Satisfação do Cliente

12/05/2025

Última atualização: 12/05/2025

Jornada do cliente: etapas e aplicação prática

Você provavelmente já ouviu falar em jornada do cliente. O termo ganhou força no marketing e nas vendas, mas ainda gera dúvidas. Afinal, o que está por trás desse conceito e por que ele importa tanto nas decisões de negócio?

A jornada do cliente é mais do que um caminho previsível até a compra. Ela envolve fases que vão do primeiro contato com a marca até o pós-venda — e cada uma dessas etapas exige atenção. Quando bem estruturada, essa jornada ajuda a entender comportamentos, ajustar estratégias e aumentar a conversão.

Neste conteúdo, você vai ver como a jornada do cliente impacta os resultados e o relacionamento com seu público. Vamos detalhar cada etapa e mostrar como aplicar isso de forma objetiva.

O que é jornada do cliente?

A jornada do cliente representa o caminho percorrido por uma pessoa desde o primeiro contato com uma marca até o momento em que ela decide comprar — e depois disso também. Não se trata de um processo linear ou fixo. Cada cliente vive esse trajeto de forma própria, ainda que certos padrões se repitam.

Entender essa jornada significa mapear os principais pontos de interação com o público. Sites, redes sociais, equipe comercial e até canais de suporte fazem parte dessa rota. A empresa precisa estar preparada para oferecer respostas em cada um desses momentos.

Comportamentos mudam ao longo do tempo, e o acesso à informação tornou o consumidor mais exigente. Por isso, conhecer a jornada do cliente permite ajustar o tom da comunicação, priorizar ações e antecipar objeções, aumentando as chances de engajamento e conversão.

Empresas que ignoram esse processo geralmente operam no escuro. Gastam mais para vender e oferecem uma experiência genérica. Já aquelas que se baseiam no comportamento real do cliente conseguem ser mais assertivas, inclusive no pós-venda.

Por que esse conceito ganhou relevância?

Com o avanço digital, o cliente passou a ter mais controle sobre a própria decisão de compra. Ele pesquisa, compara e escolhe com mais autonomia. Isso mudou a forma como as empresas precisam se posicionar ao longo da jornada.

A relevância do tema aumentou por alguns motivos claros:

Em vez de focar apenas na venda, as empresas mais preparadas passaram a olhar para o processo como um todo. Isso não apenas melhora a conversão, mas cria relacionamentos duradouros e mais sustentáveis com a base de clientes.

Diferença entre jornada do cliente e funil de vendas

Apesar de parecerem semelhantes, jornada do cliente e funil de vendas não são a mesma coisa. Entender essa diferença evita erros na estratégia e ajuda a alinhar melhor as áreas de marketing, vendas e atendimento.

funil de vendas é uma representação da visão da empresa sobre o processo de compra. Ele divide os contatos em etapas como:

Já a jornada do cliente parte da perspectiva do consumidor. Ela considera o que ele sente, busca, percebe e espera em cada fase. Ou seja, o foco está na experiência e nos comportamentos reais ao longo do tempo, e não apenas nos números do processo de vendas.

Enquanto o funil é transacional, a jornada é relacional.

Ambas as ferramentas podem (e devem) ser usadas juntas. O que muda é o ponto de vista. A empresa que entende essa diferença consegue se posicionar melhor em cada ponto de contato, sem empurrar uma venda antes da hora.

As 5 etapas da jornada do cliente

A jornada do cliente é composta por etapas que refletem o nível de consciência e interesse da pessoa em relação a uma necessidade — e como ela evolui até a compra (e depois dela).

Entender essas fases ajuda a oferecer o conteúdo certo, no momento certo. Abaixo, você verá cada uma das cinco etapas e o que deve ser observado em cada uma delas.

1. Aprendizado e descoberta

Aqui o cliente ainda não percebe que tem um problema claro. Ele está navegando por curiosidade ou buscando algum tipo de informação inicial, sem intenção de compra.

O papel da empresa nessa etapa é informar, sem pressionar. É quando conteúdos educativos ganham força.

O que oferecer:

2. Reconhecimento do problema

O consumidor começa a perceber que existe uma situação a ser resolvida. Ele busca entender melhor o que está enfrentando e quais os impactos de manter tudo como está.

Aqui, o objetivo é mostrar que o problema é real e tem solução.

O que oferecer:

3. Consideração da solução

Agora o cliente avalia alternativas. Ele sabe o que precisa resolver e começa a comparar ferramentas, serviços ou fornecedores que possam ajudá-lo.

É o momento de apresentar diferenciais, mostrar autoridade e trazer provas sociais.

O que oferecer:

4. Decisão de compra

Nesta etapa, o cliente está prestes a decidir. Ele já fez pesquisas, entendeu as opções e agora analisa propostas ou espera um estímulo final para avançar.

É hora de reforçar a confiança.

O que oferecer:

5. Pós-venda e fidelização

A jornada não termina com a compra. O pós-venda é uma fase estratégica para manter o cliente ativo e engajado. Além disso, é onde surgem oportunidades de upsell, renovação e recomendação.

O que oferecer:

Como mapear a jornada do seu cliente

Mapear a jornada do cliente não é só um exercício teórico. É uma ferramenta de decisão. Quando feita com base em dados e observação real, ajuda a identificar gargalos e melhorar a comunicação em cada etapa.

Esse mapeamento envolve quatro pilares:

Conheça seu público-alvo

Não tem como entender a jornada sem saber com quem se está falando. Perfis genéricos levam a ações genéricas. Quanto mais detalhado for o perfil, mais próximo da realidade será o mapeamento.

Considere:

Se possível, use entrevistas e dados de comportamento para validar essas informações. Evite achismos.

Identifique os pontos de contato (touchpoints)

Os touchpoints são todos os momentos em que o cliente interage com sua marca. Pode ser um clique no site, uma conversa no WhatsApp ou um comentário em rede social.

Mapeie:

Essas respostas ajudam a entender onde investir mais atenção e quais pontos precisam ser ajustados.

Entenda os obstáculos e motivações em cada etapa

A jornada do cliente não é só sobre o que ele faz, mas sobre por que faz. Entender os obstáculos — como desconfiança, excesso de opções ou falta de urgência — ajuda a criar conteúdos mais persuasivos.

Busque entender:

A lógica aqui é simples: quanto melhor a leitura do cenário, mais eficaz será a ação tomada.

Ferramentas para mapear a jornada do cliente

Você pode começar com planilhas ou quadros visuais. Mas, à medida que o negócio cresce, é útil contar com ferramentas específicas. Elas facilitam a coleta de dados e o acompanhamento da experiência.

Algumas opções:

Usar ferramentas certas encurta o tempo de análise e torna o processo mais confiável.

Aplicação prática: como adaptar a jornada à sua empresa

Saber como a jornada funciona na teoria é um bom começo. Mas o que faz diferença mesmo é adaptar esse processo à realidade da sua empresa — com seus canais, seu tipo de cliente e seus objetivos.

Cada negócio tem seu ritmo, e não existe um único modelo. A seguir, mostramos caminhos para tornar a jornada mais útil no dia a dia.

Negócios B2B vs. B2C: o que muda

A lógica da jornada é a mesma, mas o comportamento muda bastante entre vendas para consumidores finais (B2C) e vendas entre empresas (B2B).

No B2B:

No B2C:

Adaptar a comunicação a cada cenário é o que define a eficácia.

Personalização com base em dados reais

Não adianta montar jornadas genéricas. A personalização deve ser feita com base em dados reais do comportamento do cliente, como:

Esses sinais mostram onde a atenção precisa ser redobrada. E mais: ajudam a criar automações mais inteligentes, que falam com o cliente de forma contextualizada.

Exemplo de jornada completa com análise de pontos críticos

Imagine uma empresa que oferece cursos online. Um visitante acessa o blog, lê um conteúdo sobre produtividade e se cadastra para baixar um e-book.

A partir daí:

  1. Ele recebe e-mails com dicas relacionadas ao tema
  2. Clica em uma oferta de curso, mas não compra
  3. Dois dias depois, recebe um cupom de desconto personalizado
  4. Compra o curso
  5. Após a compra, é convidado a avaliar a experiência e recebe conteúdos de uso do material

Esse é um ciclo simples, mas eficaz. Ao longo da jornada, foram identificados momentos críticos: o abandono da oferta e o pós-venda.

O que essa empresa fez? Atuou com comunicação contextualizada e segmentada. Resultado: menos desistências e mais chances de recompra.

Erros comuns no uso da jornada do cliente

Três erros costumam comprometer o uso da jornada:

Evitar esses pontos já coloca sua empresa à frente de muitos concorrentes.

Por que investir no mapeamento da jornada do cliente

Entender a jornada do cliente vai além de organizar o processo de compra. É sobre reconhecer como as pessoas pensam, decidem e interagem com a sua marca ao longo do tempo. Quando esse caminho é mapeado com clareza, fica mais fácil antecipar necessidades, eliminar atritos e criar experiências que realmente fazem sentido para quem compra.

Na prática, o mapeamento permite:

Empresas que conhecem a jornada do cliente conseguem vender com mais consistência e entregar valor além da compra. Isso fortalece a reputação e cria uma base mais fiel — que volta, indica e constrói junto com a marca.

Como medir os resultados da jornada do cliente

Mapear é só parte do trabalho. Para saber se a estratégia funciona, é preciso acompanhar indicadores.

Veja os principais:

A análise desses dados orienta ajustes — e evita decisões no escuro.

A jornada do cliente não é um modelo fixo, mas uma ferramenta para entender melhor como seu público se comporta em cada fase da decisão. Quando bem aplicada, ela orienta ações mais eficazes e melhora a relação com quem está do outro lado.

Empresas que dominam esse processo vendem com mais previsibilidade e constroem vínculos mais duradouros. O que antes era uma simples transação passa a ser um relacionamento — e isso muda o jogo.

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