Consultor de negócios: função, salário e atuação no mercado
Educação e Carreira

26 de junho de 2015

Última atualização: 26 de novembro de 2025

Consultor de negócios: função, salário e atuação no mercado

Entender o que faz um consultor de negócios ajuda a enxergar com mais objetividade como empresas tomam decisões melhores em momentos de mudança. 

Se você está avaliando essa carreira ou pensa em contratar uma consultoria, as informações a seguir podem ajudar a tomar uma decisão mais bem fundamentada.

O que faz um consultor de negócios

O consultor de negócios ajuda empresas a resolver problemas e tomar decisões com mais segurança. Ele observa como a empresa funciona, identifica o que pode ser melhorado e propõe mudanças para que os resultados sejam alcançados com mais eficiência.

Esse profissional costuma ser chamado quando a empresa enfrenta desafios, como queda nas vendas, aumento de custos ou dificuldade para crescer. Como não faz parte da equipe fixa, o consultor olha de fora, o que permite apontar questões que muitas vezes passam despercebidas no dia a dia.

Atividades que realizam

Entre as atividades, está a análise de processos, organização financeira, estrutura de atendimento, desempenho das equipes e outros pontos que influenciam o funcionamento da empresa. A partir disso, ele sugere caminhos para ajustar o que está fora do previsto e alcançar as metas definidas.

Além de dar sugestões, o consultor pode acompanhar a aplicação das mudanças, ajudando a empresa a colocar os novos planos em prática. Em alguns casos, ele participa da criação de indicadores que mostram se as mudanças estão funcionando.

Em momentos de crescimento ou reestruturação, a consultoria também serve para alinhar as decisões com os objetivos do negócio. O consultor ajuda a organizar os próximos passos e evita que erros se repitam.

O trabalho do consultor de negócios é entender o funcionamento da empresa, propor melhorias e apoiar na execução de mudanças que ajudam a alcançar os objetivos definidos.

Consultor interno x consultor externo

O consultor de negócios pode atuar dentro da própria empresa, como funcionário fixo, ou ser contratado por tempo determinado, como prestador de serviço. Essas duas formas de atuação têm objetivos parecidos, mas seguem caminhos diferentes.

consultor interno faz parte da equipe da empresa, ele conhece a cultura, a rotina dos setores e participa das decisões com frequência. Costuma estar mais envolvido no dia a dia e pode acompanhar os resultados de forma contínua. É comum que esse tipo de consultor atue em grandes empresas, com áreas dedicadas à melhoria de processos ou gestão estratégica.

Já o consultor externo é contratado quando a empresa precisa de apoio específico, por tempo limitado. Ele traz uma visão de fora, sem vínculos com a estrutura interna. Isso permite analisar os problemas com mais distância e liberdade para apontar ajustes, mesmo em temas mais sensíveis.

Quanto ganha um consultor de negócios

O salário de um consultor de negócios varia conforme o tipo de contrato, a experiência profissional e o porte da empresa. Consultores contratados como funcionários têm faixas salariais diferentes daqueles que atuam de forma independente ou por projetos.

Profissionais em início de carreira, atuando como analistas ou consultores júnior, costumam receber salários entre R$3.500 e R$6.000 por mês, dependendo da região e do setor. Já um consultor com mais experiência e formação especializada pode receber valores entre R$8.000 e R$15.000, principalmente em empresas de médio ou grande porte.

Quando o trabalho é feito como prestador de serviço, o valor muda bastante conforme a complexidade do projeto. Em muitos casos, o consultor define o valor com base em horas trabalhadas, entregas previstas e tempo de duração da consultoria. 

Projetos estratégicos ou de recuperação de empresas podem ultrapassar R$20 mil mensais, especialmente quando envolvem diagnóstico e execução.

A remuneração de um consultor de negócios depende da experiência, do escopo do trabalho e da confiança que ele transmite ao propor soluções com impacto direto nos resultados da empresa.

Formação e competências para ser consultor de negócios

Habilidades analíticas e visão sistêmica

O consultor de negócios precisa saber interpretar dados e entender como as áreas de uma empresa se relacionam. Isso envolve a capacidade de identificar causas, avaliar consequências e propor soluções com base em informações.

Entre as habilidades técnicas mais valorizadas estão:

  • Capacidade de interpretar indicadores e relatórios;
  • Raciocínio lógico para entender relações entre problemas e resultados;
  • Leitura integrada dos setores da empresa, considerando impactos cruzados.

Essa visão sistêmica permite que o consultor vá além de um único setor e compreenda o reflexo de uma decisão em toda a operação.

Boa comunicação e postura consultiva

O consultor lida com diferentes públicos, da equipe operacional à diretoria, e precisa adaptar a linguagem sem perder objetividade.

Além disso, é importante manter uma postura neutra e respeitosa ao apresentar diagnósticos e recomendações, mesmo quando envolvem mudanças sensíveis.

Competências comportamentais importantes incluem:

  • Escuta ativa, para entender o contexto antes de propor soluções;
  • Capacidade de argumentação, baseada em dados e objetivos da empresa;
  • Equilíbrio entre firmeza e flexibilidade na condução das propostas.

Conhecimento em gestão, finanças e estratégia

A formação do consultor costuma ser ligada à administração, engenharia, economia ou áreas correlatas. Além da formação inicial, é esperado que o profissional tenha experiência prática em negócios e formação complementar ao longo da carreira.

Dominar conceitos de gestão, finanças e estratégia é essencial para entregar um trabalho relevante. Entre os conhecimentos técnicos mais utilizados estão:

  • Planejamento estratégico e desdobramento de metas;
  • Custos, fluxo de caixa e análise de viabilidade financeira;
  • Estruturação de processos, mapeamento e indicadores de desempenho.

A combinação entre experiência prática, atualização constante e competências técnicas define o preparo de quem deseja atuar com consultoria de negócios.

Mercado de trabalho

Consultoria independente ou via empresa especializada

O consultor de negócios pode trabalhar por conta própria, atendendo empresas diretamente, ou fazer parte de uma consultoria especializada. No primeiro caso, o profissional assume a gestão da própria agenda, negocia contratos e define suas áreas de atuação. Essa modalidade exige mais envolvimento com a parte comercial e maior capacidade de adaptação a diferentes clientes.

Já nas empresas especializadas, o consultor costuma atuar em projetos estruturados, com metodologias já definidas e suporte de uma equipe. Isso permite focar na análise técnica e na entrega de soluções, sem precisar lidar com todas as etapas da prospecção e negociação.

Áreas mais promissoras da consultoria

Com as mudanças nos modelos de negócio e o avanço da tecnologia, algumas áreas têm apresentado maior demanda por consultores. Estratégia e gestão financeira seguem como temas centrais, mas há crescimento em segmentos como transformação digital, melhoria de processos, inovação e ESG (ambiental, social e governança).

Empresas que enfrentam pressão por resultados ou passam por reestruturações também costumam buscar apoio externo. Além disso, negócios familiares e pequenas empresas estão contratando consultores para profissionalizar a gestão.

O mercado para consultores de negócios é dinâmico, e quem acompanha as tendências do setor tende a encontrar mais oportunidades.

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Virgilio F. M. dos Santos

Virgilio F. M. dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

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