O 5S deve ser uma cultura e estilo de vida: uma experiência prática
Lean

30 de maio de 2019

Última atualização: 31 de outubro de 2022

O 5S deve ser uma cultura e estilo de vida: uma experiência prática

Minha Experiência 5S, por Bruna Moreira

Já ouvi muitas pessoas, de vários níveis, falarem: Preciso fazer 5S na minha mesa, estação de trabalho, casa. Ok, isso não está errado, mas as pessoas têm que entender que o 5S é um ciclo e não um programa com início, meio e fim. É aqui que o 5S vira uma cultura.

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O 5S, como outras ferramentas que sustentam os sistemas de melhoria, é uma metodologia que deve ser cuidada, aculturada entre as pessoas da organização, ou seja, deve fazer parte do dia-a-dia e do trabalho das pessoas.

Os 5S consistem em:

  • SEIRI – Utilização – Não somente sobre separar o que utiliza e não utiliza, mas sobre quebrar paradigmas relacionados a apego, acúmulo de coisas desnecessárias e consumismo.
  • SEITON – Organização – Ordenar os materiais necessários sobre quando, como e quanto se utiliza, e alterar a ordem conforme as necessidades.
  • SEISO – Limpeza – Mais do que sujar e limpar a sujeira é criar dispositivos e mudança de hábito que evitem a sujeira.
  • SEIKETSU – Padronização – Para que as coisas sejam mantidas em seus devidos lugares, devemos definir um local para cada item necessário.
  • SHITSUKE – Autodisciplina – Neste S, a mudança não pode ser só de mentalidade, mas podemos (e devemos) criar formas que nos auxiliem a manter essa disciplina, até que ela se internalize. Muitos checklists de verificação são utilizados neste S.

[caption id="attachment_24789" align="aligncenter" width="600"]Curso de 5S Curso rápido de 5S[/caption]

Para mim, é mais do que uma atividade extra, um programa ou um projeto. Faz parte do dia a dia manter os materiais, documentos, enfim, todo o necessário, para que a vida profissional ou pessoal possam fluir como esperamos. Com frequência ouvimos que as pessoas “não tem tempo suficiente” para fazer tudo o que precisam, cumprir toda a agenda no trabalho ou atender todas as demandas da vida pessoal, porém se deixarmos somente aquilo que precisamos, organizar de forma  a atender como, quando e quanto precisamos, criar dispositivos que evitem o tempo desperdiçado com limpeza (além do que deveria ser), padronizar cada coisa em seu lugar e seguir o padrão, e ter a autodisciplina para cumprir essa rotina diariamente, tenho a plena certeza que vamos aumentar nossa “disponibilidade” entre 15 a 40%, sendo conservadora.

Quer um exemplo de cultura 5S na organização?

Um exemplo prático na organização, é o tempo de atendimento que se leva procurando peças e ferramentas para atender um equipamento parado na produção, isso afeta diretamente o OEE do equipamento/ linha produtiva, além de deixar esta linha menos competitiva com relação a entrega dos produtos. Isso está relacionado diretamente com um bom 5S implementado e monitorado. Outro exemplo seria, nesta mesma linha de pensamento, você não encontrar a peça que precisa, solicitar a compra de outra com urgência (você paga pela urgência na entrega e das pessoas que vivem atendendo urgências e não só pela peça) e depois de um tempo encontrá-la.

Também concordo que, dependendo do estilo de vida do colaborador/pessoa, leva um pouco mais de tempo para criar esta cultura. Mas estamos falando de novos tempos onde a flexibilidade, o atendimento aos padrões, ou seja, coisas básicas, estão totalmente ligados com a concorrência, seja ela da empresa ou entre profissionais!

Quando falamos sobre cultura, sim eu sei que é muito difícil, mas se tentarmos diariamente sei que conseguiremos atingir o propósito. Espero que tenha aproveitado este artigo. Vem comigo, eu posso te ajudar a identificar, quebrar paradigmas e organizar suas ideias e ambiente de trabalho.

Bruna Moreira

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Virgilio Marques Dos Santos

Virgilio Marques Dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.