O desemprego no Brasil é um dos indicadores que mais refletem a realidade econômica do país. Ao longo da última década, oscilou entre momentos de forte retração, períodos de recuperação parcial e fases de incerteza estrutural no mercado de trabalho.
Em 2015, o cenário era de desaceleração econômica, com queda na confiança dos agentes e aumento expressivo da desocupação. Desde então, eventos como a crise fiscal, a reforma trabalhista, a pandemia de COVID-19 e mudanças tecnológicas alteraram profundamente a dinâmica do emprego no país.
Agora, em 2025, o desafio não está apenas na geração de postos formais, mas também na qualidade das ocupações, na informalidade crescente e na capacidade de adaptação dos profissionais a novas exigências.
Este conteúdo apresenta um panorama completo da evolução do desemprego nos últimos 10 anos.
Qual é a tendência do desemprego?
De 2015 até 2025, a tendência do desemprego no Brasil passou por oscilações marcadas por crises econômicas, reformas estruturais e mudanças no perfil do mercado de trabalho. Em 2015, o país enfrentava um cenário de retração, com queda na confiança e aumento da desocupação.
A taxa de desemprego ultrapassou 10% em 2016 e chegou a picos superiores a 14% em 2021, durante a pandemia. Esse foi o maior patamar da série histórica recente. A partir de 2022, o cenário começou a se reverter, impulsionado pela recuperação de setores como serviços e comércio.
Em 2025, o desemprego segue em queda gradual, com taxa abaixo de 8%, segundo dados do IBGE. O movimento é sustentado por expansão do trabalho informal, programas de estímulo ao crédito e aumento da formalização em setores específicos.
A expectativa para os próximos anos depende de fatores como crescimento econômico, estabilidade fiscal e avanços na produtividade. Embora o número de ocupados tenha crescido, a qualidade dos empregos ainda é uma preocupação — com grande peso do trabalho por conta própria e contratos sem proteção social.
Analisar a tendência do desemprego exige considerar não apenas a taxa oficial, mas também a informalidade, subutilização e desalento. Esses indicadores mostram que, embora os números recentes apontem melhora, os desafios do mercado de trabalho permanecem.
O que influencia a taxa de desemprego?
A taxa de desemprego no Brasil é sensível a diversos fatores. Entre eles, os ciclos econômicos, decisões de política monetária, mudanças estruturais no mercado e transformações tecnológicas.
Entre 2015 e 2016, o país enfrentou uma das maiores recessões da história recente. O Produto Interno Bruto (PIB) caiu por dois anos seguidos, afetando diretamente o nível de atividade econômica. Nesse período, milhares de postos de trabalho foram encerrados, e o desemprego ultrapassou os 11%.
A pandemia de COVID-19, em 2020, causou um novo choque no mercado de trabalho. Com as medidas de distanciamento e o fechamento de setores como comércio e serviços, o desemprego voltou a subir. Em 2021, a taxa chegou a mais de 14%, o maior índice desde o início da série histórica da PNAD Contínua.
Outro fator relevante é a política monetária. O aumento da taxa de juros, como instrumento para conter a inflação, reduz o crédito, desestimula investimentos e limita a criação de novos empregos. Quando o custo do capital sobe, empresas adiam contratações e projetos de expansão.
As transformações tecnológicas também impactam a empregabilidade. A automação de tarefas repetitivas, o uso de algoritmos e a digitalização de processos têm mudado o perfil das vagas. Profissões tradicionais que não procuraram por atualização, perderam espaço, enquanto novas exigem habilidades técnicas específicas.
Por fim, a Reforma Trabalhista de 2017 alterou a dinâmica das contratações. A flexibilização dos contratos permitiu modalidades como o trabalho intermitente e o home office. Apesar de ampliar formas de inserção no mercado, parte dos contratos passou a oferecer menor proteção social, gerando debates sobre qualidade do emprego.
Como funciona o seguro-desemprego no Brasil?
O seguro-desemprego é um benefício temporário oferecido aos trabalhadores formais que foram dispensados sem justa causa. Criado para proteger financeiramente o cidadão durante o período de transição entre empregos, o benefício é garantido pela Constituição e regulamentado por leis trabalhistas.
O valor recebido varia conforme a média salarial dos últimos três meses antes da demissão. O pagamento é feito em parcelas mensais, entre três e cinco, dependendo do tempo trabalhado anteriormente.
Além de fornecer suporte financeiro, o seguro-desemprego também está ligado a programas de intermediação de mão de obra, como o SINE. Em alguns casos, o beneficiário é orientado a participar de cursos de qualificação profissional.
Quem tem direito ao seguro-desemprego?
Como já mencionado, o benefício é voltado a trabalhadores com carteira assinada que foram demitidos sem justa causa. Para ter direito, é necessário cumprir os seguintes requisitos:
- Ter recebido salários por pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses (na primeira solicitação);
- Não possuir renda própria suficiente para seu sustento e de sua família;
- Não estar recebendo benefício de prestação continuada da Previdência, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente;
- Não ter outra fonte de renda formal ativa.
No caso de pescadores artesanais, empregados domésticos e pessoas resgatadas de trabalho análogo à escravidão, regras específicas se aplicam.
Como solicitar o seguro-desemprego?
O pedido pode ser feito de forma online ou presencial. Atualmente, o processo digital é o mais utilizado. Veja os passos:
- Acesse o portal Gov.br ou baixe o aplicativo Carteira de Trabalho Digital;
- Faça login com seu CPF e senha;
- Clique em “Benefícios” → “Solicitar Seguro-Desemprego”;
- Preencha os dados solicitados com base no Termo de Rescisão;
- Envie o requerimento e aguarde a análise.
Também é possível agendar atendimento em unidades do SINE ou em postos do Ministério do Trabalho. Após a aprovação, o pagamento é realizado diretamente na conta bancária informada.
Por que continuar se atualizando é decisivo para sua carreira?
A dinâmica do mercado de trabalho mudou. Novas tecnologias, exigências regulatórias e modelos de negócio mais flexíveis criaram um ambiente em que a atualização profissional deixou de ser opcional. Mesmo em momentos de baixa na economia, as empresas continuam em busca de profissionais que conseguem se adaptar com rapidez.
De 2015 até 2025, quem naquele tempo poderia prever tamanha evolução, por exemplo, das inteligências artificiais?
Aqueles que se mantêm atualizados têm mais chances de transição entre empregos, maior empregabilidade e melhores condições de negociar salários. Cursos técnicos, formações rápidas e especializações são formas de ampliar as possibilidades profissionais, mesmo em setores que enfrentam instabilidade.
Nesse cenário, a FM2S se destaca como referência em qualificação profissional, com uma ampla oferta de cursos, certificações e MBAs reconhecidos no mercado. Os conteúdos são voltados à prática, com aplicação imediata em áreas como gestão, processos, qualidade, liderança, logística, engenharia e melhoria contínua.
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Buscar desenvolvimento contínuo é uma escolha estratégica, e contar com um parceiro confiável faz toda a diferença. Se o objetivo é crescer com consistência, a qualificação deve fazer parte do plano.
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