Capability Maturity Model (CMM): o que é e para que serve ?
Análise de Dados

13 de março de 2024

Última atualização: 02 de setembro de 2025

Capability Maturity Model (CMM): o que é e para que serve ?

No mundo em constante evolução do desenvolvimento de software, as organizações enfrentam o desafio de não apenas acompanhar a rapidez das mudanças tecnológicas, mas também de garantir a eficácia, eficiência e qualidade de seus processos. É neste contexto que o Capability Maturity Model (CMM) emerge como uma ferramenta fundamental. Assim, o CMM pode ser visto como uma estrutura robusta projetada para ajudar organizações a avaliar a maturidade de seus processos de software, implementando melhorias progressivas que visam aprimorar a qualidade e a eficiência.

Este modelo capacita as organizações a produzir software de alta qualidade de maneira consistente, aprimora a gestão de projetos e eleva a satisfação do cliente. Neste blog, exploraremos o que é o CMM, suas funções, principais características e diferenças, destacando como ele pode transformar os processos organizacionais e contribuir para o sucesso empresarial em um mercado competitivo.

O que é CMM (Capability Maturity Model)

O Capability Maturity Model (CMM) é um modelo de desenvolvimento que fornece organizações de software e sistemas com orientações essenciais para melhorar os processos. Criado pelo Software Engineering Institute (SEI) da Carnegie Mellon University, esse modelo se destaca por sua capacidade de orientar as organizações na otimização de seus processos, com o objetivo final de produzir software de alta qualidade de forma eficiente e previsível.

O CMM encoraja as empresas a mergulharem profundamente em suas práticas atuais, oferecendo uma estrutura para avaliar a maturidade dessas práticas e sugerindo um caminho claro para a melhoria contínua. Mais do que melhorar a qualidade do software, o CMM impulsiona uma transformação cultural dentro das organizações, promovendo eficiência, inovação contínua e elevando a satisfação do cliente. 

Assim, ele se estabelece como uma ferramenta para aprimorar os processos de desenvolvimento de software e como um instrumento estratégico para alcançar a excelência operacional em diversos aspectos da organização.

Qual a função do CMM?

Inicialmente, o Capability Maturity Model (CMM) tinha a função de atender a uma necessidade específica do governo dos Estados Unidos: avaliar o risco associado à contratação de empresas de software pelo Departamento de Defesa, com foco na eficácia dos processos de desenvolvimento no cumprimento de prazos, controle de custos e qualidade das entregas. 

Desde sua origem, o CMM evoluiu para se tornar um modelo abrangente destinado a melhorar e otimizar os processos de desenvolvimento e manutenção de software em organizações. Assim, algumas de suas principais funções são: 

  • Avaliação da maturidade dos processos: o cmm permite que as organizações avaliem o nível de maturidade de seus processos de desenvolvimento de software atual, fornecendo uma estrutura de cinco níveis de maturidade, desde processos informais e não estruturados até processos altamente otimizados e eficientes.
  • Orientação para melhoria contínua: oferece orientações detalhadas sobre como as organizações podem progredir de um nível de maturidade para outro, implementando práticas de gerenciamento de projetos e desenvolvimento de software que são essenciais para a melhoria da qualidade e eficiência.
  • Padronização dos processosauxilia as empresas a desenvolverem e padronizarem seus processos de software, o que é crucial para a consistência e a capacidade de replicar o sucesso em múltiplos projetos e equipes.
  • Melhoria da qualidade do produto: a implementação dos princípios do cmm ajuda a melhorar a qualidade do produto final de software, reduzindo bugs, falhas e outros problemas que podem afetar a funcionalidade e a satisfação do usuário.
  • Redução de custos e aumento da eficiência: ao otimizar processos, as organizações podem reduzir desperdícios, evitar retrabalhos e utilizar melhor seus recursos, o que leva à redução de custos e ao aumento da eficiência operacional.
  • Aumento da satisfação do cliente: melhorando a qualidade e a entrega de produtos de software, as organizações podem atender melhor às expectativas dos clientes, aumentando a satisfação e fidelidade dos mesmos.

Quais são as diferenças entre CMM e CMMI?

O Capability Maturity Model (CMM) e o Capability Maturity Model Integration (CMMI) são ambos modelos de maturidade desenvolvidos para ajudar organizações a melhorar seus processos de desenvolvimento de software e outros processos organizacionais. Embora ambos tenham como objetivo principal elevar os padrões e a eficiência dos processos organizacionais, eles diferem significativamente em abordagem, escopo e detalhamento. 

CMM

O CMM, precursor nesse campo, concentra-se exclusivamente no desenvolvimento de software, apresentando um caminho estruturado através de cinco níveis de maturidade para otimizar esses processos. Foi uma inovação crucial nos anos 90, fornecendo às organizações um modelo para padronizar e refinar suas práticas de desenvolvimento de software.

CMMI

Por sua vez, o CMMI representa uma evolução do conceito de CMM, introduzido no início dos anos 2000 com uma visão mais abrangente. Além de englobar o desenvolvimento de software, o CMMI estende sua aplicabilidade para incluir o desenvolvimento de produtos e serviços, gestão de processos, e outras funções empresariais críticas, fazendo dele uma ferramenta mais holística para a melhoria de processos. O CMMI diferencia-se pelo seu detalhamento, oferecendo orientações específicas em áreas de processo dentro de cada nível de maturidade, o que facilita uma implementação mais granular e direcionada.

A evolução do CMM para o CMMI marca uma expansão significativa no escopo da melhoria de processos, indo além do desenvolvimento de software para abranger uma gama mais ampla de atividades organizacionais. Essa transição reflete um entendimento mais profundo de que a excelência operacional requer uma abordagem integrada que abranja todas as funções críticas da empresa. 

Assim, a decisão entre adotar o CMM ou o CMMI dependerá das necessidades específicas de cada organização, suas prioridades de melhoria e o ambiente em que atuam, permitindo-lhes escolher o modelo que melhor atenda aos seus objetivos de aprimoramento de processos.

Analise de dados com a FM2S

Na FM2S, entendemos a importância do Capability Maturity Model (CMM) como um pilar para o desenvolvimento e aprimoramento dos processos organizacionais. O curso de Power BI da FM2S foi pensado para alinhar-se com os princípios do CMM, oferecendo aos profissionais as competências necessárias para analisar, visualizar e interpretar dados que fundamentam a tomada de decisões estratégicas e o avanço nos níveis de maturidade.

Neste curso, abordaremos conteúdos como: Introdução ao business intelligence e Power BI; Power Query ; cálculos e modelagem de dados; visualização e criação de dashboards; publicando e apresentando seus painéis. Dessa forma, os profissionais aprendem a aprimorar suas capacidades analíticas,  adquirir um recurso valioso para impulsionar suas organizações na escala de maturidade, e promovam uma cultura de inovação, eficiência e sucesso contínuo.

Este curso é essencial para quem busca integrar a precisão da análise de dados com os objetivos estratégicos delineados pelo Capability Maturity Model, elevando assim a gestão de projetos de software e processos organizacionais a um novo patamar de excelência.

Quais são os 5 níveis do CMM?

O Capability Maturity Model (CMM) é estruturado em cinco níveis de maturidade, em que representam 5 estágios diferentes na evolução dos processos de gestão e desenvolvimento de software de uma organização. Cada nível de maturidade é construído sobre as fundações estabelecidas nos níveis anteriores, criando um criando uma estrutura progressiva para a melhoria contínua. Ao avançar através dos níveis do CMM, as organizações desenvolvem uma abordagem mais sofisticada e integrada para o gerenciamento de projetos de software, levando a processos mais estáveis, previsíveis e eficientes. 

Esses níveis são projetados para ajudar as organizações a identificar o estágio atual de seus processos e fornecer um caminho claro para a melhoria contínua. Os cinco níveis do CMM são:

Nível 1: Inicial

Nesse nível, os processos são geralmente improvisados e imprevisíveis. A falta de estrutura e previsibilidade significa que o sucesso dos projetos depende quase exclusivamente do talento e do esforço individual. Este nível é caracterizado pela reatividade em vez de proatividade na gestão de projetos de software, tornando os resultados incertos e muitas vezes inconsistentes.

Nível 2: Repetível

Ao avançar para o nível repetível, as organizações começam a desenvolver e aplicar práticas básicas de gerenciamento de projetos, permitindo a repetição de sucessos em projetos semelhantes. Embora ainda dependente de indivíduos, a introdução de processos mais consistentes permite uma melhor previsão de custos, prazos e qualidade.

Nível 3: Definido

O terceiro nível marca um ponto de virada significativo, onde os processos são formalmente documentados, padronizados e integrados. A organização toda opera sob um conjunto comum de práticas de desenvolvimento, proporcionando uma base sólida para a consistência em todos os projetos de software. Este nível garante que os projetos sejam executados de acordo com políticas organizacionais claramente definidas.

Nível 4: Gerenciado

O quarto nível introduz a coleta e análise de métricas detalhadas de processos e produtos, permitindo um gerenciamento baseado em dados dos projetos de software. Com essas informações, as organizações podem controlar seus processos com maior precisão, ajustando-os conforme necessário para melhorar a eficácia e a eficiência.

Nível 5: Otimizado

Finalmente, no nível otimizado, o foco se volta para a melhoria contínua. As organizações implementam inovações tecnológicas e buscam constantemente maneiras de aprimorar seus processos. Esse estágio de maturidade não é apenas sobre manter a qualidade e eficiência, mas sobre superá-las, garantindo que a organização permaneça na vanguarda do desenvolvimento de software.

Áreas-chave de processo (KPAs) por nível

Agora que você já conhece os cinco níveis do CMM, é importante entender quais áreas de processo devem ser trabalhadas para atingir cada estágio de maturidade. Essas áreas são conhecidas como KPAs (Key Process Areas) — e representam os pilares que sustentam a melhoria contínua dos processos de desenvolvimento e gestão de software.

Cada nível, a partir do segundo, possui um conjunto específico de KPAs. Elas indicam onde a organização deve concentrar seus esforços, com práticas estruturadas e metas claras. Sem atender essas áreas, não é possível avançar para níveis mais altos de maturidade.

Práticas fundamentais no Nível 2: Repetível

Neste estágio, os processos começam a ser formalizados. A repetição de boas práticas torna os projetos mais previsíveis, embora ainda exista dependência significativa de indivíduos.

KPAs do Nível 2:

  • Gerenciamento de Requisitos: controla alterações no escopo e garante entendimento claro das necessidades do cliente.
  • Planejamento de Projeto de Software: define cronograma, escopo, recursos e responsabilidades.
  • Acompanhamento e Supervisão de Projetos: monitora progresso e corrige desvios.
  • Gerenciamento de Subcontratos: assegura qualidade e cumprimento de prazos em atividades terceirizadas.
  • Garantia da Qualidade de Software: verifica a aplicação dos padrões definidos.
  • Gerência de Configuração de Software: mantém o controle sobre versões e mudanças nos artefatos.

Padronização e integração no Nível 3: Definido

Aqui, os processos deixam de ser apenas documentados e passam a ser padronizados em toda a organização. O foco está na consistência entre projetos.

KPAs do Nível 3:

  • Foco no Processo Organizacional: identifica oportunidades de melhoria contínua nos processos corporativos.
  • Definição do Processo Organizacional: estabelece modelos comuns a serem seguidos por todos os projetos.
  • Treinamento Organizacional: garante que os colaboradores estejam preparados para aplicar os processos definidos.
  • Gerenciamento Integrado de Software: promove alinhamento entre áreas envolvidas no projeto.
  • Engenharia de Produto de Software: abrange atividades como análise de requisitos, design, codificação e testes.
  • Revisões Técnicas por Pares: detecta falhas antecipadamente com inspeções entre membros da equipe.

Gestão orientada por métricas no Nível 4: Gerenciado

A gestão se torna orientada por dados. A organização coleta e analisa métricas de desempenho dos processos, buscando estabilidade e previsibilidade.

KPAs do Nível 4:

  • Gerenciamento Quantitativo de Processo: mede e controla variações para garantir desempenho estável.
  • Gerenciamento da Qualidade de Software: utiliza dados objetivos para prever e controlar a qualidade do produto.

Melhoria contínua no Nível 5: Otimizado

O foco se desloca para a inovação e a melhoria contínua. A organização busca não apenas manter padrões, mas superá-los com base em lições aprendidas e análise de desempenho.

KPAs do Nível 5:

  • Prevenção de Defeitos: identifica causas-raiz para evitar recorrência de problemas.
  • Inovação e Análise Tecnológica: avalia novas tecnologias e práticas para elevar o desempenho dos processos.
  • Melhoria Contínua do Processo: realiza ajustes sistemáticos com base em dados históricos e feedback.

Por que entender as KPAs é importante?

As áreas-chave de processo traduzem os requisitos práticos de cada nível do Capability Maturity Model (CMM). Elas formam uma base objetiva para avaliar o estágio de maturidade de uma organização e orientar os próximos passos na evolução dos seus processos.

Ao aplicar essas práticas de forma estruturada, a empresa reduz riscos, aumenta a previsibilidade e melhora a qualidade dos seus projetos de software.

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Equipe FM2S

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