O que é o método MASP ?
Um dos principais objetivos organizacionais das empresas é a busca constante por qualidade e por soluções inovadoras que minimizem e evitem possíveis problemas e dificuldades.
Por isso é muito importante que as empresas, além de conhecer bem seus processos e atividades, estejam munidas de ferramentas que possibilitem identificar os problemas e que facilitem as tomadas de decisão para solucioná-los.
Uma dessas ferramentas é o MASP.
O que é e para que serve o MASP ?
O MASP, acrônimo de Método de Análise e Solução de Problemas, pode ser definido como uma metodologia estruturada e sistematizada para a resolução de problemas complexos em processos, produtos e serviços.
Foi criado no Japão pela JUSE (Union of Japanese Scientists and Engineers), onde era conhecido como QC-Story, e trazido para o Brasil ainda na década de 1980, quando o mercado passava a exigir cada vez mais qualidade das empresas.
Este método utiliza uma abordagem reativa, tomando ações corretivas e preventivas, além de descobrir e atacar os problemas dos processos pela raiz, priorizando-os e evitando a repetição destes por meio de padronização de procedimentos, com o objetivo de garantir resultados de excelência.
As etapas do MASP
O método MASP é constituído por oito etapas, e é importante ressaltar que, para ter o sucesso esperado, é necessário que a metodologia seja pautada por planejamento e disciplina,.e que cada uma delas seja cumpridas com comprometimento e afinco.
As oito etapas serão detalhadas a seguir:
1) Identificação do problema
A primeira etapa consiste em identificar o problema com base em um histórico de acontecimentos, entendendo seus riscos, ganhos e perdas.
É simples mas deve ser feita de maneira clara e criteriosa, pois é uma etapa muito importante para otimizar o tempo para resolução dos problemas.
Esta etapa envolve também a escolha do problema a ser resolvido (a partir do histórico e análise de ganhos e perdas), a formação da equipe e delegação das responsabilidades de cada um, e por fim, a definição de metas de melhoria.
2) Observação
A segunda etapa é a de observação. Consiste no levantamento das características do problema a partir da observação do local e de uma coleta de dados consistente.
O problema deve ser observado sob diversos pontos de vista, como pela maneira como os resultados variam, como variam conforme o local, conforme o indivíduo ou equipe, ou com qual periodicidade.
3) Análise
Nesta etapa são levantadas as hipóteses para entender o problema. As causas raiz dos problemas devem ser analisadas de maneira clara e “científica”, utilizando ferramentas, informações, fatos e análise de dados para uma conclusão objetiva.
É uma das etapas mais importante do processo, pois parte de um grande número de possíveis causas influentes para a identificação da causa fundamental, sobre a qual serão aplicados testes de consistência.
4) Plano de ação
Descoberta e comprovada a causa ou as causas fundamentais, deve ser estabelecido um plano de ação para eliminá-las.
Deve ser verificado se as ações estão surtindo efeito sobre elas, qual sua eficácia, quais metas serão atingidas e quais são os índices de controle. Ou seja, é o momento de definir e documentar a estratégia a ser seguida.
5) Ação
A próxima etapa é o momento de colocar em prática o plano de ação.
Se inicia com a comunicação do plano com as pessoas envolvidas, passa pela execução e capacitação dos executores, e por fim, o acompanhamento das ações para verificar se sua execução foi feita de forma correta e conforme o planejado.
6) Verificação de resultados
Após a aplicação do plano de ação, é o momento de verificar quantitativa e qualitativamente a eficácia das ações e seu impacto nos resultados.
Devem ser comparados o antes e o depois da aplicação do plano, listados os efeitos positivos e negativos, e caso os efeitos forem negativos, se a ação foi implementada conforme o planejado.
7) Padronização
Caso as ações tomadas tenham sido eficazes e provocado resultados efetivos, elas podem se tornar novos métodos de trabalho. Deve ser feita uma padronização para registrar as medidas efetivas e também evitar que as falhas se perpetuem.
Deve ser garantido que a nova sistemática seja transmitida para todas as áreas e equipes envolvidas e que a utilização seja acompanhada por sistemas de medição.
8) Conclusão
A etapa final do método MASP é a conclusão.
Basicamente, o objetivo dessa etapa é rever todo o processo de solução de problemas e planejar os trabalhos futuros aplicando as lições aprendidas em novas oportunidades de melhoria.
MASP ou PDCA ?
Na verdade, os dois métodos estão muito relacionados e se utilizados de forma integrada podem trazer muitos benefícios.
O ciclo PDCA é dividido em 4 fases: Planejar (Plan), Fazer (Do) , Checar (Check), Agir (Act). E cada uma das oito etapas do MASP está relacionada a cada uma delas.
E como os métodos estão relacionados ?
A primeira fase (Planejar) do PDCA é quando é feito um planejamento envolvendo metas, métodos e objetivos, e está relacionada às etapas 1, 2, 3 e 4 do MASP (Identificação do Problema, Observação, Análise e Plano de Ação).
A segunda fase (Fazer) é a etapa da execução do plano elaborado, e está relacionada à etapa 5 do MASP (Ação).
A terceira fase (Checar) se inicia junto com a execução do plano, de modo a analisar os resultados o quanto antes. Está relacionada com a etapa 6 do MASP (Verificação).
Já a última etapa (Agir) é o momento de consolidar as ações que deram certo, corrigir os erros e padronizá-las na organização. Está relacionada às etapas 7 e 8 do MASP (Padronização e Conclusão).
Enquanto o MASP se trata de um método sistêmico para reduzir a incidência de não conformidades através da tomada de ação, o PDCA é um método de investigação de fatos, causas e efeitos para melhorar os processos internos e os resultados.
O importante é resolver o problema do jeito certo !
Ter um método é essencial, pois garante a execução de forma organizada e sequencial, mas deve ser aplicado com disciplina e oferecendo treinamento aos executores.
O MASP é um método simples e eficaz, essencial para empresas que desejam implementar processos padronizados e diminuir os erros na produção. Porém, para solucionar problemas a complexidade deve se ater ao problema, não ao método.
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