Rebranding: como reposicionar marcas com estratégia
Marketing

03 de setembro de 2025

Última atualização: 03 de setembro de 2025

Rebranding: como reposicionar marcas com estratégia

A forma como uma empresa se posiciona, age e se conecta com seu público determina não só sua percepção, mas também sua sustentabilidade no longo prazo. É nesse cenário que o rebranding ganha força.

Muitas organizações ainda associam rebranding à troca de logotipo ou mudança de identidade visual. Porém, essa é apenas a camada superficial. O que está em jogo, na verdade, é a capacidade de uma marca se reposicionar de forma coerente com sua realidade atual e com aquilo que deseja ser no futuro.

Este conteúdo explora o que é rebranding, quando ele se faz necessário, a diferença em relação ao redesign e traz exemplos de marcas que usaram esse movimento como ferramenta de transformação. A ideia não é criar fórmulas prontas, mas oferecer fundamentos para quem precisa tomar decisões conscientes sobre a marca que lidera.

O que é rebranding e por que considerar?

Mudar a identidade visual pode ser o gatilho mais visível de um rebranding, mas essa transformação envolve decisões muito mais amplas. Rebranding é uma reavaliação estratégica da marca, seu posicionamento, sua linguagem e o modo como se conecta com pessoas, mercado e cultura.

Ignorar a dimensão estratégica e tratar o rebranding como um simples redesign enfraquece a iniciativa. É uma decisão que exige escuta ativa, diagnóstico aprofundado e envolvimento das lideranças. Só assim, a marca conseguirá gerar identificação, coerência e força no novo ciclo que se propõe a iniciar.

Quando o rebranding de marca é necessário

Depois de entender que rebranding é uma decisão estratégica e não apenas estética, surge a pergunta central: Quando realizar esse movimento? 

Um dos sinais mais evidentes é o descompasso entre o que a marca diz ser e o que as pessoas percebem. Quando essa distância cresce, a confiança diminui e o vínculo com o público enfraquece.

Esse desalinhamento pode surgir por diversos fatores, a primeira é quando há mudanças no comportamento do consumidor, entrada de novos concorrentes, evolução do próprio negócio ou até desgaste da reputação. Em todos esses cenários, manter a marca como está tende a gerar estagnação ou retrocesso.

Ana Couto, no livro A (R)evolução do Branding, argumenta que marcas precisam ser capazes de “entregar valor com coerência” para se manterem relevantes. Se o posicionamento atual já não sustenta esse compromisso, reavaliar identidade, narrativa e expressão se torna urgente. O objetivo vai de comunicar melhor, até garantir que aquilo que a marca representa seja percebido de forma autêntica e alinhada com seu momento atual.

Portanto, rebranding é necessário quando a marca deixa de representar aquilo que a empresa é hoje — e deseja ser daqui para frente. Nesse ponto, não revisar a marca é correr o risco de se tornar irrelevante para os próprios clientes.

A confusão entre rebranding e redesign

É comum ver marcas passando por mudanças visuais e anunciando um “rebranding”. No entanto, muitas vezes, trata-se apenas de um redesign. Essa confusão entre os dois conceitos é frequente, você sabe a diferença entre elas?

Redesign é a atualização da identidade visual: logotipo, cores, tipografia, embalagens, site. Ele ajusta a forma como a marca se apresenta, mas não mexe no conteúdo estratégico, ou seja, não altera o posicionamento, o propósito nem a promessa da marca.

Como reforça Ana Couto, diferenciar uma marca exige mais do que design bonito — exige coerência entre o que a marca é, faz e comunica.

Ignorar essa diferença leva empresas a acreditarem que “mudar o logo” é suficiente para recuperar reputação ou atrair novos públicos. Na prática, sem uma base estratégica sólida, o visual novo não sustenta resultados. Entender quando é necessário um redesign e quando se impõe um rebranding é o primeiro passo para fazer a escolha certa.

O caso do Instagram: um redesign, não um rebranding

Depois de entender a diferença entre rebranding e redesign, um exemplo que ajuda a fixar essa distinção é o do Instagram. Em 2016, a empresa substituiu seu ícone da câmera vintage por uma versão mais simples, com um gradiente vibrante. A mudança gerou polêmica, mas era puramente estética.

Esse foi um redesign, a marca manteve seu nome, posicionamento e proposta de valor. O produto continuou o mesmo. A atualização visual buscava apenas refletir a diversidade de formatos que a plataforma passou a abrigar, como stories e vídeos, sem alterar sua essência.

Se houvesse um novo direcionamento estratégico, com mudanças no discurso, na cultura interna ou na promessa entregue aos usuários, aí sim estaríamos falando de rebranding.

redesign do instagram 2016

Casos de sucesso em rebranding

Natura: identidade alinhada ao impacto social

A Natura é um exemplo de rebranding construído com consistência. A empresa passou a incorporar temas como sustentabilidade, diversidade e bem-estar. O novo posicionamento não se limitou à comunicação, refletiu-se também em processos, produtos e cultura interna. A identidade visual foi ajustada para sustentar essa nova narrativa, mas o mais relevante foi o fortalecimento do vínculo com um público cada vez mais atento ao impacto das marcas no mundo.

Vivo: de operadora técnica a marca digital

O rebranding da Vivo marcou a transição de uma operadora tradicional para uma marca de tecnologia e estilo de vida. A mudança envolveu nome, linguagem, design e propósito. A empresa passou a se posicionar como uma facilitadora de conexões humanas, não apenas de telefonia. Isso exigiu uma revisão da experiência do cliente, da narrativa e do portfólio. O resultado foi uma marca mais próxima, acessível e coerente com o novo papel que decidiu ocupar no mercado.

Esses casos mostram que o rebranding, quando guiado por um propósito claro, fortalece a marca e sua relevância no longo prazo. O ponto central não é a mudança visual, mas a decisão estratégica por trás dela.

Burger King: linguagem ousada e identidade renovada

O Burger King passou por um rebranding global em 2021, que incluiu o primeiro redesign completo da marca em mais de 20 anos. Mas o que chamou atenção foi o reposicionamento estratégico por trás dessa mudança. A marca adotou uma linguagem mais direta, informal e provocativa, alinhada ao comportamento do seu público. O novo design, com tipografia retrô e cores mais quentes, reforçou a ideia de autenticidade e foco em ingredientes naturais. O rebranding refletiu um esforço para se distanciar da imagem de rede genérica e se firmar como uma marca com personalidade, opinião e proposta clara de valor.

Rebranding como ferramenta de evolução

Ao longo deste conteúdo, ficou evidente que rebranding é um movimento estratégico e não uma simples mudança estética. Discutimos a diferença entre rebranding e redesign, os sinais que indicam a necessidade de reposicionamento e casos em que marcas conseguiram transformar sua relação com o mercado ao adotar uma nova postura.

Quando bem conduzido, o rebranding reposiciona a marca de forma coerente com seus valores e contexto atual. Ele exige clareza sobre o propósito, envolvimento das lideranças e compromisso com a consistência entre o que se promete e o que se entrega.

Se rebranding começa por dentro, o próximo passo é claro
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Equipe FM2S

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