Mars: da confeitaria à liderança industrial global
Empresarial e negócios

21 de outubro de 2025

Mars: da confeitaria à liderança industrial global

Quando se fala em Mars, muitos pensam imediatamente em chocolates. Hoje, a Mars é uma das maiores indústrias privadas do mundo, com atuação em setores que vão de alimentos para pets a saúde veterinária. 

Neste artigo, você vai conhecer a história da Mars, seus principais segmentos de atuação, a forma como organiza sua cadeia produtiva e as iniciativas de sustentabilidade que sustentam sua relevância no cenário global.

De uma cozinha familiar à gigante global

A trajetória da Mars não começou com as “M&Ms”, começou em um ambiente improvável, a cozinha da casa de Frank C. Mars, nos Estados Unidos, em 1911. Com o apoio da esposa, ele fabricava balas artesanalmente e vendia para vizinhos e pequenos mercados locais. Era uma operação modesta, mas com atenção ao detalhe e ao sabor. O que parecia um pequeno negócio familiar se transformou, nas décadas seguintes, em uma das maiores corporações privadas do mundo.

Como a Mars surgiu e se expandiu

Ainda na década de 1910, a empresa introduziu as gomas de mascar Juicy Fruit e Spearmint, produtos que representaram a primeira inserção da Mars em categorias com apelo de consumo em massa. A aceitação desses doces pavimentou o caminho para novos lançamentos e impulsionou a reputação da marca entre pequenos varejistas.

Já nos anos 1920, o negócio foi ampliado com a introdução do MAR-O-BAR, um doce mais elaborado, que serviu como precursor do grande salto da empresa: o desenvolvimento do chocolate Milky Way.

A virada definitiva ocorreu com a parceria entre pai e filho. Em 1923, durante uma conversa com Forrest Mars Sr., Frank teve a ideia de transformar um milkshake de malte em barra. Nascia ali o Milky Way, considerado um divisor de águas para a empresa. O sucesso foi imediato. Pela primeira vez, a Mars estruturou uma equipe de vendas dedicada, sinalizando que deixava de ser apenas uma fabricante local para se tornar um negócio de escala nacional.

A produção se intensificou, novas unidades foram abertas e, com Forrest liderando a expansão internacional a partir da década de 1930, a empresa passou a atuar na Europa. Foi nessa época que surgiram outros produtos icônicos, como a barra de chocolate SNICKERS (1930) e, mais tarde, o 3 MUSKETEERS.

Esse conjunto de decisões, da aposta em produtos com forte apelo de consumo até a profission alização das operações, permitiu que a Mars consolidasse sua posição entre as grandes indústrias de alimentos do século XX.

Foco inicial em doces, mas com visão ampla de negócios

Mesmo tendo começado com doces, a Mars operava com uma visão de crescimento e diversificação. Essa estratégia se confirmou ainda em 1935, quando a empresa adquiriu a Chappel Brothers, fabricante da ração Chappie, no Reino Unido. Foi a primeira movimentação da companhia no setor de alimentos para animais, bem antes de esse segmento se tornar o principal pilar da operação.

A decisão de investir no ramo petcare não foi circunstancial. Representava um passo para ampliar o portfólio e reduzir a dependência do setor de confeitaria, mesmo em um momento em que o chocolate ainda era a base do negócio. A aquisição indicava que a Mars já enxergava o potencial de longo prazo no cuidado com animais de estimação.

Com o tempo, o portfólio cresceu e passou a incluir marcas como PedigreeWhiskasRoyal Canin e, mais recentemente, operações voltadas à nutrição veterinária e cuidados clínicos. Hoje, a divisão de petcare representa a maior parte da estrutura industrial da Mars, tanto em faturamento quanto em número de unidades produtivas.

Essa transformação evidencia o tipo de decisão que molda a lógica da empresa: uso de dados, leitura de mercado e foco em longevidade operacional.

Como os M&M’s viraram um símbolo da Mars 

O lançamento dos M&M’s representou um novo patamar para a Mars na indústria global de alimentos. A ideia surgiu no final dos anos 1930, quando Forrest Mars Sr. observou soldados espanhóis consumindo pastilhas de chocolate cobertas com uma fina camada de açúcar. Essa camada de açúcar evitava que o chocolate derretesse nas mãos em ambientes quentes, uma característica valorizada em contextos de guerra.

Em 1941, o produto foi lançado oficialmente nos Estados Unidos, no auge da Segunda Guerra Mundial. A primeira versão trazia o tradicional “M” impresso e um mix de cores básicas. O sucesso foi imediato. Inicialmente, os M&M’s eram voltados para as Forças Armadas, com fornecimento exclusivo ao exército norte-americano. Só mais tarde o doce passou a circular no varejo civil.

O modelo de produção usava tecnologia inovadora para a época. O revestimento de açúcar era aplicado de forma padronizada, o que permitia escalabilidade e consistência na entrega do produto, dois fatores estratégicos na expansão da Mars.

Com o fim da guerra, os M&M’s rapidamente conquistaram o mercado de confeitaria. A marca ampliou seu mix de cores, introduziu novos sabores e ganhou presença em campanhas publicitárias de massa. Nos anos 1950, passou a ser vendida em escala nacional, com distribuição em larga escala e identidade visual consolidada.

A frase “derrete na boca, não na mão”, criada nessa época, virou um dos slogans mais reconhecidos da história do marketing. Ela sintetizava não só a proposta do produto, mas também a capacidade da Mars de transformar inovação em diferencial competitivo.

Atualmente, M&M’s está presente em mais de 100 países e é um dos doces mais vendidos do mundo. A marca evoluiu para além do chocolate: há versões com amendoim, caramelo, crispies e até edições sazonais, além de parcerias com franquias culturais. Mesmo com tantas variações, o conceito original segue inalterado: pastilhas coloridas, revestidas, fáceis de consumir e com alto apelo emocional.

Produção, inovação e sustentabilidade na prática

Na Mars, inovação e responsabilidade caminham juntas dentro da lógica industrial. A empresa tem mais de 140 unidades produtivas espalhadas pelo mundo e mantém uma estrutura voltada para eficiência operacional, sem perder de vista os compromissos ambientais. Parte desse equilíbrio está no modo como os processos são estruturados: alto controle de qualidade, automação gradual e metas de impacto reduzido.

Mesmo sendo uma das maiores fabricantes de alimentos do mundo, a Mars opera com metas agressivas de sustentabilidade e governança. As decisões que envolvem reformulação de produtos, reformulação de embalagens ou realocação de linhas produtivas passam por análises que consideram não só os custos, mas também o impacto sobre comunidades, fornecedores e o meio ambiente.

Como a Mars integra eficiência com responsabilidade

A companhia adota um modelo de produção padronizado e adaptável. Unidades em diferentes países operam com base em diretrizes globais de segurança alimentar, mas têm flexibilidade para ajustar processos de acordo com a legislação local ou contexto social. Esse equilíbrio entre padronização e autonomia regional tem ajudado a Mars a manter competitividade sem abrir mão da governança.

A eficiência está presente em toda a cadeia produtiva: do uso racional de recursos naturais à redução do desperdício nas linhas de envase. Ao mesmo tempo, a Mars mantém compromissos públicos com metas ambientais, como redução da emissão de gases de efeito estufa e uso de energia renovável em suas plantas industriais.

A Mars trabalha seus negócios com base em 5 Princípios, a qualidade, a resposabilidade, a mutualidade,  a eficiência e a liberdade que juntas servem como guia para tomada de decisão em seus projetos.

Gestão da cadeia de suprimentos e fornecedores

A Mars não trata sustentabilidade como um tema isolado da produção. Parte relevante da estratégia está na gestão da cadeia de suprimentos, que envolve milhares de fornecedores, agricultores e parceiros logísticos ao redor do mundo.

Programas como o “Sustainable in a Generation Plan” foram desenvolvidos para alinhar fornecedores às metas de ética, qualidade e impacto ambiental. Em regiões produtoras de cacau, por exemplo, a Mars atua com rastreabilidade e apoio direto a comunidades locais. 

Mars no Brasil: operação, empregos e cultura industrial

A Mars opera no Brasil há mais de 25 anos e mantém um modelo que combina produção local com estratégia global. A atuação no país não se limita à distribuição de marcas já consolidadas. Há investimento em fábricas, centros de distribuição e programas sociais, com foco em crescimento e geração de valor a longo prazo.

Além de consolidar produtos no mercado nacional, a empresa também utiliza o Brasil como base de exportação para outros países da América Latina. Isso reforça o papel das operações brasileiras dentro da estrutura global da companhia.

Onde estão as fábricas e centros de distribuição

Hoje, a Mars possui duas fábricas e três centros de distribuição no Brasil. A unidade de Guararema (SP) concentra a produção de chocolates e confeitos, enquanto a planta de Descalvado (SP) é especializada na fabricação de rações para pets, incluindo marcas como Pedigree e Whiskas. Ambas operam com linhas automatizadas e seguem os padrões internacionais da companhia.

Os centros de distribuição estão localizados de forma a cobrir diferentes regiões do país, otimizando logística e tempo de entrega. Essas unidades apoiam não apenas o mercado interno, mas também as exportações, principalmente na linha petcare.

Esse conjunto de operações gera milhares de empregos diretos e indiretos. A empresa mantém programas de qualificação para operadores, técnicos e especialistas, contribuindo para a formação de mão de obra em áreas técnicas e industriais.

Qualidade como pilar da excelência industrial da Mars

A consistência dos produtos Mars, independentemente do país onde são fabricados, é resultado de uma estratégia centrada na gestão da qualidade. Cada unidade industrial da empresa opera com padrões rígidos de segurança alimentar, rastreabilidade e controle de processos. Essa estrutura permite que produtos como M&M’s, Whiskas ou Pedigree cheguem ao consumidor com o mesmo nível de confiabilidade.

A excelência industrial depende de rotinas padronizadas, auditorias internas, investimento em capacitação e, principalmente, cultura de melhoria contínua. Evitar falhas, antecipar variações e ajustar o sistema antes que impactos ocorram, isso exige preparo técnico, visão analítica e uma equipe bem capacitada.

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