Estratégia Pessoal: você sabe fazer a sua?
Carreira

21 de outubro de 2016

Última atualização: 25 de janeiro de 2023

Estratégia Pessoal: você sabe fazer a sua?

Você tem uma estratégia definida?


Estratégia: como hoje é sexta feira e, este dia lembra happy hour, nós vamos falar de “Papo de Bar”. Não aqueles cujo objetivo é contar vantagem acerca de algo feito, mas aquele em discute-se a vida, os projetos, a estratégia pessoal com seus amigos. E tem coisa melhor? Que discutir os sonhos, desafios, obstáculos e como contorna-los com as pessoas que gosta?


Uma boa estratégia pessoal, se implementada, vai construir o caminho para você acordar todas as manhãs pensando como tem sorte de fazer o que está fazendo. Quantas pessoas acordam e dizem: nossa, tenho que ir trabalhar e aguentar a pessoa M, N, X, Y, etc. Que ruim é este sentimento.



O que é a Estratégia Pessoal?


Em um nível básico, estratégia é o que você deseja alcançar e como chegará lá. No mundo dos negócios, isso é o resultado de influências diversas: quais são as prioridades de uma empresa, como a empresa responde às oportunidades e ameaças ao longo do caminho e como uma empresa aloca seus preciosos recursos. Todas essas coisas combinam continuamente para criar e desenvolver uma estratégia.


Mas você não precisa pensar sobre isso por mais de um minuto antes de perceber que esse mesmo processo de criação de estratégia também está funcionando em cada de nós. Temos intenções pera nossas carreiras. Contra essas intenções, surgem oportunidades e ameaças que não previmos. E como alocamos nossos recursos – tempo, talento e energias – é como determinamos a estratégia real de nossas vidas. Ocasionalmente, a estratégia real se parece bastante com o que pretendíamos. Mas muitas vezes o que realmente acabamos fazendo é muito diferente do que nos propusemos a fazer.


A arte de gerenciar isso, porém, não é simplesmente sair chutando qualquer coisa que não fazia parte do plano original. Entre essas ameaças e oportunidades que não previmos, há quase sempre opções melhores do que aquelas contidas em nossos planos originais. O estrategista em nós precisa descobrir quais são essas coisas melhores e, depois, gerir os recursos a fim de nutri-las.



E a Felicidade?


A pergunta a ser respondida é: Como posso encontrar a felicidade na minha carreira profissional? O ponto de partida desta jornada é uma discussão de prioridades. Estes são, efetivamente, o núcleo dos critérios de tomada de decisão: o que é mais importante para você na sua própria carreira? O problema é que o que pensamos ser mais importante em nossos trabalhos muitas vezes não se alinha com o que realmente nos fará felizes. Pior ainda, não percebemos essa lacuna até que seja tarde demais.


Para isto, devemos seguir as dicas do mestre Clayton Christensen e começar definindo a estratégia. Depois, analisar a melhor forma de equilibrar nossos planos para encontrar algo que realmente amamos fazer com as oportunidades e desafios inesperados em nossas vidas. Enquanto algumas pessoas argumentam que devemos ter sempre os próximos cinco anos da vida planejados, outras seguem uma estratégia de apenas ver o que acontece e nos dirão que funciona bem para eles. Há um momento e um lugar para as duas abordagens.


E, o elemento final neste assunto é a execução. A única forma de implantar uma estratégia é dedicar recursos a ela. Boas intenções não são suficientes – você não está implantando a estratégia que pretende se não gastar seu tempo, dinheiro e talento de uma forma consistente com as suas intenções. Em sua vida, haverá constantes demandas de seu tempo e atenção. Como você decidirá em qual alocar recursos? A armadilha na qual muitas pessoas caem é alocar o tempo a quem grita mais alto, e o talento a que oferece recompensa mais rápida. É um caminho perigoso para construir uma estratégia.



Quais os Fatores da Estratégia Pessoal?


Todos esses fatores – prioridades, equilibrar plano com oportunidades, alocar recursos – se combinam para criar a sua estratégia. O processo é contínuo: mesmo à medida que sua estratégia começar a tomar forma, você aprenderá coisas novas, e sempre surgirão novos problemas e oportunidades. Eles vão alimentá-lo, o ciclo é contínuo.


Se você compreender e gerir esse processo de estratégia, terá a melhora chance de acertar – ter uma carreira que você vai verdadeiramente amar. Mesmo se acabar não virando um jogador de futebol, um piloto de caça (meu sonho) ou um astronauta. Quando larguei minha carreira numa das maiores empresas do mundo, decidi apesar dos pontos positivos no curto prazo, gostaria de manter minha estratégia traçada lá trás, ainda na faculdade. E, mudar a chave de gerente de Melhoria de Processos para empreendedor de EAD dos cursos de Lean, Green Belt, Black Belt e muitos outros, valeu a pena.



Resumindo: como definir sua estratégia pessoal?


Uma definição simples de estratégia é: um plano, método ou série de manobras para obter um objetivo ou resultado específico. A definição é verdadeira independentemente da escala, escopo ou situação. É fácil ter um objetivo que se aplica à sua função de trabalho diária. A parte difícil é formular uma estratégia para alcançar os resultados desejados.


O primeiro passo para formular um plano estratégico pessoal é encontrar o tempo para pensar sobre isso. Normalmente, os maiores desafios que você enfrenta ao se tornar estratégico são poder se concentrar no futuro e encontrar ideias únicas que ajudarão a agregar valor adicional à sua posição e à organização. Você deve encontrar o tempo, a energia e a disciplina para se libertar de sua rotina diária.


Quem não passou o dia inteiro realizando apenas os itens táticos necessários sem ter um minuto para pensar em mais alguma coisa? Coloque-se num ambiente que promova e apoie o pensamento estratégico. A maneira mais fácil de encontrar tempo para começar a pensar estrategicamente é bloquear alguns minutos no seu dia para fazê-lo. Coloque o resto em espera por dez a quinze minutos e pergunte-se: "Como posso melhorar meu valor distinto para a organização?"



Pensa na sua vida pessoal completa


Uma vez que você se afastou de sua situação de trabalho regular e começou a pensar sobre futuras melhorias que você pode fazer, o próximo passo é definir um alvo específico. O alvo deve ser algo digno de luta. Algo que é fundamental para o seu sucesso futuro. Se você não tem paixão pelo seu alvo, você nunca ganhará força suficiente para que isso aconteça.


Ao localizar seu objetivo, concentre sua atenção em áreas que o ajudarão a ter sucesso no futuro. Há várias categorias para pesquisar enquanto procura por possíveis aprimoramentos. Estes incluem necessidades e desejos de clientes, produtos e serviços oferecidos, relações de colaboração, eficiência de processos, recursos disponíveis e seus próprios conhecimentos e conhecimentos. Dependendo da sua posição na empresa, uma melhoria em qualquer uma dessas áreas irá agregar valor à linha de fundo da organização.


Depois de ter encontrado uma área dentro da organização em que você pode ter um impacto direto, configure um plano de ação que o orientará para seu alvo. Certifique-se de fazer sua lição de casa e reunir todas as informações pertinentes em torno de seu objetivo final. Esteja preparado para ser flexível à medida que outras oportunidades se apresentam.


Esteja pronto para se adaptar à medida que os obstáculos e os desafios o bloqueiam do seu alvo. Continue a tomar tempo todos os dias para pensar estrategicamente sobre o seu plano. A hora de começar a formar sua própria estratégia é agora. Ideias únicas para melhoria existem. Encontrar essas ideias e formular uma estratégia para agir sobre elas é difícil. Ter um plano estratégico pessoal dá-lhe uma vantagem competitiva dentro do seu próprio papel da organização. Fornecerá um roteiro para o seu futuro sucesso.


Portanto, pergunto: qual sua estratégia pessoal?

Virgilio F. M. dos Santos

Virgilio F. M. dos Santos

Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP (2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.