contas inativas ou fora de uso;
- Monitorar tentativas suspeitas de login.
3. Gerenciamento de Dispositivos Móveis
O uso de celulares, notebooks e tablets no trabalho exige controle. Sem monitoramento, esses dispositivos podem expor dados sensíveis a riscos externos.
Com uma solução de MDM (Mobile Device Management), a empresa pode:
- Aplicar bloqueios e regras de uso conforme o perfil do colaborador;
- Apagar remotamente dados corporativos em caso de perda ou roubo;
- Separar os ambientes pessoal e profissional, evitando o compartilhamento indevido de informações;
- Garantir que os dispositivos estejam atualizados e em conformidade com a política de segurança.
4. Backup automático e criptografado
Falhas técnicas, erros humanos ou ataques cibernéticos podem comprometer dados importantes da empresa.
Por isso, manter backups automáticos e criptografados é uma medida fundamental de prevenção.
Para que essa prática seja eficaz, é necessário:
- Utilizar soluções em nuvem com criptografia de ponta a ponta;
- Definir a frequência das cópias conforme o tipo de dado e criticidade da operação;
- Estabelecer uma política de retenção, indicando por quanto tempo cada backup deve ser mantido;
- Realizar testes periódicos de restauração, garantindo que os arquivos possam ser recuperados sem falhas.
5. Treinamento contínuo de colaboradores
A tecnologia sozinha não impede incidentes. O comportamento da equipe segue sendo um dos principais pontos de vulnerabilidade.
Manter os colaboradores atualizados com treinamentos periódicos ajuda a reduzir erros e fortalecer a prevenção.
O ideal é que os treinamentos incluam:
- Simulações de phishing, para reconhecer tentativas reais;
- Orientações sobre engenharia social e como evitar manipulações;
- Boas práticas de uso de e-mail, senhas e dispositivos;
- Reforço das regras internas de segurança.
6. Softwares de segurança atualizados
Proteger os sistemas exige mais do que um antivírus básico.
É necessário contar com ferramentas modernas, capazes de detectar ameaças em tempo real e agir de forma automática.
Entre as soluções recomendadas estão:
- EDR (Endpoint Detection and Response): identifica comportamentos anormais nos dispositivos e executa respostas imediatas;
- Firewalls de última geração: filtram o tráfego da rede com base em padrões de ameaça e controlam acessos suspeitos;
- Antivírus corporativo integrado: com atualizações automáticas e gerenciamento centralizado.
7. Governança de nuvem e conformidade com a LGPD
A adoção de soluções em nuvem trouxe agilidade, mas também aumentou a exposição a riscos.
Para mitigar falhas, é necessário aplicar governança de nuvem, com regras claras e controle constante sobre os dados.
As boas práticas incluem:
- Monitoramento de acessos em tempo real, com registro de movimentações;
- Definição de perfis de uso, restringindo permissões conforme a função;
- Proteção dos dados sensíveis com criptografia e controle de compartilhamento;
- Adoção de ferramentas que apoiem o cumprimento da LGPD e demais legislações de privacidade.
A adoção dessas práticas fortalece a proteção de dados corporativos, reduzindo riscos e trazendo mais segurança às operações da equipe.
Indicadores de segurança: como saber se sua equipe está protegida?
Medir a eficácia das ações de segurança digital é essencial para identificar vulnerabilidades e ajustar rotas.
Acompanhar indicadores objetivos ajuda a avaliar se as medidas adotadas estão realmente sendo aplicadas no dia a dia.
Veja alguns dos principais:
- Taxa de atualização de dispositivos: avalia quantos equipamentos estão com sistemas operacionais e softwares atualizados.
- Número de incidentes por phishing: mede a exposição da equipe a tentativas de fraude por e-mail e a resposta diante desses casos.
- Adesão às políticas de acesso seguro: verifica se os usuários seguem as regras de autenticação e controle de acesso estabelecidas.
- Conformidade com backups e testes de recuperação: indica se os dados estão sendo copiados corretamente e se é possível restaurá-los em caso de falha.
Ferramentas recomendadas para gestão da segurança
A escolha das ferramentas certas depende do porte da empresa, do nível de maturidade digital e da complexidade das operações.
Soluções eficientes precisam oferecer controle, visibilidade e capacidade de resposta rápida a incidentes.
Veja algumas opções consolidadas no mercado:
- Microsoft Intune: ideal para empresas que usam o ecossistema Microsoft. Permite gerenciar dispositivos, aplicar políticas e proteger dados de forma integrada.
- Google Workspace Admin: indicado para quem utiliza os serviços Google. Oferece controle de acesso, monitoramento de atividades e proteção contra perda de dados.
- SentinelOne: plataforma de EDR com inteligência artificial. Detecta, isola e responde automaticamente a comportamentos suspeitos nos dispositivos.
Para equipes menores ou com estrutura digital em fase inicial, o foco deve estar na simplicidade e automação.
Já empresas com operações distribuídas ou alto volume de dados exigem ferramentas mais completas e integradas.
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