Como implementar o Design Thinking na organização?
Design Thinking

24 de julho de 2017

Última atualização: 25 de janeiro de 2023

Como implementar o Design Thinking na organização?

Como implementar o Design Thinking na organização?


Implementar o Design Thinking na organização deve ser a motivação maior de qualquer pessoa que estude e compreenda esta metodologia: estará criando, assim, um ambiente com possibilidades grandes de inovação e centrado no ser humano.


Será, portanto, uma prática que favorecerá a construção de uma relação duradoura entre os funcionários e a empresa, e entre a empresa e os seus clientes. Garantirá, então, a perenidade dos resultados econômicos.


Para implementar o Design Thinking com sucesso, entretanto, é necessário que o processo se inicie por meio de uma série de mudanças internas que levem a uma verdadeira transformação da cultura organizacional.



Como transformar a cultura organizacional para implementar o Design Thinking?


A transformação de uma cultura tradicional de negócios a uma cultura centrada na inovação, e orientada pelo design, envolve realizar atividades, e tomar decisões e atitudes:




  • Workshops ajudam a expor as pessoas ao Design Thinking como uma nova abordagem;

  • Projetos-piloto ajudam a convencer a organização a respeito dos benefícios do Design Thinking;

  • Montar equipes interdisciplinares assegura que as iniciativas tenham bases amplas, enquanto que a criação de espaços físicos exclusivos para estas equipes proporciona um recurso para um pensamento de prazo mais longo, garantindo que a iniciativa será sustentada.


Você, leitor que está sendo apresentado e iniciando seus estudos a respeito do Design Thinking, tem a importante missão de propagar este conhecimento por sua organização, de modo a se constituir em um agente de mudança cultural.


Você pode fazer isso por meio de: workshops, para divulgar a metodologia; convidando pessoas a também estudarem e esperamos que se certificarem junto com a FM2S; e, principalmente, aplicando a metodologia a seus projetos. Esta é a forma mais importante, pois vai mostrar, na prática, como o método é eficaz.


A mensuração dos impactos dos projetos de Design Thinking, tanto qualitativa quanto quantitativamente, ajuda na argumentação e no posterior storytelling, assegurando que os recursos humanos e financerios sejam alocados apropriadamente.


Fornecer incentivos à criação de novas ideias faz com que os talentos mais jovens da organização vejam a inovação como um caminho para o sucesso, e não como um risco profissional que pode custar seus empregos.


É importante remover o medo que as pessoas possam ter de trazer mudanças e gerar melhorias na organização. Isso vai de encontro ao que foi discutido na postagem que explicava sobre a necessidade de organizar um ambiente de trabalho que valorize a experimentação.


Também é essencial que a liderança da organização entenda que ideias revolucionárias levam, em geral, mais tempo para germinar do que o tempo que a maioria das recessões econômicas leva para passar.


Caso a instituição, quando confrontada com uma situação econômica adversa, suspenda seus investimentos em inovação, demita empregados e elimine projetos, enfraquecerá seu pipeline de inovações.

Ficará, portanto, fragilizada e vulnerável ao surgimento de cisnes negros.


Em uma recessão econômica, as empresas podem precisar mudar o foco de suas iniciativas, e passar a desenvolver seus projetos com menos recursos financeiros e materiais. Contudo, eliminá-los totalmente é uma decisão que as torna vulneráveis, e faz com que possam ser surpreendidas pela concorrência, quando os mercados se recuperarem.


Uma ideia incubada em uma retração econômica pode fazer enorme diferença quando a situação melhorar: é mais fácil identificar novas necessidades durante uma retração econômica do que durante um surto de prosperidade.


Além disso, situações econômicas desfavoráveis são os cenários mais propícios para a empresa utilizar todo o seu potencial intelectual, de modo a converter boas ideias em ganhos de eficiência e produtividade, bem como em redução de custos operacionais. Isto irá ter um impacto já imediato, por meio da conquista de lucro mesmo em meio às dificuldades, e também futuro, constituindo em vantagem competitiva.



Como implementar o Design Thinking por meio da técnica da divergência?


O primeiro passo prático que explicaremos sobre a implementação prática do Design Thinking será a implementação da ferramenta já estudada chamada Pensamento Divergente.


o Design Thinking começa com a divergência, a tentativa deliberada de expandir a variedade de opções disponíveis, em vez de restringi-las.


A inclinação do designer no sentido de explorar novos direcionamentos não tem muito valor se ocorrer apenas ao fim do processo de inovação.


Para que a técnica da divergência seja de fato implementada aos projetos, os design thinkers devem contribuir com a capacidade de gerar novas ideias inesperadas, e precisam utilizar seu conjunto de ferramentas como um meio de explorar a estratégia da empresa.


É importante, então, que as empresas tenham design thinkers em seus conselhos de administração, participando das decisões estratégicas de marketing, bem como dos primeiros estágios das iniciativas de pesquisa e desenvolvimento.


Desta forma, a técnica do pensamento divergente poderá ser bem aplicada desde os estágios iniciais de triagem de projetos, permitindo que sejam geradas novas ideias, de forma criativa, na empresa como um todo.



Como implementar o Design Thinking por meio do foco no ser humano?


o Design Thinking é, por natureza, integrador: equilibra as perspectivas dos usuários, da tecnologia e dos negócios.


Como ponto de partida, deve-se focar e privilegiar o usuário final do produto ou do serviço. É por isso que o Design Thinking considerado uma abordagem centrada no ser humano.


O design thinker deve observar como as pessoas se comportam, e como o contexto de uma experiência afeta a reação de cada pessoa aos produtos e aos serviços.


Fazer o tipo certo de pergunta muitas vezes determina o sucesso de um novo produto ou serviço:




  • O produto satisfaz às necessidades do público-alvo?

  • Cria significado além do valor?

  • Inspira um novo comportamento que será para sempre associado a ele?

  • Cria um ponto de virada?


Ao analisar como o contexto da experiência afeta a reação das pessoas aos produtos e aos serviços, o design thinker deve levar em conta tanto os aspectos funcionais, quanto os aspectos emocionais, para traduzir necessidades latentes das pessoas - as necessidades não declaradas - em produtos, em serviços, e em oportunidades.


Partir de seres humanos aumenta as chances de se desenvolver uma ideia revolucionária, e aumenta as chances de se encontrar um mercado receptivo ao produto ou ao serviço desenvolvido.


O primeiro passo é garantir que as pessoas envolvidas nas suas iniciativas de inovação se aproximem ao máximo dos clientes-alvo: grandes volumes de dados são importantes e são um enorme patrimônio da empresa, mas jamais substituem a experiência e o teste da exposição ao mundo – é o que falamos bastante em nossos cursos de Especialista Lean e TPM (Total Productive Maintenance): vá ao “Gemba”, o local onde as coisas de fato acontecem.



Se interessou pelo tema?


Preparamos um treinamento completo na metodologia Design Thinking, com diversos exemplos práticos, estudos de caso reais, e dinâmicas que permitirão a você entender como funciona a metodologia. Você será apresentado a todo a formação teórica necessária, ao conjunto de ferramentas e a como aplicar tais ferramentas.


Nosso curso ocorrerá primeiramente de forma presencial, em Campinas, e em seguida será disponibilizado no ambiente EAD!


Até a próxima!


Virgilio F. M. dos Santos

Virgilio F. M. dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.