INCC

27/12/2015

Última atualização: 25/01/2023

Gráficos e Indicadores para entender a crise de 2015

Como estão os Gráficos e Indicadores Construção Civil?


Fim do ano, 2016 batendo a porta, e por isto, vamos aproveitar para analisar alguns gráficos e indicadores sobre quantas anda nosso país. Serei breve nas reflexões comentários e darei mais ênfase nos dados e gráficos. Assim, ficará um relatório mais breve de ser lido e mais rico de ser interpretado.


Vamos começar com o setor que há anos atrás, era a grande oportunidade e queridinho do Brasil: construção civil. Como será que está nosso INCC (Índice Nacional de Custos da Construção)? Figura 1.



Figura 1: análise de tendência exponencial para o INCC de 1993 a 2015 - Fonte: FGV.


Pela figura 1, pode-se perceber que aproximar o INCC por uma curva exponencial, é uma boa aproximação. Deste modo, é pode-se notar os anos em que o crescimento esteve acima e abaixo da curva. Por meio desta observação é possível verificar os anos pré-aceleração (maio de 2003 até 2008) e o ano pré-crise (2013). Parece, a primeira vista e sem muita análise, ser o INCC um bom indicador para predizermos o comportamento do mercado imobiliário.


Outra análise interessante, é comparar o custo médio do m² (fonte:IBGE) com o INCC. Como será que estes dois indicadores se comportam ao longo do tempo? Será que a indústria da construção está conseguindo repassar seus custos ao valor do m²?



Figura 2: comparação entre o custo médio do m² e INCC. Comparação feita por meio de um gráfico de tendência e por meio de um gráfico de dispersão.


Pela figura 2, não é possível observar muitas alterações, com um R² de 98,4% e baixa dispersão do modelo. Há dois degraus, um em 1999 e outro em 2013, que merecem destaque na curva do preço médio do m². Mas mesmo assim, a relação dos dois é bastante forte.


Outro indicador, que interessa a todos, é o saldo dos empregos na construção civil. Como está o saldo de empregos formais calculados pelo CAGED para o setor. Figura 3.



Figura 3: saldo dos empregos formais na construção civil (fonte: CAGED).


Pela figura 3, é possível verificarmos um ápice no saldo em 2010 e depois, uma queda acentuada nos últimos anos. Vamos colocar mais alguns números. Para isto, lançamos mão da figura 4 que nos mostrará qual o número de unidades financiadas.



Figura 4: evolução do número de unidades financiadas. (fonte: Bacen)


Na figura 4 é possível observar que voltamos a 2009, quando o assunto é número de unidades financiadas para aquisição. Mercado gelou. Para valores, figura 5, a realidade é muito parecida.



Figura 5: evolução do valor de unidades financiadas. (fonte: Bacen)


E, encerramos a análise da construção civil com o balanço de unidades ofertadas em São Paulo (fig. 6).



Figura 6: balanço das unidades ofertadas.



Como está a indústria de transformação?


E a indústria de transformação? Como será que está?



Figura 7: faturamento real deflacionado. (fonte: CNI)



Figura 8: emprego indústria de transformação. (fonte: CNI)


Quando olhamos para a indústria, a coisa não está nada boa. Chegamos ao mesmo nível de emprego de meados de 2006, com um faturamento de meados de 2010. Qualquer que seja a análise, a indústria involuiu muito.



Figura 9: horas trabalhadas na produção dessazonalizada. (fonte: CNI)


Quando olhamos para as horas trabalhadas na produção, o indicador de outubro de 2015 bate o recorde negativo da série, chegando abaixo de agosto de 2003. Dispensas, férias coletivas e renegociação da mão de obra, são alguns dos itens que a fábrica terá de negociar, se tudo continuar como está.



Figura 10: % de utilização da capacidade instalada. (fonte: CNI)



Gostou dos gráficos? Quer aprender a construí-los?



Agora, como apresentar isso para seus colegas?



Quais as melhores Práticas de Visualização de Dados?


Existem quatro tipos básicos de apresentação que você pode usar para apresentar seus dados:




A menos que você seja um estatístico ou um analista de dados, é provável que use apenas os dois tipos de análise de dados mais utilizados: Comparação ou Composição.



Como selecionar um gráfico direito?


Para determinar qual gráfico é mais adequado para cada um desses tipos de apresentação, primeiro você deve responder algumas perguntas:




Os gráficos de barras são bons para comparações, enquanto os gráficos de linha funcionam melhor para as tendências. Os gráficos de gráficos de dispersão são bons para relacionamentos e distribuições, mas os gráficos de torta devem ser usados apenas para composições simples - nunca para comparações ou distribuições.



Posso utilizar tabelas nas apresentações?


As tabelas são essencialmente a fonte de todos os gráficos. Eles são melhor utilizados para comparação, composição ou análise de relacionamento quando existem apenas poucas variáveis e pontos de dados. Não faz muito sentido criar um gráfico se os dados puderem ser facilmente interpretados a partir da tabela.



Use tabelas quando:



Use gráficos quando a apresentação dos dados:



Por exemplo, se você deseja mostrar a taxa de mudança, como queda repentina de temperatura, é melhor usar um gráfico que mostra a inclinação de uma linha, porque a taxa de troca não é facilmente compreendida em uma tabela.


Assim como os demais indicadores, a figura 10 mostra mais um recorde negativo. Brasil chegando a 78% de capacidade instalada sendo utilizada. Número péssimo. Abordados no Green Belt e Black Belt.