Inteligência emocional e a importância em sua carreira
Liderança

15 de outubro de 2020

Última atualização: 11 de abril de 2023

Inteligência emocional e a importância em sua carreira

Você conhece o livro de Daniel Goleman, “Inteligência emocional: A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente”? É uma das obras mais conceituadas sobre o termo inteligência emocional e traz reflexões em torno de a razão ser a única forma de demonstrarmos que somos inteligentes.

Mas você sabe o que é inteligência emocional? A inteligência emocional não é algo simples de ser analisado objetivamente, sendo altamente influenciada por aspectos permanentes do indivíduo como traços de personalidade e temperamento. 

Assim, pessoas emocionalmente inteligentes desfrutam de muitos benefícios em sua vida pessoal e carreira, como ter reconhecimento no âmbito profissional e capacidade de liderança.

Qual é o conceito de inteligência emocional?

Inteligência emocional é a capacidade de lidar com emoções por meio algumas habilidades e competências. Em suma, diz respeito à forma como encaramos, processamos, compreendemos e controlamos nossas próprias emoções e como as usamos para nosso benefício. Assim, alguém que é emocionalmente inteligente consegue identificar e controlar suas emoções mais facilmente.

A inteligência emocional está intensamente conectada com características advindas da interação com outras pessoas e não só voltada a um olhar para nossa própria mente.

Como surgiu a inteligência emocional?

A teoria da inteligência emocional surgiu a partir do trabalho de Peter Salovey e John D. Mayer, que foram os primeiros a definir e estudar a inteligência emocional como uma forma distinta de inteligência. Eles descreveram a inteligência emocional como a capacidade de perceber, compreender e gerenciar as emoções próprias e alheias.

O papel de Daniel Goleman

A teoria da inteligência emocional foi popularizada pelo psicólogo e escritor Daniel Goleman em seu livro "Inteligência Emocional: Por que é importante mais do que a inteligência racional", de 1995. No livro, Goleman argumenta que a inteligência emocional é tão importante quanto a inteligência racional e pode ter um impacto significativo no sucesso profissional e pessoal.

Desde então, a inteligência emocional tem sido amplamente estudada e é amplamente aceita como uma forma valiosa de inteligência. É usada em muitas áreas, incluindo educação, psicologia, recursos humanos e desenvolvimento de liderança.

Inteligência emocional no trabalho

No ambiente de trabalho, a inteligência emocional pode ser um fator crítico para o sucesso profissional e pessoal.

Pessoas com altos níveis de inteligência emocional são capazes de lidar de forma eficaz com as pressões e desafios do ambiente de trabalho, mantendo a calma e a objetividade mesmo em situações estressantes. Elas também são capazes de desenvolver relacionamentos saudáveis e colaborativos com colegas, superiores e subordinados, o que é fundamental para o sucesso em equipe.

A inteligência emocional também pode ajudar a melhorar a liderança. Líderes com inteligência emocional são capazes de inspirar e motivar suas equipes, além de construir relacionamentos saudáveis com seus subordinados. Eles também são capazes de compreender e gerenciar as emoções das pessoas ao seu redor, o que os ajuda a lidar com situações desafiadoras de forma eficaz.

No entanto, é importante lembrar que a inteligência emocional não é uma habilidade fixa e pode ser desenvolvida ao longo do tempo. Treinamentos, prática consciente e autoconhecimento são ótimas maneiras de aumentar a inteligência emocional no ambiente de trabalho.

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O que fazer para desenvolver a inteligência emocional?

Muitos traços de personalidade e características de temperamento são aspectos permanentes de um indivíduo, porém há pontos e circuitos da mente humana que podem ser desenvolvidos e trabalhados. São eles que irão impactar o desenvolvimento e o nível de sua inteligência emocional.

Para desenvolver a inteligência emocional primeiramente devemos revisar os pilares, habilidades e competências que ela envolve e perceber em que pontos estamos falhando para então trabalhá-los. É preciso trabalhar melhor suas relações e desenvolver empatia, reconhecer, saber controlar e usar a favor suas emoções, refletir sobre seu próprio comportamento e saber lidar com sentimentos negativos, praticar resiliência e trabalhar na sua autoestima. 

Tomas Chamorro-Premuzic, professor de psicologia empresarial na University College London e na Columbia University, também associado do Laboratório de Finanças Empresariais de Harvard, publicou um artigo para o Harvard Business Review em que falava sobre 5 passos fundamentais para elevar o nível da inteligência emocional:

  1. Transformar autoengano em autoconsciência;
  2. Transformar o foco em si mesmo em foco nos outros;
  3. Tornar a convivência gratificante por meio de suas ações;
  4. Ter controle em momentos “explosivos”;
  5. Ser e demonstrar humildade.

Quanto maior for seu nível de inteligência emocional, maior será sua satisfação pessoal. Cada vez mais você será capaz de controlar suas emoções e ações advindas de sentimentos e, então, ter o verdadeiro domínio sobre sua vida, naturalmente a sensação de bem-estar acompanha essa mudança.

Autoconhecimento e inteligência emocional

Ter um bom nível de autoconhecimento é um grande aliado no entendimento e interpretação das próprias emoções. Só com ele você vai compreender melhor o que essas emoções querem dizer e elevar isso a conexões maiores no âmbito da sua personalidade, conseguindo lidar cada vez melhor com elas. O caminho do autoconhecimento está altamente relacionado aos pilares da inteligência emocional.

Começar a se observar e identificar emoções e como elas se manifestam para você é o primeiro passo em uma jornada de autoconhecimento e desenvolvimento da inteligência emocional. Nesse caminho, um grande aprendizado é quando há uma aceitação de emoções negativas, falar sobre e sentir vergonha, medo, dor e é aí que o esforço de se autoconhecer começa a ser absorvido.

Com esse maior entendimento e controle sobre as emoções, você se coloca em uma posição de vulnerabilidade, em que se colocar em posição de exposição emocional está altamente ligado às conexões profundas que fazemos. É ai que entra a empatia, quando você se conecta com alguém que manifesta emoções tristes, assume erros e de certa forma não só transparecem emoções boas e conquistas, há uma maior facilidade de identificação. Mostrar somente a perfeição te torna inatingível e, quando você adquire essa habilidade de enxergar através de outras perspectivas, maiores são as possibilidades de conexões mais significativas.

Dessa forma, os aspectos de reconhecimento e controle emocional, empatia e relações interpessoais, pilares da inteligência emocional, dependem de um processo de autoconhecimento.

Quais são os 5 pilares da inteligência emocional?

A inteligência emocional possui 5 pilares que regem seu funcionamento e eles facilitam a compreensão da ideia como um todo, são eles:

Autoconhecimento emocional

Nós somos seres dotados de sentimentos e independente de um traço característico de mais ou menos sensibilidade a eles, somos afetados em algum grau. A emoção é intrínseca a cada um de nós e o desafio é aprendermos a reconhecer e entender nossos próprios sinais e formas de reagir.

Controle emocional

Além de reconhecer a existência e a presença de nossos sentimentos é necessário saber lidar com eles. Essa é uma tarefa árdua e não ter esse controle nos faz dependentes de nossas emoções e perder o real domínio sobre a vida.

Automotivação

É a habilidade de conseguir redirecionar sentimentos e emoções em busca de um objetivo ou ganho pessoal. Se manter firme em meio a adversidades profissionais, a fim de bater metas pessoais e sentir a satisfação do dever cumprido, é um exemplo de automotivação.

Empatia

É o respeito, não julgamento prévio e busca pelo entendimento das emoções e ações dos outros, mesmo que você não concorde ou faça diferente.

Relacionamentos interpessoais

O último pilar trata dos relacionamentos humanos como a base da vida em sociedade e essas interações vêm da nossa capacidade de gerir e entender o sentimento alheio. Elas são necessárias para manter os impactos positivos e negativos em nossa vida proporcionados pelo compartilhamento de emoções.

Quais são os tipos de inteligência emocional?

Autoconhecimento emocional

É a capacidade de reconhecer, compreender e avaliar seus próprios sentimentos e emoções. Isso inclui ter uma compreensão clara dos seus pontos fortes e fracos emocionais, bem como dos fatores que desencadeiam determinadas emoções.

Autogestão emocional

Refere-se à capacidade de controlar e gerenciar suas emoções, mesmo em situações estressantes ou desafiadoras. Isso inclui ser capaz de regular suas emoções, manter a calma e a serenidade, e evitar a impulsividade.

Empatia

É a habilidade de se colocar no lugar dos outros, sentir e compreender seus sentimentos e perspectivas. A empatia é importante para a construção de relacionamentos saudáveis ​​e para a resolução de conflitos.

Habilidade de relacionamento interpessoal

Refere-se à capacidade de estabelecer e manter relacionamentos saudáveis ​​e bem-sucedidos com outras pessoas. Isso inclui ser capaz de comunicar de forma clara, ouvir ativamente e resolver conflitos de maneira eficaz.

Inteligência social

Refere-se à habilidade de entender as normas sociais, comportamentos e expectativas dos outros, e se adaptar a eles de maneira apropriada. Isso inclui ser capaz de ler sinais sociais e compreender as motivações subjacentes das pessoas.

Por que é importante desenvolver a inteligência emocional?

É através da inteligência emocional que encontramos uma forma saudável de se viver. Com ela é possível encontrar um equilíbrio entre razão e sentimentos, canalizar emoções negativas e lidar com comportamentos prejudiciais, da mesma forma que emoções positivas são potencializadas, e assim conseguimos obter resultados nos nossos âmbitos de convivência.

Ser emocionalmente inteligente te possibilita melhores relações com o outro, menos ansiedade e estresse, aumento da empatia pelo próximo, elevação da autoestima, equilíbrio emocional, conseguir ser mais responsável e comprometido e muitos outros benefícios que se desenrolam junto ao passar do tempo.

Carreira e a inteligência emocional no trabalho

Já sabemos da importância da inteligência emocional, mas como aplicá-la no âmbito profissional? Uma vez que o trabalho está amplamente ligado à razão, a maioria das pessoas acredita que não se deve misturar sentimentos com a vida profissional, principalmente durante tomadas de decisão.

Suas emoções fazem parte de você e usá-las ao seu favor podem maximizar seu desempenho no trabalho.

Voltando aos pilares já citados anteriormente, a automotivação é uma grande aliada na busca por melhorar sua produtividade e por meio dela você pode tornar sua rotina muito menos desgastante e encontrar mais prazer ao desempenhar suas funções.

Quando compreendemos nossas forças e fraquezas e nossas emoções, também conseguimos reconhecer nossos pontos fracos e aprendemos a lidar com eles, trabalhar em cima disso para uma maior aceitabilidade e melhoria e não apenas escondê-los. Da mesma forma, ao identificar nossos pontos fortes conseguimos fortalecê-los e nos tornarmos cada vez melhores naquilo. O autoconhecimento é uma peça chave nesse processo.

Dessa forma, o desenvolvimento da inteligência emocional está ligado ao seu sucesso na vida profissional. É necessário reconhecer que, seja em qualquer lugar, nossos sentimentos e emoções são o que nos movem.

Uma pessoa emocionalmente inteligente é aquela que está mais apta a lidar com desafios e percalços do dia a dia, é através dela que você conseguirá se manter calmo e concentrado em suas atividades mesmo com mudanças abruptas no escopo ou surgimento de novas prioridades, sem deixar que o desespero e a emoção tome conta de suas ações.

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Comportamentos que revelam inteligência emocional

Pessoas emocionalmente inteligentes, muitas vezes, deixam de perceber o quanto suas ações e seu comportamento revelam essa capacidade de conduzir sentimentos e emoções. Entretanto, elas podem ser facilmente notadas através de características e situações como: grande respeito e empatia, até em situações adversas ao que acredita, saber ouvir, não guardar rancor, evitar comparações, entender o porquê de estar bem ou mal em cada momento, saber dizer não, entre muitos outros. 

É fácil notar que todas características citadas estão relacionadas aos pilares da inteligência emocional, e no ambiente de trabalho elas se tornam ainda mais evidentes quando essas pessoas sabem trabalhar em equipe, liderar, possuem voz ativa, atuam em várias frentes, conseguem trabalhar bem sob pressão, não se submetem a qualquer condição de trabalho e estão sempre alinhados à cultura da empresa. Além de exemplo dentro do ambiente de trabalho, pessoas emocionalmente inteligentes se destacam.

Como avaliar minha inteligência emocional

O sentimento de bem-estar, mesmo sob situações adversas, é um bom indício de que você seja um indivíduo emocionalmente inteligente. Ainda, se você é uma pessoa que consegue equilibrar suas emoções e a razão, é adaptável a diferentes situações, pode-se dizer que possui uma inteligência emocional elevada. Caso contrário, trabalhar a maneira como você encara e lida com isso é crucial para se viver de maneira mais saudável.

Aqui podemos citar as competências fundamentais em que você pode revisitar suas ações e fazer uma autoavalição. Dessa forma, identifique os pontos que precisa trabalhar para ser emocionalmente inteligente e desfrutar de todos benefícios que isso trará para sua vida pessoal e carreira:

  1. Autocontrole emocional;
  2. Autoconsciência sentimental;
  3. Gestão de conflitos;
  4. Resiliência;
  5. Trabalho em equipe;
  6. Adaptabilidade;
  7. Gratidão.

Quais são as melhores palestras sobre inteligência emocional?

Não há uma lista definitiva de "melhores" palestras de inteligência emocional, pois isso depende muito dos objetivos específicos e do público alvo. No entanto, algumas palestras e palestrantes conhecidos por seus insights e perspectivas únicas na área de inteligência emocional incluem:

Brené Brown

Brown é uma pesquisadora e escritora que se concentra em liderança, coragem e vulnerabilidade. Suas palestras abordam como a inteligência emocional e a autoconfiança são importantes para o crescimento pessoal e profissional.

Marcia Reynolds

Reynolds é uma coach de liderança e autora que se concentra em comunicação eficaz e resolução de conflitos. Suas palestras abordam como a inteligência emocional pode ser usada para melhorar as habilidades de relacionamento e resolução de conflitos.

Tasha Eurich

Eurich é uma pesquisadora organizacional e autora que se concentra em liderança e autoconhecimento. Suas palestras abordam como a inteligência emocional pode ser usada para melhorar a auto consciência e a habilidade de lidar com mudanças.

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Equipe FM2S .

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Esse blog foi escrito por um membro da equipe FM2S