MASP: método de análise e solução de problemas
MASP

05 de abril de 2018

Última atualização: 24 de fevereiro de 2023

O que é o método MASP ?

O MASP possibilita um dos principais objetivos organizacionais das empresas na busca constante por qualidade e por soluções inovadoras que minimizem e evitem possíveis problemas e dificuldades. Por isso é muito importante que as empresas, além de conhecer bem seus processos e atividades, estejam munidas de ferramentas que possibilitem identificar os problemas e que facilitem as tomadas de decisão para solucioná-los.

O que é e para que serve o MASP ?

O MASP, acrônimo de Método de Análise e Solução de Problemas, é uma metodologia estruturada e sistematizada para a resolução de problemas complexos em processos, produtos e serviços. Surgiu no Japão pela JUSE (Union of Japanese Scientists and Engineers), conhecido como QC-Story, e veio para o Brasil ainda na década de 1980. Enquanto o mercado passava a exigir cada vez mais qualidade das empresas. Este método utiliza uma abordagem reativa, tomando ações corretivas e preventivas, além disso, descobrir e atacar os problemas dos processos pela raiz, priorizando-os e evitando a repetição destes por meio de padronização de procedimentos, com o objetivo de garantir resultados de excelência.

Vantagens da utilização do MASP

O Modelo de Análise e Solução de Problemas (MASP) é uma metodologia amplamente utilizada para solução de problemas em diferentes áreas, incluindo negócios, tecnologia da informação e saúde. Algumas das principais vantagens da utilização do MASP incluem:

  1. Eficiência: O MASP é uma metodologia sistemática e estruturada para solução de problemas, permitindo a identificação e resolução de problemas de maneira mais eficiente e eficaz.
  2. Consistência: O MASP fornece uma abordagem consistente para solução de problemas, garantindo que todos os passos necessários sejam seguidos e que nenhum passo importante seja esquecido.
  3. Melhoria contínua: O MASP permite que as soluções de problemas sejam avaliadas e melhoradas continuamente, garantindo que soluções mais eficazes sejam implementadas ao longo do tempo.
  4. Comunicação clara: O MASP facilita a comunicação entre equipes, garantindo que todos os envolvidos tenham uma compreensão clara dos problemas e das soluções propostas.
  5. Tomada de decisão baseada em dados: O MASP incentiva a coleta de dados e informações relevantes para solução de problemas, permitindo que decisões sejam tomadas com base em fatos concretos e não em suposições ou julgamentos subjetivos.

Em resumo, o uso do MASP pode melhorar a eficiência, consistência, melhoria contínua, comunicação clara e tomada de decisão baseada em dados na solução de problemas em diferentes áreas.

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As etapas do MASP

O método MASP é constituído por oito etapas, e é importante ressaltar que, para ter o sucesso esperado, é necessário que a metodologia seja pautada por planejamento e disciplina, enquanto cada uma delas seja cumpridas com comprometimento e afinco. Segue a descrição das oito etapas:

1) Identificação do problema

A primeira etapa consiste em identificar o problema com base em um histórico de acontecimentos, entendendo seus riscos, ganhos e perdas. É simples mas deve ser feita de maneira clara e criteriosa, pois é uma etapa muito importante para otimizar o tempo para resolução dos problemas. Esta etapa envolve também a escolha da resolução do problema (a partir do histórico e análise de ganhos e perdas), a formação da equipe e delegação das responsabilidades de cada um, e por fim, a definição de metas de melhoria.

2) Observação

A segunda etapa é a de observação. Consiste no levantamento das características do problema a partir da observação do local e de uma coleta de dados consistente. O problema deve ser analisado sob diversos pontos de vista, como pela maneira como os resultados variam, como variam conforme o local, conforme o indivíduo ou equipe, ou com qual periodicidade.

3) Análise

Nesta etapa levantam-se as hipóteses para entender o problema. As causas raiz dos problemas devem ser analisadas de maneira clara e “científica”, utilizando ferramentas, informações, fatos e análise de dados para uma conclusão objetiva. É uma das etapas mais importante do processo, pois parte de um grande número de possíveis causas influentes para a identificação da causa fundamental, sobre a qual se aplicam testes de consistência.

4) Plano de ação

Descoberta e comprovada a causa ou as causas fundamentais, é preciso estabelecer um plano de ação para eliminá-las. A partir desse ponto verifica-se as ações estão surtindo efeito sobre elas, qual sua eficácia, quais metas vão ser alcançadas e quais são os índices de controle. Ou seja, é o momento de definir e documentar a estratégia de negócio.

5) Ação

A próxima etapa é o momento de colocar em prática o plano de ação. Se inicia com a comunicação do plano com as pessoas envolvidas, passa pela execução e capacitação dos executores, e por fim, o acompanhamento das ações para verificar se sua execução foi feita de forma correta e conforme o plano.

6) Verificação de resultados

Após a aplicação do plano de ação, é o momento de verificar quantitativa e qualitativa a eficácia das ações e seu impacto nos resultados. Analisa-se o antes e o depois da aplicação do plano, listados os efeitos positivos e negativos, e caso os efeitos forem negativos, se a ação funcionou conforme o planejado.

7) Padronização

Caso as ações tomadas tenham sido eficazes e provocado resultados efetivos, elas podem se tornar novos métodos de trabalho. Deve ser feita uma padronização para registrar as medidas efetivas e também evitar que as falhas se perpetuem. É necessário que a nova sistemática passe para todas as áreas e equipes envolvidas e que a utilização tenha acompanhamento por sistemas de medição.

8) Conclusão

A etapa final do método MASP é a conclusão. Portanto, o objetivo dessa etapa é rever todo o processo de solução de problemas e planejar os trabalhos futuros aplicando as lições aprendidas em novas oportunidades de melhoria.

Qual é a diferença entre MASP e PDCA?

Na verdade, os dois métodos estão muito relacionados e se utilizados de forma integrada podem trazer muitos benefícios. O ciclo PDCA é dividido em 4 fases: Planejar (Plan), Fazer (Do) , Checar (Check), Agir (Act). E cada uma das oito etapas do MASP está relacionada a cada uma delas.

E como os métodos estão relacionados ?

A primeira fase (Planejar) do PDCA é quando é feito um planejamento envolvendo metas, métodos e objetivos, e está relacionada às etapas 1, 2, 3 e 4 do MASP (Identificação do Problema, Observação, Análise e Plano de Ação). A segunda fase (Fazer) é a etapa da execução do plano elaborado, e está relacionada à etapa 5 do MASP (Ação). A terceira fase (Checar) se inicia junto com a execução do plano, de modo a analisar os resultados o quanto antes. Está relacionada com a etapa 6 do MASP (Verificação). Já a última etapa (Agir) é o momento de consolidar as ações que deram certo, corrigir os erros e padronizá-las na organização. Está relacionada às etapas 7 e 8 do MASP (Padronização e Conclusão). Enquanto o MASP se trata de um método sistêmico para reduzir a incidência de não conformidades através da tomada de ação, o PDCA é um método de investigação de fatos, causas e efeitos para melhorar os processos internos e os resultados.

O importante é resolver o problema do jeito certo !

Ter um método é essencial, pois garante a execução organizada e sequencial, mas o mesmo deve ser feito com disciplina e oferecendo treinamento aos executores. O MASP é um método simples e eficaz, essencial para empresas que desejam implementar processos padronizados e diminuir os erros na produção. Contudo, para solucionar problemas a complexidade deve se ater ao problema, não ao método. Por certo, conheça mais sobre a resolução de problemas cursando gratuitamente nosso curso de White Belt.

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Virgilio F. M. dos Santos

Virgilio F. M. dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

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